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| Star Wars: Episódio III – A Vingança dos Sith | Crítica

Posted in Aventura, Cinema, Críticas de 2014, Ficção Científica with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , on 24 de outubro de 2014 by Lucas Nascimento

5.0

StarWarsEpisodeIIIRevengeoftheSith
O intenso embate entre Anakin e Obi-Wan

Quando assisti a Star Wars: Episódio III – A Vingança dos Sith pela primeira vez, mal dormi, diante o impacto. Considerando que era uma criança de 10 anos que acabara de testemunhar a reviravolta mais sombria e pesada da saga – incluindo imolações e genocídios de crianças – é natural, óbvio. Quase uma década depois, o impacto do Episódio III não diminui, mas cada vez mais enxergo seu brilhantismo.

A trama começa em meio às Guerras Clônicas iniciadas no fim do episódio anterior, com Anakin Skywalker (Hayden Christensen) e Obi-Wan Kenobi (Ewan McGregor) lutando para capturar o perigoso General Grievous (voz de Matthew Wood). Em meio ao conflito, Anakin fica angustiado quando começa a ter pesadelos que preveem a morte de sua amada Padmé (Natalie Portman), o que gera uma aproximação cada vez maior ao chanceler Palpatine (Ian McDiarmid), que se aproveita da situação para enfim revelar seu plano fatal e atrair o jovem Jedi para o Lado Sombrio da Força.

Quaisquer erros que George Lucas cometera nos Episódios I e II, ele compensa aqui. O longa não é perfeição em sua pura forma, já que Hayden Christensen permanece um ator limitado (ainda que se saia consideravelmente melhor aqui do que em Ataque dos Clones) e aqui e ali Lucas insiste em piadinhas como gritos cartunescos de droides ou coisa do gênero. É uma aventura divertidíssima em seus momentos iniciais, com Lucas cada vez mais seguro na condução de batalhas espaciais, duelos de sabres de luz e os próprios efeitos digitais que tornam todas estas possíveis – o General Grievous é um feito admirável. Misteriosamente, foi o único filme da saga a não concorrer ao Oscar nesta categoria.

Mas então, A Vingança dos Sith se transforma em um filme muito, muito sombrio. À medida em que vamos conhecendo a história e ideologia de Palpatine, vamos entendendo a confusão que permeia o jovem Anakin Skywalker. “O bem e o mal são pontos de vista”, diz o lorde Sith em um dos momentos-chave da trama. Lucas é corajoso ao mostrar o massacre dos Jedi de forma trágica e brutal, acompanhado pela sempre infalível trilha sonora de John Williams (que, aqui, abraça de vez a tragédia em seus acordes) e momentos poderosos que vão de uma sessão no Senado assumidamente inspirada em um ponto crucial de O Poderoso Chefão até o megalomaníaco duelo final entre Anakin e Obi-Wan. É uma sequência de ação maciça e inspirada, mas difícil de se assistir quando sabemos que a amizade entre os dois Jedi é o grande vínculo emocional da produção; e se Christensen não tem todo o carisma que o papel exige, Ewan McGregor impressiona com sua intensa performance.

Todo o terceiro ato do longa é impecável. A montagem de Roger Barton e Ben Burtt é inteligente ao intercalar o nascimento dos gêmeos Luke e Leia com o “renascimento” de Anakin como Darth Vader. Quando começamos a ver as ligações com a Trilogia Original sendo feitas, é impossível não se soltar no mínimo um sorriso satisfatório; não importando sua opinião a respeito da trilogia como um todo. No meu caso, o sorriso vem acompanhado de lágrimas.

Star Wars: Episódio III – A Vingança dos Sith permanece para mim como um dos melhores filmes da saga, e certamente o mais sombrio. A origem de Darth Vader é revelada de forma cuidadosa e impactante, não recebendo o devido reconhecimento que merece.

E, finalmente, voltamos no tempo – e avançamos na cronologia – para analisar o clássico que fez História.

Próximo: Uma Nova Esperança.

A SAGA

Episódio I – A Ameaça Fantasma

Episódio II – Ataque dos Clones

Episódio III – A Vingança dos Sith

Episódio IV – Uma Nova Esperança

Episódio V – O Império Contra-Ataca

Episódio VI – O Retorno de Jedi

| Star Wars: Episódio II – Ataque dos Clones | Crítica

Posted in Aventura, Cinema, Críticas de 2014, Ficção Científica with tags , , , , , , , , , , , , , , on 23 de outubro de 2014 by Lucas Nascimento

4.0

Stae
Anakin e Padmé na batalha de Geonosis

Se A Ameaça Fantasma foi uma decepção para os fãs por não manter o espírito da trilogia original, Ataque dos Clones certamente satisfaz nesse quesito, tendo tido uma recepção superior ao filme de 1999 – ainda que não seja amado pelos saudosistas. Já eu, adoro.

A trama começa uma década após os eventos do anterior, com a República cada vez mais em crise graças aos ataques da Federação do Comércio e o movimento separatista. Nesse cenário, a senadora Amidala (Natalie Portman) é posta na mira de um misterioso assassino, o que leva acarreta na chegada dos Jedi Obi Wan Kenobi (Ewan McGregor) e Anakin Skywalker (Hayden Christensen) para protegê-la e encontrar o vilão.

Eu tenho um afeto especial por Ataque dos Clones. Foi o primeiro filme da saga que assisti no cinema – uma das experiências cinematográficas mais marcantes da minha infância – e também o primeiro que condenou à “maldição” da expectativa voraz. E mesmo agora, 12 anos depois, acho que George Lucas evoluiu muito de A Ameaça Fantasma, seja como roteirista (aqui, com o apoio de Jonathan Hales) ou como diretor, aqui como pioneiro na distribuição digital de longas-metragem (recomendação: o documentário Lado a Lado, de 2012).

Claro, o filme não passa enxuto de problemas. O romance central entre Anakin e Amidala pode tornar-se tedioso, ainda mais quando a montagem de Ben Burtt o intercala com a missão de Obi-Wan, que é bem mais interessante. Não ajuda também o fato de Hayden Christensen ser um dos mais inexpressivos atores de sua geração, mesmo que sua química com Natalie Portman pontualmente funcione e aqui e ali ele apresente pequenas explosões de raiva que antecipam seu destino sombrio. O que faz o romance convencer, de fato, é a belíssima composição “Across the Stars” de John Williams, um dos pontos altos de sua contribuição para a série.

Como épico espacial, Ataque dos Clones é um digno exemplar. Seja na perseguição cosmopolita envolvendo a misteriosa assassina Zam Wesell, o duelo entre Obi-Wan e Jango Fett (meu preferido da saga) ou a gigantesca batalha final que introduz as Guerras Clônicas. Os efeifos visuais impressionam como sempre, e até a trama política fica mais instigante com a crescente participação de Palpatine (Ian McDiarmid), dando até mesmo uma função decisiva para o abobalhado Jar Jar Binks.

Star Wars: Episódio II – Ataque dos Clones é um ótimo filme e que traz os ingredientes vitais para um blockbuster bem sucedido. Traz seus deméritos típicos de George Lucas, mas todos eles seriam apagados quando a trilogia dos prequel mostrasse a que veio, 3 anos depois.

Próximo: A Vingança dos Sith

A SAGA

Episódio I – A Ameaça Fantasma

Episódio II – Ataque dos Clones

Episódio III – A Vingança dos Sith

Episódio IV – Uma Nova Esperança

Episódio V – O Império Contra-Ataca

Episódio VI – O Retorno de Jedi

Especial Star Wars

Posted in Especiais with tags , , , , , , , , , , on 5 de junho de 2010 by Lucas Nascimento

Hoje estou fazendo um especial para todos os leitores que, como eu, são fãs de uma das melhores sagas de ficção científica da história do cinema. Isso mesmo, Star Wars de George Lucas; aí vai um especial com a crítica dos 6 filmes da série.

Star Wars Episódio IV – Uma Nova Esperança

Que maneira mais espetacular de se começar uma história. Tudo bem que ela não se inicia aqui, mas esse filme foi a primeira experiência que mundo teve com Star Wars. Inesquecível, o filme possui uma trama muito simples e ainda assim, surpreendente. Personagens icônicos, frases marcantes e aí estava criada uma das melhores ficções científicas da história do cinema. Muito bom mesmo.

Star Wars Episódio V – O Império Contra-ataca

Ja falei muitas e muitas vezes, por isso, nem vou dizer e dar exemplos de como o segundo filme de uma trilogia costuma ser o melhor. Seguindo essa fórmula, a sequência do clássico é transformada em um dos melhores filmes já feitos. Efeitos melhorados, trama mais complexa, que envolve uma das mais inesperadas reviravoltas e ação, muita ação. Mais sombrio e melhor.

Star Wars Episódio VI – O Retorno de Jedi

Humm. A saga começa a desandar em seu capítulo final, mas isso deve-se a, em maior parte, uma horrível e desastrosa ideia que George Lucas ousou levar em frente: Os Ewoks. São pequenos guerreiros-ursos que só estragam a boa história que o filme têm. Fora esse grande deslize, o filme é excelente, partindo do ponto em que o anterior acabou, consegue manter um ritmo ágil e concluir a saga com grandeza.

Star Wars Episódio I – A Ameaça Fantasma

Com o sucesso absoluto da primeira trilogia, Lucas volta no tempo para contar como tudo começou. O resultado é visto por muitos, como desastroso, mas eu não achei tão ruim assim. O episódio I é, de fato, devagar e não possui o mesmo ritmo dos filmes anteriores. A trama não convence muito, mas no ato do final do filme, temos um duelo de sabres-de-luz que vale pelo filme inteiro. Sério, uma das melhores da saga.

Star Wars Episódio II – Ataque dos Clones

A trama começa a se desenrolar melhor aqui, principalmente pelo fato de começarmos a relacionar o personagem de Anakin Skywalker, com seu futuro papel de Darth Vader. Vemos muitas origens e temos ótimas cenas de ação e batalhas, que ajudam a resgatar o tom divertido da antiga trilogia. Destaque para a luta de Obi-wan contra o caçador de recompensas Jango Fett, cena que é, na minha opinião, o melhor duelo de toda a saga. Muito bom.

Star Wars Episódio III – A Vingança dos Sith

Agora sim. A ligação entre as duas trilogias é, sem dúvida, o filme mais sombrio e dramático. Contando com um frio realismo a redenção de Anakin ao Lado Negro e o massacre de partir o coração aos Jedi, o último filme da saga se supera. Por anos todos sempre quiseram ver como Darth Vader se tornou o homem dentro da roupa, e agora sabemos. O ruim, é que Hayden Christensen não traz o carisma necessário que o personagem merece e precisa. Mas a franquia pode-se considerar concluída com chave de ouro.

Bem, esse foi o especial Star Wars, espero que tenham gostado e fiquem ligados no blog.