Archive for the Críticas de 2009 Category

| Avatar | O espetacular retorno de James Cameron

Posted in Aventura, Cinema, Críticas de 2009, Ficção Científica, Indicados ao Oscar with tags , , , on 18 de dezembro de 2009 by Lucas Nascimento

 

  Aliens: O Avatar Jake escapa de uma hostil criatura em um ambiente hostil

James Cameron é um grande diretor. Ele é um cineasta que sabe conduzir muito bem seus filmes e esbanja talento, sendo com robôs assassinos que viajam no tempo, seja com enormes navios afundando. Desde Titanic, Cameron não lançava um filme novo. Já se passaram 12 anos e a dúvida que ficou em torno de Avatar, seria se o ambicioso projeto valeria pela década de ausência do diretor. O veredicto: James Cameron está de volta e nos presenteia com um de seus melhores trabalhos.

Na trama, o fuzileiro Jake Sully é mandado para o planeta Pandora, onde habitam extraterrestres indígenas inteligentes. Para sobreviver, ele deve ser mandado através de um corpo Avatar, que mistura DNA humano e dos nativos. Mandado para se infiltrar na tribo, ele acaba se apaixonando pela cultura dos nativos.

Bem, Avatar possui uma história bem simples. Não é muito diferente, carrega poucas surpresas, mas do mesmo jeito, agrada e diverte. O filme é esplêndido, um espetáculo de visual arrebatador. Nas mãos de diversos artistas e da mente de Cameron, Pandora é um ambiente sensacional, cada planta, cada criatura e cada inseto, recebem uma absurda atenção nos detalhes. Os designs das armas miltares, ainda me lembram muito de Star Wars e Matrix Revolutions, mas isso não estraga o maravilhoso trabalho da equipe de efeitos visuais e da direção de arte.

A trama vai se desenvolvendo até o ponto em que Jake se vê dividido entre os dois mundos, e Cameron explora essa mudança de forma divertida e emocional, principalmente nas cenas com a nativa Neytiri. Algumas cenas envolvendo os militares me lembraram muito de Aliens – O Resgate, outro projeto do diretor, não só pela presença de Sigourney Weaver, mas pelo general durão, a militar durona e o personagem “perdido” nesse ambiente. Apesar de quase 2 horas e meia de filme, ele nunca parece tão longo e se desenvolve claramente.

Agora, o ponto forte e mais chamativo de Avatar é, sem dúvida, os efeitos visuais em 3D. Realmente, os efeitos visuais são arrebatadores, um dos melhores que eu ja vi. A água, as árvores e os cenários são impecáveis. Os Na’vi são perfeitos, conseguem captar com perfeição a atuação de seus intérpretes ( Sigourney Weaver não mudou nada em seu avatar) e sua personalidade. Os efeitos 3D são diferentes dos convencionais. Os que vemos por aí, simplesmente jogam os objetos na platéia. O que Cameron nos apresenta, é uma verdadeira viagem pelo mundo dos Na’vi. Quando vemos Jake se maravilhando com o mundo tropical, a sensação de quem assiste é a mesma: vendo um mundo novo e completamente fora do normal, algo novo. As cenas da bioluminescência da floresta a noite são um colírio para os olhos. E é claro, a batalha final entre os Na’vi e os humanos é sensacional, emocionante e arrepiante. Essa sequência pede que o filme seja visto em IMAX 3D. Obrigatório.

 Os atores são bons. Sam Worthington está muito bem no papel principal e se revela um dos atores mais promissores de Hollywood. Zoë Saldana que empresta suas feições e movimentos para a nativa Neytiri está convincente, mas em alguns momentos, principalmente nos dramáticos, ela me pareceu um pouco forçada. Stephen Lang que interpreta o Coronel Quaritch foi o que mais me chamou atenção. Seu personagem é muito bem construído e perverso como todo bom vilão deve ser. E temos Sigourney Weaver em um papel coadjuvante bem interessante, ela estuda plantas e é uma das mentes pro trás do projeto Avatar. Carrancuda no início, mas vai ganhado mais simpatia ao longo da trama.

Outro grande ponto forte do filme é a excelente trilha sonora orquestrada por James Horner, que mistura temas mais divertidos até os épicos, principalmente nas cenas mais dramáticas. Quanto à canção original “I see you” de Leona Lewis, ela é quase idêntica à “My heart will go on” de Titanic. Na hora é impossível não lembrar da tenebrosa música de Celine Dion, apesar de eu ter achado “I see you” melhor.

Resumindo, Avatar é um filme excelente, é mais do que um simples filme 3D sem graça, é um espetáculo inesquecível que deve ser experienciado nas salas IMAX 3D. É uma verdadeira viagem a outro planeta. A trama é bem simples e não fica ofuscada pela inovadora tecnologia. Então, o filme valeu pelos 12 anos de ausência de James Cameron? Sim, e por favor sr. Cameron não demore mais uma década para seu próximo filme.

| Up – Altas Aventuras | A obra-prima da Pixar

Posted in Animação, Aventura, Críticas de 2009, DVD, Indicados ao Oscar on 6 de dezembro de 2009 by Lucas Nascimento

  Voo diurno: O rabungento Carl e o escoteiro Russel

Existem animações boas, existem animações muito boas e existem as animações da Pixar. A cada ano, a Pixar parece se superar, é impressionante. Primeiro tivemos o ótimo Ratatouille, depois o genial Wall-E, agora, a Pixar nos apresenta sua obra-prima, seu melhor e mais emocionante filme, Up. Sen sombra de dúvida, o melhor filme de animação que já foi feito.

Na trama, Carl Fredricksen é um vendedor de balões que sempre sonhou com sua esposa, ter aventuras pela América do Sul. Já idoso, Carl realiza o sonho ao pendurar milhões de balões em sua casa e sair voando com sua casa. Ele só não esperava que um  escoteiro de 8 anos, embarcasse na viagem.

Bem, a Pixar conseguiu novamente. A história é comovente e emocionante, toca em temas e emoções,até então, desconhecidos nos filmes de animação. Se não possuisse cenas de avantura e ação tão empolgantes, boas piadas e personagens engraçados, poderíamos categorizar Up como um filme de drama.

  Temas e emoções até então, desconhecidos pelos filmes de animação

O filme abre com a história de Carl e sua esposa Ellie, começando da infância até a morte de Ellie. A sequência é um grande passo alcançado pelos filmes de animação. Dramático e triste, a fita começa a abrir sorrisos quando temos o primeiro encontro entre Carl e o escoteiro Russel. É divertidíssimo observar como os dois são diferentes e como precisam um do outro. Mas não temos apenas drama, temos muito humor com o cão Dug, que pode falar através de uma coleira. Rende muitas risadas.

O filme traz muitas referências ao cinema antigo, como Casablanca e King Kong, gerando momentos divertidos e nostálgicos. Achei a trilha sonora maravilhosa e digna dos bons filmes de antigamente. A dublagem original é ótima também. Possui um ritmo ágil e inesperado, os filmes da Pixar sempre são assim, mas esse é ainda mais divertido e emocionante.

Resumindo, é o melhor filme de animação já feito, possui muitas emoções, drama, aventura e humor. É recomendado para todos, e é bem merecido que ganhe o Oscar de Melhor Animação. Alguém duvida?

Nota: 10

Assiste: Em DVD

Data: 06/12/09

| Lua Nova | Maior e melhor do que seu anterior

Posted in Aventura, Cinema, Críticas de 2009, Romance on 20 de novembro de 2009 by Lucas Nascimento

  Do fundo do mar: Bella dividida entre um lobisomem e um vampiro

Eu não sou um fanático por Crepúsculo. Assisti ao primeiro filme sem nenhum conhecimento da história e gostei muito. Agora, temos uma sequência maior e melhor, sendo superior ao primeiro capítulo em quase todos os aspectos, que vão de atuações até roteiro. É mais sombria do que Crepúsculo, bem mais dramática, a trama agora insere lobisomens e o resultado é mais do que satisfatório.

Na trama, Bella sobrevive do ataque de um vampiro em um acidente na sua festa de aniversário. Cheio de culpa, o vampiro Edward vai embora, deixando Bella em uma tremenda depressão. Nessa fase sombria, sua amizade com Jacob Black começa a evoluir em algo maior.

Grandioso. Um bom adjetivo para o filme. A trama é bem mais movimentada, divertida, criativa e dramática do que a de Crepúsculo. As cenas de ação e os efeitos visuais melhoraram muito, aliás, a direção é bem superior, mais artística, em especial nas cenas passadas na Itália. Há também uma excelente e bem feita cena em que os lobisomens caçam a vampira Victoria. Com os vampiros perdendo um pouco de destaque, entram em cena os lobisomens. Diferentes dos tradicionais, são estranhos por andarem sem camisa o tempo o todo, aliás, o diretor nem se preocupa em procurar um motivo lógico para a falta de camisa.

Mas digo uma coisa: Se os lobisomens ganham mais destaque, roubam a cena sempre que aparecem, o bem construído e interpretado clã Volturi. Liderados por um inspirado Michael Sheen, eles são um tipo de família real que fazem cumprir as leis vampirescas. A luta de Edward com um dos Volturi é memorável. As atuações são muito boas, não há muito o que dizer, mas elas evoluíram muito do primeiro filme.

No entanto, não vá pensando que é um filme perfeito. No roteiro há muitas, muitas frases melosas, que se repetem tanto, que começam até a incomodar, mas as meninas adolescentes devem adorar. O relacionamento entre Bella e Jacob também é muito parecido com o que ela teve com Edward no primeiro filme. Nota-se claramente a repetição.

Resumindo, é um filme muito bom, bem melhor do que seu anterior, possui uma trama mais movimentada e com mais ação. Possui aqueles errinhos menores como as sonolentas frases amorosas, mas ainda assim é um filme altamente recomendado.

Nota: 8,5

Assisti: No Cinema

Data: 20/11/09

| 2012 | O mundo é destruído mais uma vez

Posted in Ação, Aventura, Cinema, Críticas de 2009 on 14 de novembro de 2009 by Lucas Nascimento

Bom 

2012  Mar em fúria: Visual impecável da inundação do Himalaia

Se tem alguém que sabe como destruir o mundo, esse alguém é Roland Emmerich. Em seu mais novo projeto catástrofe entitulado 2012, ele faz uma reciclagem de tudo o que já havia feito em seus filmes anteriores, deixando os efeitos visuais e as cenas de destruição ainda melhores. Mas ele não escapa de elementos que parecem assombrar todos os filmes do gênero, como a reação do governo e as múltiplas tramas paralelas.

Na trama, a humanidade se desepera quando o mundo começa a acabar e se rachar, devido a um superaquecimento no núcleo do planeta. Nesse cenário, temos o escritor de ficção científica Jackson, que lutará para salvar sua família.

Bom, vamos à análise. 2012 é um bom filme, não há dúvida disso. É divertido, possui muita adrenalina e ótimos efeitos visuais. No entanto, ele é muito comprido e não escapa de muitos tropeços já familiares no gênero, vamos ao principal deles: Por que o espectador têm que acompanhar tanto a reação do governo quanto ao fim do mundo? Além de não interessar nem um pouco, é geralmente uma desculpa para mais um elemento, o patriotrismo, a vontade de passar uma imagem boa dos EUA. Outro defeito: As tramas paralelas são realmente desnecessárias, e eu acho que arranjar uma explicação para o fim do mundo não é uma boa idéia. Convenhamos, não seria melhor se, no filme, o mundo acabasse sem um motivo especificado, no melhor estilo Os Pássaros? Assistir assim seria mais perturbador.

2012 - California destruction  A destruição da Califórnia é a melhor cena do filme

Agora vamos ao que interessa: As cenas de catástrofes. O que posso dizer, o Rio de Janeiro aparece pouco, com uma dublagem vergonhosa enquanto a Califórnia recebe uma cena de ação de tirar o fôlego, com efeitos visuais excelentes e muita adrenalina, principalmente quando Jackson e sua família fogem em um avião pela cidade sendo destruída. Os atores até que não fazem feio, John Cusack e Amanda Peet convencem, mas quem rouba a cena é o adoidado locutor de rádio Charlie, vivido por Woody Harelson.

O filme se desenrola até um clímax diferente, que eu achei um tanto exagerado. A idéia do governo construir uma espécie de “arca de Noé” ficou meio estranho, ainda mais porque a cena parece uma mistura de 20.000 léguas submarinas com Jornada nas estrelas.

Resumindo, 2012 é um bom filme, mas não escapa de típicos erros desse tipo de gênero, como a desnecessária e detalhada reação do Governo americano. Mas vale pelas cenas de ação e os impressionantes efeitos visuais.

Nota: 7,0

Assisti: No Cinema

Data: 14/11/09

| Inimigos Públicos | Mais um filmaço de Michael Mann

Posted in Ação, Críticas de 2009, Drama, DVD on 10 de novembro de 2009 by Lucas Nascimento

Otimo

Public-Enemies  Meu nome não é Johnny: Depp encarna com perfeição o notório John Dillinger

Michael Mann é aquele tipo de diretor que sempre faz filmes de ação, mas seus filmes são sempre os mais inteligentes do gênero, tentando captar o lado mais psicológico. Com seu novo filme, ele entra no gênero de gangsters ao retratar os roubos de John Dillinger. Como sempre, o filme têm cenas de ação realistas, atuações excelentes, roteiro brilhante e direção de mestre.

Na trama, o mais notório criminoso da América, John Dillinger faz diversos roubos pelo país. No caminho, é perseguido pelo agente do FBI Melvin Purvis e se apaixona pela garçonete Billie Frechette.

Absolutamente fantástico, Inimigos Públicos é uma inteligente saga de guerra ao crime organizado, e o diretor Michael Mann capta suas imagens de maneira quase documental, de ângulos criativos e traz uma grande fidelidade aos fatos. A fotografia do filme é impecável.

Johnny Depp no papel principal está, como sempre, perfeito e genial, conseguindo transmitir para o espectador tudo o que Dillinger deve ter sido: um gênio do crime, que entrava e saía de diversas prisões. Christian Bale como Melvin Purvis também impressiona, mas eu achei Marion Cottilard no papel de Billie Frechette o grande destaque coadjuvante. Alguns cenários também foram retratados muito bem, o filme parece mesmo ter sido gravado em 1933.

A trama vai se desenrolando meio devagar no início, mas da metade pro fim a caçada vai ficando mais emocionante quando Purvis vai chegando mais perto de Dillinger, e Mann retrata as cenas de tiroteio com tamanha perfeição e realismo (destaque para a excelente emboscada em Winsconsin) que é impossível entediar. Não é segredo nenhum que John Dillinger tenha sido morto a tiros pelo FBI, e o filme faz questão de mostrar o último momento de vida de Dillinger e eu faço questão de avaliá-la, porque ela é filmada de uma forma espetacular. Você chega a torcer por Dillinger, mesmo que você saiba o que vai acontecer.

Resumindo, é um ótimo filme, ação e cérebro caminham juntos em uma emocionante caçada humana, brilhantemente orquestrada por Michael Mann, que nos entrega uma cena final de ficar na memória. Gênio.

Nota: 9,0

Assisti: Em DVD

Data: 10/11/09

| Star Trek | A Melhor ficção científica desde o fim de Star Wars

Posted in Aventura, Críticas de 2009, DVD, Ficção Científica, Indicados ao Oscar on 4 de novembro de 2009 by Lucas Nascimento

Otimo

Star-Trek  Entrando numa fria: Kirk é mandado para o gelo, só que esqueceu os skis

Eu admito que nunca assisti o seriado nem qualquer outro filme antigo de Jornada nas Estrelas, assisti esse novo filme por puro interesse pelo trailer e a escalação de elenco. Devo dizer que quando o filme terminou fiquei surpreendido com a qualidade do filme. É simplesmente fenomenal, não sentia a mesma empolgação em um filme assim desde o fim da saga Star Wars. Obrigatório.

Na trama, acompanhamos o início das aventuras da tripulação da nave Enterprise, que conta, além de uma jovem equipe, com James Kirk e o vulcano Spock, que devem superar sua inimizade para deter o romulano Nero, que planeja se vingar por uma perda.

Absolutamente fenomenal, Star Trek é um excelente trabalho de direção, roteiro e elenco. A trama é tão bem construída e elaborada, que é impossível não se deixar levar e se impressionar com referências ao Exército, viagens no tempo e empolgantes cenas de ação.

O elenco, comandado por um carismático Chris Pine, é realmente muito bom. Zachary Quinto, mais conhecido como o vilão Sylar no seriado morto-vivo Heroes, é simplesmente perfeito, sério e brilhante como pede o personagem. No lado coadjuvante, temos Zoe Saldana, que parece estar se revelando para Hollywood e o sempre ótimo Simon Pegg, como o alívio cômico do filme, o engenheiro Scotty. Eric Bana também impressiona como Nero e Leonard Nimoy faz uma aparição memorável.

Completamente inesperado e empolgante, Star Trek é diversão de primeira e conta com ótimos efeitos visuais, principalmente nas cenas de batalhas espaciais. É interessante observar no filme a diversidade de alienígenas vivendo entre humanos e nós podemos relacionar a Frota Estelar com o Exército e a Faculdade. Muito bom mesmo.

Resumindo, é um ótimo filme, conta com um roteiro ágil, rápido e nada complicado para não-fãs, como eu. É fenomenal, não sentia a animação e a empolgação em um filme assim desde o fim da saga Star Wars. Diversão garantida.

Nota: 10

Assisti: Em DVD

Data: 04/11/09

| Garota Infernal | Prometia mais, porém agrada

Posted in Cinema, Comédia, Críticas de 2009, Terror on 28 de outubro de 2009 by Lucas Nascimento

 Bom

Jennifer's Body  O diabo veste nada: Megan Fox em uma memorável natação

A roteirista Diablo Cody já tem um Oscar em sua estante, logo depois de seu primeiro roteiro, o genial Juno. Seu segundo trabalho, que traz de grande atrativo e belissíma Megan Fox, é um filme diferente. É um terror com grandes toques de humor negro e que mesmo com uma premissa interessante, consegue decepcionar. Não é ruim exatamente, mas eu esperava muito mais.

Na trama, a popular Jennifer e sua melhor amiga Needy vão à um show de rock. Na mesma noite, um incêndio ocorre no mesmo lugar e Jennifer desaparece com a banda. Depois de voltar perturbada e diferente, assassinatos começam e Needy suspeita que Jennifer é a responsável, tendo um demônio em seu corpo.

Bem, o filme segue um ritmo lento e com alguns clichês no início do filme, não é criado nenhum mistério ou empolgação, apenas situações adolescentes. Há alguns toques de terror, mas a maioria deles é misturado com humor negro e algumas referências pop sem sentido (Ta, a do X-Men foi legal), mas o ato final do filme, que envolve um baile, consegue ganhar mais velocidade e adrenalina, tornando-se muito interessante e empolgante.

Megan Fox, em seu primeiro papel de protagonista me surpreendeu. Não pelas quentes cenas de beijo lésbico ou a cena do lago, mas porque sua atuação foi muito boa, me convenceu de verdade. Quem é convincente também é Amanda Seyfried, no papel de Needy, mas sua personagem ganha um desfecho tão exagerado e desnecessário que quase estraga sua boa atuação. E sua personagem parece telepata! Ela sempre sabe quando alguma coisa ruim acontece, onde e com quem acontece! Temos também uma ponta do JK Simmons.

Resumindo, nem de longe é melhor do que Juno, mas é um bom filme, que apesar de não ter um roteiro tão bom, têm boas atuações. Mas não espere um trabalho notável, nem ver a Megan Fox nua, por que você não encontrará nesse filme.

Nota: 5,0

Assisti: No Cinema

Data: 28/10/09

| Distrito 9 | Política, drama e aliens

Posted in Aventura, Cinema, Críticas de 2009, Drama, Ficção Científica, Indicados ao Oscar on 18 de outubro de 2009 by Lucas Nascimento

Muito Bom

District 9  Guerra dos mundos: Aliens pousam na África do Sul

A maioria dos filmes de invasão alienígena sempre colocam os invasores como criaturas más, que só querem destruir o planeta sem um motivo especificado. Distrito 9, filme que de conhecido só tem o Peter Jackson na produção, muda isso radicalmente. É o filme de alienígenas mais realista já feito e um dos mais originais também. Um verdadeiro marco no gênero.

Na trama, um OVNI pousa em Joannesburgo, na África do Sul e seus tripulantes, aliens grotescos, são mantidos em uma favela, o Distrito 9. Vinte anos depois, com tanta polêmica e tumultos, os aliens começam a ser expulsos. Nesse cenário encontramos Wikus Vem De Merwe, que passa por uma impressionante transformação.

Distrito 9 é um filme diferente. Fiquei chocado após sair do cinema, é completamente diferente dos outros filmes de aliens. É um drama cheio de política e ótimos efeitos visuais. O filme é contado de maneira quase documental, com trechos de entrevistas e câmeras de segurança, dando um toque realista e sombrio no filme.

Mas o bacana do filme é a transformação do personagem Wikus, vivido muito bem por Sharlto Copley. O que lhe ocorre, lembra muito o Venom de Homem Aranha 3, ele entra em contato com uma substância alienígena e começa a se transformar em um deles. Os efeitos visuais impressionam, assim como a realidade crua do filme, onde os aliens são praticamente escravizados, em uma analogia com o apartheid. O ruim, é que pra metade pro fim, o filme fica um pouco exagerado, com Wikus usando um robô, armas de raios, mas não estraga o feito do filme.

Resumindo, é um filme muito bom, com certeza o mais realista filme de aliens já feito, esbanja originalidade e ótimos efeitos visuais, embora não seja um filme para todos.

Nota: 8,0

Assisti: No Cinema

Data: 17/10/09

| Bastardos Inglórios | Tarantino vai à guerra e sai vitorioso

Posted in Ação, Cinema, Críticas de 2009, Guerra, Indicados ao Oscar on 10 de outubro de 2009 by Lucas Nascimento

Otimo

Inglourious Basterds  Nascidos para matar: O Tenente Aldo Raine e “O Urso judeu” acabam com nazistas

Como vimos no meu Especial sobre Quentin Tarantino, seus filmes sempre foram diferentes, sempre tiveram seu toque pessoal. É como se Tarantino tivesse uma versão diferente das coisas. Agora ele nos apresenta sua arrebatadora visão sobre a Segunda Guerra Mundial. Dividido em cinco capítulos, Bastardos Inglórios é um épico de guerra repleto de humor negro, atuações perfeitas e muita violência. É excelente.

Na trama, um grupo de soldados americanos judeus conhecidos como “Os Bastardos”, são mandados para a França com o único objetivo de matar nazistas e espalhar terror. Paralelamente, uma jovem judia que teve seus pais assassinados por nazistas planeja uma vingança contra eles em uma luxuosa sessão de cinema em Paris. As duas tramas se encontram.

Bom, esse foi o primeiro filme de Tarantino que vi no cinema. O primeiro de muitos, eu espero! O filme é simplesmente fantástico, contém os mesmos elementos de seus filmes anteriores, como violência absurda e brilhantes diálogos longos, que chegam a ser um pouco cansativos, mas não perdem qualidade, já que, na minha opinião, ninguém escreve roteiros como Tarantino. São criadas situações tão absurdas que chegam a ser hilariantes, principalmente no seu clímax, que merece ser aplaudido de pé.

O elenco é também extraordinário. Brad Pitt como o Tenente Aldo Raine é muito engraçado, mas não aparece tanto quanto eu achei que fosse aparecer, mas quando aparece é impagável, com destaque para a cena em que tenta falar italiano. O “Bastardo” que mais me chamou a atenção foi o Sargento Donny, também conhecido como “O Urso Judeu”, que esmaga nazistas até a morte com um bastão de beisebol (!). Do lado nazista, não tem como deixar de mencionar Christoph Woltz, perfeito como Hans Landa, conhecido como “O Caçador de Judeus”. Seu personagem é tão interessante e bem construído e sua atuação é merecedíssima de Oscar. Sem falar nas pontas de Mike Myers e a dublagem de Samuel L. Jackson.

O legal do filme é que ele é dividido em capítulos, além de conter uma ótima trilha sonora, que tempera adequadamente diversos momentos do filme. A fotografia é impecável, principalmente na brilhante cena inicial do filme, que mostra o “Caçador de Judeus” fazendo seu trabalho. São muitos diálogos e cenas marcantes, que com certeza ficarão na memória.

Resumindo, é um ótimo filme, uma visão completamente diferente da Segunda Guerra, atuações perfeitas e um eplêndido clímax que arranca risadas e surpresas inéditas em qualquer outro filme. Quando ele chega no fim da projeção, você fica pensando sobre o que acabou de ver, uma experiência única, cômica e inesquecível, que pode ser descrita com poucas palavras: Um filme de Quentin Tarantino.

Nota: 10

Assisti: No Cinema

Data: 10/10/09

O engraçado, é que eu estava no Shopping Bourbon vendo o filme, logo depois que o filme acabou houve aquele incêndio que vocês devem ter ouvido falar. O clímax de Bastardos Inglórios envolve um cinema em chamas, então eu me senti realmente dentro do filme. Só que, felizmente, eu consegui terminar de ver o filme. E não sou nazista.

| A Era do Gelo 3 | Melhor parte por último

Posted in Animação, Comédia, Críticas de 2009, DVD on 30 de setembro de 2009 by Lucas Nascimento

Ice Age: Dawn of the Dinosaurs  O Amor custa caro: O esquilo Scratch agora tem uma concorrente pela noz

Quando vi a notícia, quase não acreditei. A Era do Gelo 3 foi o filme mais visto nos cinemas brasileiros de todos os tempos! O filme devia ser muito bom mesmo. Chegando em DVD, não perdi tempo e rapidamente o aluguei. Não é que o filme é bom mesmo?

Na trama, a velha turma de animais pré-históricos lida com um tema diferente: família. O bicho-preguiça Sid, deseperado por uma, acaba por descobrir um vale secreto de dinossauros debaixo do gelo. Lá, ele é raptado e com a ajuda de seus amigos, deverá ser resgatado.

Curiosamente, o tema sobre família e paternidade já foi abordado em outra “Parte 3” de uma série de animação: Shrek Terceiro. Só que esse novo filme de A Era do Gelo é bem melhor do que o terceiro Shrek. É mais engraçado, mais divertido, contém ótimas piadas, paródias e ainda tem espaço para o drama e a mensagem de moral.

buck  Magistralmente dublado por Simon Pegg, Buck é o que o filme têm de melhor

O grande destaque filme é a adição de um novo personagem: a doninha Buck, dublada magistralmente pelo excelente Simon Pegg na versão legendada. O personagem é simplesmente perfeito: misterioso, maluco e aventureiro. Não é só o melhor personagem da trilogia, mas um dos melhores personagens da animação. O destaque também fica com o bom e velho esquilo Scratch e sua implacável busca pela noz, só que dessa vez, ele têm um esquilo fêmea como concorrente. Rendem muitas risadas.

Resumindo, é um ótimo filme, diversão para adultos e crianças e sem dúvida alguma o melhor da trilogia. Ótimos personagens e uma criativa história, o diretor brasileiro Carlos Saldanha deve estar satisfeito.

Nota: 9,0

Assisti: Em DVD

Data: 30/09/09