Arquivo para o lobo de wall street

Martin Scorsese e Jamie Foxx em biopic de Mike Tyson

Posted in Notícias with tags , , , , , , , , , on 13 de março de 2015 by Lucas Nascimento

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O ator Jamie Foxx surpreendeu ao revelar numa entrevista novos detalhes de um de seus próximos projetos, a biografia do boxeador Mike Tyson. Enquanto falava sobre as reuniões com o próprio Tyson e a Paramount, Foxx revelou que Martin Scorsese dirigirá o filme, sendo seu primeiro filme de boxe desde o clássico Touro Indomável (1980).

Terence Winter (de O Lobo de Wall Street) é o responsável pelo roteiro do projeto, ainda sem título oficial.

Vale apontar que ninguém se pronunciou oficialmente sobre a declaração de Foxx, mas se o próprio ator falou…

Scorsese no momento filma O Silêncio, para lançamento em 2016.

2014: Os Melhores dos Melhores

Posted in Melhores do Ano with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 23 de dezembro de 2014 by Lucas Nascimento

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Chegou aquela hora do ano novamente… Junte-se a mim enquanto escolho os melhores filmes de 2014, mas atenção aos critérios abaixo

  • A lista contém apenas filmes lançados no Brasil COMERCIALMENTE (logo, filmes de 2013 que chegaram este ano nos cinemas ou home video marcam presença aqui) e alguns lançamentos estrangeiros ficaram de fora (como Foxcatcher: Uma História que Chocou o Mundo, Whiplash, Birdman, entre muitos outros).
  • Se  não concordar com minha opinião (e isso certamente vai acontecer), fique à vontade para comentar e apresentar sua própria seleção, mas seja educado, porque comentários grosseiros serão reprovados.

FILME: TOP 10

10. O Predestinado

4.5

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“O Predestinado é um filme absolutamente envolvente e intrigante, se o espectador se deixar levar por sua narrativa sintuosa e um protagonista não muito confiante. Certamente um dos exemplares de viagem no tempo mais eficientes dos últimos anos. Imperdível.”

9. 12 Anos de Escravidão

4.5

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“Excepcional também em seus valores de produção, 12 Anos de Escravidão é uma experiência difícil e pesada. Corajosamente pega um dos gêneros mais delicados do cinema norte-americano e oferece um tratamento visceral e que certamente será lembrado por anos, não só por sua brutalidade, mas também pela força de seu impecável protagonista e o emocionante desfecho de sua dura jornada.”

8. Inside Llewyn Davis: Balada de um Homem Comum

4.5

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“Servindo como um curioso estudo de personagem que leva seu objeto do nada ao nada, Inside Llewyn Davis: Balada de um Homem Comum é uma experiência única, proporcionada por duas das maiores mentes do cinema contemporâneo. Seja em sua maestria técnica, narrativa ou em sua vibrante trilha sonora folk, o filme é tragicômico no melhor sentido da palavra. E sua ausência em grandes categorias do Oscar é crueldade.”

7. Amantes Eternos

4.5

7

“Envolvente do início ao fim, Amantes Eternos é uma experiência belíssima e hipnotizante, uma história inteligente povoada por figuras ricas e absolutamente memoráveis. Como seus protagonistas, merece encontrar a imortalidade.”

6. X-Men: Dias de um Futuro Esquecido

4.5

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“Dado o tamanho da aposta, X-Men: Dias de um Futuro Esquecido era um filme que poderia ter dado perigosamente errado. Felizmente, isso foi em alguma realidade alternativa obscura, já que o retorno de Bryan Singer à franquia é eficiente, divertido e mesmo que não seja o melhor filme desta, certamente é o maior. E o melhor de tudo é perceber como sua conclusão oferece aos produtores novos rumos para essa franquia tão admirável.”

5. Boyhood: Da Infância à Juventude

4.5

 

5

“Em seus momentos mais profundos, Boyhood: Da Infância à Juventude é capaz de se transformar um espelho, fazendo com que o espectador olhe para si mesmo e identifique-se com os eventos do longa, em busca de uma catarse. Certamente trouxe um forte impacto em mim, não apenas como cinéfilo, mas como ser humano. É um filme sem igual.”

4. O Grande Hotel Budapeste

5.0

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O Grande Hotel Budapeste é desde já um dos melhores trabalhos de 2014, e comprova que o invencionismo visual de Wes Anderson não atrapalha na condução de uma história que abraça o nonsense. Pelo contrário, ajuda e diverte. Caramba, talvez seja um dos filmes mais divertidos que eu já vi na vida.”

3. Interestelar

5.0

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Interestelar vai variar muito de uma pessoa a outra. A recepção crítica revela que uns amaram, outros detestaram e alguns simplesmente não viram nada demais. Aposto que já deixei claro minha posição diante do filme, que considero uma das experiências cinematográficas supremas de 2014, capaz de me fazer esquecer seus pequenos erros. Mas mesmo que eu tivesse odiado o filme, reconheceria a mera decisão de Christopher Nolan em experimentar algo tão ousado, e incomum no gênero blockbuster atual.”

2. O Lobo de Wall Street

5.0

2

“Com o mais inspirado uso de trilha sonora incidental em sua carreira em anos, O Lobo de Wall Street é uma frenética e implacável tragédia grega do mundo das finanças. Pode muito bem ser considerado o Bons Companheiros do gênero, mais uma fantástica adição para a carreira de Martin Scorsese.”

1. Garota Exemplar

5.0

1

Garota Exemplar é um filme poderoso e surpreendente, seja por suas reviravoltas imprevisíveis ou pelo humor negro que adota para retratar temas e situações relevantes no momento – sendo a instituição casamento seu principal alvo. Um dos melhores do ano e também da filmografia do sr. David Fincher.”

Veja aqui TODAS as críticas do ano.

DIRETOR DO ANO

Christopher Nolan | Interestelar

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Ok, sei muito bem que essa é uma decisão polêmica. Aposto também que muitos viram me chamar de “nolete” ou algum outro termo estúpido, mas o que posso fazer? Mesmo que não o melhor o filme, Interestelar foi inquestionavelmente a melhor experiência cinematográfica que tive este ano, e muito disso se deve à direção de Christopher Nolan. Rodou cenas lindíssimas em IMAX na Islândia, pagou as homenagens à 2001: Uma Odisseia no Espaço com cenas que apostam no silêncio do espaço e os mecanismos espaciais, e acertou a mão nas cenas mais emocionais – até então, algo raro em sua carreira predominantemente racional.

David Fincher | Garota Exemplar

Martin Scorsese | O Lobo de Wall Street

Richard Linklater | Boyhood: Da Infância à Juventude

Fernando Coimbra | O Lobo Atrás da Porta

ATOR DO ANO

Jake Gyllenhaal | O Abutre

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Jake Gyllenhaal está cada vez melhor. Já tendo impressionado este ano com seu trabalho incrível em O Homem Duplicado, o ator se transforma fisicamente e mentalmente para viver o perturbado protagonista de O Abutre. Um homem calculista, obcecado e aparentemente incapaz de sentir afeto ou se preocupar com as consequências morais de seus atos, Lou Bloom é um dos personagens mais detestáveis e fascinantes dos últimos tempos, e Gyllenhaal acerta ao se perder completamente neste difícil papel. Trabalho de mestre.

Leonardo DiCaprio | O Lobo de Wall Street

Matthew McConaughey | Interestelar

Ralph Fiennes | O Grande Hotel Budapeste

Joaquin Phoenix | Ela

ATRIZ DO ANO

Rosamund Pike | Garota Exemplar

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David Fincher precisava de uma atriz muito boa para interpretar Amy Elliot Dunne, a enigmática protagonista de Garota Exemplar. A escolha foi certeira com Rosamund Pike, aquela atriz que você avistou uma vez ou outra em algum papel coadjuvante, que aqui domina cada segundo de cena com uma presença sensual, duvidosa e selvagem. É um papel que exige dedicação e ambiguidade, e Pike nos estimula do primeiro até o último frame da projeção.

Sarah Snook | O Predestinado

Leandra Leal | O Lobo Atrás da Porta

Marion Cottilard | Era Uma Vez em Nova York

Tilda Swinton | Amantes Eternos

ATOR COADJUVANTE

Michael Fassbender | 12 Anos de Escravidão

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Sem dúvida um dos melhores atores da nova geração, Michael Fassbender recebeu sua primeira indicação ao Oscar só este ano, com 12 Anos de Escravidão. É seu papel mais sombrio, assumindo a pele de um cruel fazendeiro que não vê limites em como trata seus escravos, seja pela violência ou pelo estranho afeto mantido com a personagem de Lupita Nyong’o. Fassbender está intenso e perturbador, um dos grandes vilões do ano.

Jared Leto | Clube de Compras Dallas

Bradley Cooper | Trapaça

Matt Damon | Interestelar

Ethan Hawke | Boyhood: Da Infância à Juventude

ATRIZ COADJUVANTE

Patricia Arquette | Boyhood: Da Infância à Juventude

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Boyhood é todo sobre o jovem Mason, mas o que é um jovem sem sua mãe? Patricia Arquette é certamente uma das grandes presenças no épico indie de Richard Linklater, sendo uma personagem que enfrenta grandes mudanças e diversas fases diferentes ao longo dos 12 anos de produção. É uma mãe solteira forte, confusa e que amadurece à medida em que vai aprendendo a cuidar de seus filhos. A grande redenção, porém, é em sua inesquecível cena final, que discute a finitude da vida.

Mackenzie Foy | Interestelar

Lupita Nyong’o | 12 Anos de Escravidão

Uma Thurman | Ninfomaníaca – Volume 1

Eva Green | Sin City: A Dama Fatal

ROTEIRO ADAPTADO

O Lobo de Wall Street | Terence Winter

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Tem que ser bom pra entregar um roteiro como o de O Lobo de Wall Street. Não só pela temática que envolve Economia, Bolsa de Valores e Wall Street, mas pela quantidade de eventos que passam pela vida do protagonista Jordan Belfort. Terence Winter acerta em cheio ao elaborar diálogos inteligentes, dosar muito (muito) humor negro e simplesmente assumir que o espectador não precisa entender os conceitos técnicos – as quebras da quarta parede e a dinâmica narração de Belfort são essenciais para o sucesso do longa. Impecável.

Garota Exemplar | Gillian Flynn

O Predestinado | Michael Spierig e Peter Spierig

Planeta dos Macacos – O Confronto | Mark Bomback, Rick Jaffa e Amanda Silver

12 Anos de Escravidão | John Ridley

ROTEIRO ORIGINAL

Amantes Eternos | Jim Jarmusch

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Meio que “atrasado” em sua versão para o mito do vampiro (que agora já nem mais está tão em alta), Jim Jarmusch faz valer a espera com seu inebriante Amantes Eternos. O roteiro conta uma história simples, mas rica na composição de seus ilustres personagens, criaturas imortais que parecem ter atingido o ápice da evolução e agora apenas podem sentir remorso e depressão em relação a seus companheiros humanos. Desde a relação dos protagonistas, a influência da música, os elaborados roubos de sangue e a sensação de um mundo desolado, é um grande acerto para Jarmusch.

O Grande Hotel Budapeste | Wes Anderson

Relatos Selvagens | Damián Szifrón

O Lobo Atrás da Porta | Fernando Coimbra

O Abutre | Dan Gilroy

FOTOGRAFIA

Inside Llewyn Davis – Balada de um Homem Comum | Bruno Delbonnel

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Desde a primeira vez em que vi um dos primeiros trailers de Inside Llewyn Davis: Balada de um Homem Comum, me apaixonei pelo trabalho de Bruno Delbonnel. Assistindo ao filme, percebe-se como suas luzes e filtros de luz ajudam a nos envolver nesse cenário frio, sombrio e incômodo que é o da música folk dos anos 60, sendo demarcado por sombras e um predominante tom de cinza. Belíssima e atmosférica.

Interestelar | Hoyte Van Hoytema

O Homem Duplicado | Nicolas Bolduc

Garota Exemplar | Jeff Cronenweth

Noé | Matthew Libatique

DESIGN DE PRODUÇÃO

O Grande Hotel Budapeste | Adam Stockhausen

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Sem mais, Wes Anderson é o mestre do departamento de design de produção e direção de arte. O setor é praticamente um personagem em seus filmes, e não é diferente com aquele que considero sua obra-prima, O Grande Hotel Budapeste. Desde o majestoso hotel do título, até locações apropriadamente cartunescas em prisões, estalagens, museus e pistas de skis européias, o trabalho de Adam Stockhausen é magistral e rico em detalhes.

Ela

Era Uma Vez em Nova York

Interestelar

Noé

MONTAGEM

Garota Exemplar | Kirk Baxter

MONT

Foi um excelente ano para os montadores. O terror O Espelho impressiona por manter suas duas tramas em perfeito equilíbrio e até interagindo umas com as outras, enquanto Interestelar mesclava com maestria cenas separadas por décadas de distância. E Noé cria alguns dos time lapses mais ousados e brilhantes de toda a História do cinema, que certamente deixaria Eisenstein maluco. No entanto, escolho o trabalho de Kirk Baxter (dessa vez, sem Angus Wall) em Garota Exemplar, que também tem o trabalho de equilibrar duas tramas aparentemente distintas, mas o faz com cortes inteligentes, transições bem escolhidas e fades to black geniais; aumentando o efeito de certas sequências.

Noé | Lindsay Graham e Mary Vernieu

O Espelho | Mike Flanagan

Interestelar | Lee Smith

No Limite do Amanhã | James Hebert e Laura Jennings

FIGURINO

Trapaça | Michael Wilkinson

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Mesmo não sendo um grande admirador de David O. Russell e seu superestimado Trapaça, admito que a Academia falhou ao não premiar seu requintado guardarroupa. Michael Wilkinson recria diversos trajes típicos da década de 70 que variam entre si, seja em estilo, cor ou padrão. Os ternos são belíssimos e os vestidos (ainda não esqueço da presença sensual de Amy Adams e seus decotes) impecáveis.

O Grande Hotel Budapeste | Milena Canonero

Guardiões da Galáxia | Alexandra Byrne

Jogos Vorazes: A Esperança – Parte 1 | Kurt e Bart

Malévola | Anna B. Sheppard

EFEITOS VISUAIS

Planeta dos Macacos: O Confronto

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O trabalho de efeitos visuais para a criação dos símios já era impressionante em 2011, com Planeta dos Macacos: A Origem. Depois de 3 anos, a tecnologia está ainda melhor e garante mais emoções e fisionomias para os personagens digitais de O Confronto, liderados pelo mestre do motion capture, Andy Serkis. Os símios surgem mais reais, dinâmicos e convencem o tempo todo. Merece o Oscar.

Interestelar

O Hobbit: A Batalha dos Cinco Exércitos

Guardiões da Galáxia

X-Men: Dias de um Futuro Esquecido

MAQUIAGEM

Guardiões da Galáxia

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Quando pensamos em uma ficção científica surtada e cartunesca como Guardiões da Galáxia, imediatamente nos vêm à mente o trabalho de maquiagem. E mesmo que não seja nada ultra elaborado como o trabalho de Rick Baker, Elizabeth Yianni-Georgiou merece parabéns por deixar figuras como Karen Gillan (Nebulosa), Lee Pace (Ronan) e Dave Baustista (Drax) irreconhecíveis, mas ainda assim manter seus bons trabalhos de atuação. Segue um padrão simples, ao meramente trocar a cor de seus atores, rendenco uma certa “sutileza alienígena”.

Sin City: A Dama Fatal

O Predestinado

O Grande Hotel Budapeste

TRILHA SONORA

Interestelar | Hans Zimmer

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Pra mim, não há dúvidas de que Hans Zimmer é o compositor mais talentoso de nossos tempos. Com Interestelar, sua 5ª contribuição com Christopher Nolan, Zimmer nos revela ainda mais truques que mantinha escondido sob a manga, agora na forma do órgão para temperar sequências do vazio espacial, perseguições por plantações e o dramático afeto de um pai com sua filha. É bela, inventiva, abstrata e épica quando o filme a requer assim. Um dos melhores trabalhos de Hans Zimmer, é praticamente um milagre.

Melhor Faixa: No Time for Caution

Garota Exemplar | Trent Reznor & Atticus Ross

O Grande Hotel Budapeste | Alexandre Desplat

Noé | Clint Mansell

Amantes Eternos | SQÜRL

+ 10 Faixas Memoráveis (Em ordem aleatória)

“Technically, Missing” – Trent Reznor & Atticus Ross | Garota Exemplar

“Make Thee An Ark” – Clint Mansell | Noé

“Spooky Action at a Distance” – SQÜRL | Amantes Eternos

“There He Is” – Hans Zimmer | O Espetacular Homem-Aranha 2: A Ameaça de Electro

“Dimensions” – Arcade Fire | Ela

“Last Will and Testament” – Alexandre Desplat | O Grande Hotel Budapeste

“Hat Rescue” – John Ottman | X-Men: Dias de um Futuro Esquecido

“Fire Battle” – Junkie XL | 300: A Ascensão do Império

“Black Tears” – Tyler Bates | Guardiões da Galáxia

“Death” – Mica Levi | Sob a Pele

CANÇÃO DO ANO

“The Hanging Tree” – Jennifer Lawrence | Jogos Vorazes: A Esperança – Parte 1

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Quando “The Hanging Tree” começa a tocar lá pela metade de A Esperança – Parte 1, por alguns minutos, torna-se um filme completamente diferente. Com a delicada voz de Jennifer Lawrence, a canção melancólica sobre uma árvore de enforcamento nos remete ao trabalho de Bille Holiday (especialmente, Strange Fruit, ao sugerir imagens medonhas), e quando é utilizada para movimentar as massas na rebelião – ganhando um coral -, assume um tom de Os Miseráveis.

“Mercy Is” – Patty Smith | Noé

“Big Eyes” – Lana Del Rey | Grandes Olhos

“It’s On Again” – Alicia Keys | O Espetacular Homem-Aranha 2: A Ameaça de Electro

“Battle Cry” – Imagine Dragons | Transformers: A Era da Extinção

MELHOR SEQUÊNCIA DE CRÉDITOS (ABERTURA OU ENCERRAMENTO)

Anjos da Lei 2

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Não tinha pra ninguém. É a melhor piada de Anjos da Lei 2 e também uma das melhores sequências de créditos de todos os tempos, que brinca com as infinitas continuações que a saga dos policiais Schmidt e Jenko poderia enfrentar nos próximos anos, surgindo com pérolas como 24 Jump Street: A Semester at Sea, 40 Jump Street: Magic School, uma aventura espacial séries animadas, action figures e algumas participações especiais bem divertidas. É uma paródia genial ao método mercadológico de Hollywood, mas a grande ironia é que eu seria capaz de assistir a cada um desses filmes falsos. Sério.

Capitão América – O Soldado Invernal

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SURPRESA DO ANO

No Limite do Amanhã

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Vocês tinham que ver a minha cara quando vi o material de No Limite do Amanhã pela primeira vez. Esses exoesqueletos, a trama genérica, o título brega… Não havia nada que despertasse meu interesse, mas mesmo assim entrei na sala de exibição. E ainda bem que entrei, pois o filme é um dos blockbusters mais divertidos e estimulantes do ano, contando com uma performance inédita de Tom Cruise, conceitos de viagem do tempo bem explorados e um ritmo sólido. Ah, e Emily Blunt chuta bundas.

DECEPÇÃO DO ANO

Godzilla

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No geral, Godzilla não é um filme ruim, mas poderia (e prometeu) ser muito mais. O diretor Gareth Evans traz de volta o espetáculo e grandiosidade que o icônico monstro japonês há muito não recebia, mas depende de um roteiro fraco e tedioso, populado por personagens formulaicos e sem o menor apego ao público. Considerando que o monstro aparece bem pouco do que se poderia imaginar (e que Bryan Cranston e Juliette Binoche tenham tempo de cena limitado)

USO DE 3D

Guardiões da Galáxia

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2014 não foi um bom ano para o 3D. Não tivemos nenhum “uso de autor”, como com Gravidade e O Grande Gatsby no ano passado, mas sim uma enchurrada de filmes com o formato convertido porcamente (como Capitão América – O Soldado Invernal, GodzillaMalévola e Sin City: A Dama Fatal). Dentre os males, o 3D de Guardiões da Galáxia é o mais suportável (principalmente em IMAX), funcionando graças a momentos mais “infantis”, como objetos sendo jogados em direção ao espectador e um ou outro bom momento de profundidade de campo. É um trabalho de conversão competente, mas leva aqui por falta de opção melhor.

MELHORES TRAILERS

O Abutre | Trailer 2

Birdman | Trailer 1

Cinquenta Tons de Cinza | Trailer 1

Garota Exemplar | Teaser

Guardiões da Galáxia | Trailer 2

O Hobbit: A Batalha dos Cinco Exércitos | Teaser

Interestelar | Trailer 1

Mad Max: Estrada da Fúria | Teaser Comic Con

Mad Max: Estrada da Fúria | Trailer Oficial

Sin City: A Dama Fatal | Trailer da Comic Con

Star Wars: Episódio VII – O Despertar da Força | Teaser

Vício Inerente | Trailer 1

Whiplash: Em Busca da Perfeição | Trailer 1

MELHORES PÔSTERES

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Whiplash: Em Busca da Perfeição

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Êxodo: Deuses e Reis

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Birdman

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Vício Inerente

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Guardiões da Galáxia

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The Hateful Eight

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Sin City: A Dama Fatal

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O Hobbit: A Batalha dos Cinco Exércitos

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Garota Exemplar

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Jogos Vorazes: A Esperança – Parte 1

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A Marca do Medo

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Mr. Turner

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Mais Antecipados Para 2015

007 – Spectre

The Hateful Eight

Homem Formiga

O Quarteto Fantástico

Star Wars: Episódio VII – O Despertar da Força

A Travessia

Vício Inerente

Os Vingadores: Era de Ultron

Whiplash: Em Busca da Perfeição

E fiquem ligados, na primeira semana de 2015 libero o gigante Preview 2015!

Os Mestres do Oscar 2014| Volume IV: Categorias Principais

Posted in Especiais with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 27 de fevereiro de 2014 by Lucas Nascimento

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Chegamos à parte final do meu especial sobre o Oscar 2014! Aqui, analisaremos as categorias principais, passando pelos Roteiros, Diretores e, claro, os 9 filmes indicados. Vamos lá:

OBSERVAÇÕES:

  • Clique nos nomes de cada profissional para conferir seu histórico de indicações ao Oscar
  • Abaixo de cada perfil estão os prêmios que cada filme já garantiu na respectiva categoria
  • Nas categorias de ROTEIRO ORIGINAL e ROTEIRO ADAPTADO, clique nos títulos de cada filme para seu o roteiro completo em inglês (curiosamente, a Sony não liberou nenhum de seus 5 roteiros indicados)

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Qual é o parasita mais resistente? Uma ideia. Uma ideia completamente original é muito difícil de ser encontrada atualmente, mas de vez em quando, algumas muito boas aparecem em determinados roteiros. Os indicados são:

Blue Jasmine | Woody Allen

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Como um iniciante na vasta carreira de Woody Allen (não assisti a nem metade de seus 49 filmes), fui surpreendido por seu Blue Jasmine. Depois de 3 comédias leves, Allen aposta em uma densa tragédia de humor negro, que balança mais para o lado dramático do que o de humor, servindo como um poderoso estudo de personagem. Jasmine é a alma do projeto, sua irremediável e inevitável autodestruição, algo que o roteiro acerta ao colocá-la em situações que testam sua paciência e promovem um confronto de ideias/opiniões (vide sua irmã, o namorado desta, etc). Mas minha característica preferida aqui é o uso de digressões temporais (flashbacks) bem posicionados para revelar, aos poucos, os elementos que resultaram na queda de Jasmine da alta classe – deixando o surpreendente estopim para o final.

Quotação Memorável: “Quando a Jasmine não quer saber de alguma coisa, ela tem o hábito de olhar pro outro lado” – Ginger

Clube de Compras Dallas | Craig Borten e Melisa Wallack

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Por anos na conceituada “Black List” dos roteiros americanos, o roteiro de Clube de Compras Dallas é assinado pelos estreantes Craig Borten e Melisa Wallack, que adaptam o período da vida real do eletricista Ron Woodroof quando este descobre ser vítima do mortal vírus da AIDS – passando a contrabandear medicamentos ilegais. O texto da dupla é eficaz ao apresentar diversas críticas sobre temas como homofobia, burocracia farmacêutica, entre outros; mas é de se impressionar com o bem-vindo senso de humor excepcionalmente bem colocado na trama pesada. Sendo um filme centrado em seus personagens, é de se admirar com a eficiente construção das relações entre estes: como opiniões colidem, visões mudam e atitudes são modificadas.

Quotação Memorável: “Cuidado com o que vocês comem e quem vocês comem” – Ron Woodroof

Ela | Spike Jonze

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O mérito do roteiro de Spike Jonze já pode ser encontrado em sua fascinante premissa, que traz um sujeito depressivo apaixonado pelo sistema operacional de seu computador. Passado o choque inicial da ideia, Ela transforma-se em um estudo sensível e delicado a respeito do amor e a forma como a tecnologia pode influenciar as relações humanas – e o quão interessante pode ser a noção de uma máquina adquirir sentimentos e consciência própria. Jonze sutilmente coloca elementos de ficção científica na trama, mas se concentra principalmente em seus personagens, que protagonizam fabulosos diálogos e situações completamente inusitadas (a ideia mais inspirada certamente é o “avatar” utilizado por Samantha no mundo real, coisa de gênio). Ela traz muitas questões em suas palavras, e Jonze ganhou praticamente tudo o que é preciso ganhar para garantir uma vitória aqui. Absolutamente merecido.

Quotação Memorável: “O coração não é como uma caixa que você pode preencher; ele expande seu tamanho à medida em que você ama. Eu sou diferente de você. Mas isso não me faz te amar menos. Na verdade, me faz te amar mais ainda” – Samantha

  • WGA – Roteiro Original
  • Globo de Ouro
  • Critics Choice Awards

Nebraska |Bob Nelson

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Em seu primeiro trabalho no cinema, Bob Nelson já descolou uma indicação ao Oscar. Nada mal e merecido, já que seu texto em Nebraska é divertido e bem desenvolvido, apresentando um acertado mix de diversos temas diferentes. Há a saga de auto-satisfação do protagonista Woody Grant, as problemáticas relações familiares (pai e filho, marido e mulher, irmão e irmão), a cobiça, valores do passado e outros pequenos elementos que se complementam com eficiência ao longo da narrativa centrada. É interessante como Nelson aposta na lentidão (o que geralmente é um problema) para situar e contextualizar alguns dos personagens (especialmente a família do irmão de Woody, mergulhada na monotonia) para gerar situações engraçadas, seja através de figuras caricatas (os irmãos Bart e Cole, por exemplo) ou situações absurdas (dois “mascarados” esperando para executar um ataque). Uma história simples, mas com ótimo desenrolar.

Quotação Memorável:

“- Por que você e a mamãe tiveram filhos?
– Porque eu gostava de trepar. E a sua mãe é Católica, então já sabe” – David Grant, Woody Grant

Trapaça | Eric Singer e David O. Russell

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Nos segundos iniciais de Trapaça, um divertido letreiro alerta que “alguns desses eventos até aconteceram mesmo”. Enquanto é difícil identificar o que aconteceu e o que é pura ficção (ou se é tudo ficção, quem sabe), deve-se apontar a bipolaridade presente no texto de David O. Russell e Eric Singer. Sugeri na minha crítica que a dupla teria dividido suas funções, com Russell se dedicando mais à parte de relações pessoais (o que funciona, mas graças ao elenco) e Singer ficando a par dos elementos voltados à golpes, trapaças e dois canos fume… Não, filme errado. No fim, o roteiro de Trapaça comete o erro de tentar complicar sua trama – que é mais simples do que aparenta – e dar voltas, ao repetir frases como “Todo mundo trapaceia para sobreviver” ou diversas outras versões alternativas. O humor e os diálogos são bem acertados, porém.

Quotação Memorável: “Eu sou como um vietcongue. Estou dentro, estou fora, mas você não me vê ali.” – Irving Rosenfeld

  • BAFTA

APOSTA: Ela

QUEM PODE VIRAR O JOGO: Trapaça

MEU VOTO: Ela

FICOU DE FORA: Short Term 12

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Você provavelmente nunca ouviu falar em Short Term 12, o que é uma pena. A produção indie do novato Destin Cretton é de uma qualidade fantástica, pegando a batida temática de jovens disfuncionais e oferecendo um tratamento poderoso graças à força de seus personagens e a sutileza de suas subtramas. Não está disponível no Brasil, e acho difícil que esteja tão cedo.

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Quando uma ideia completamente original está em falta, resta recorrer à livros, artigos, peças ou desenvolver continuações; podendo simplesmente adaptá-la à tela grande, ou criar algo novo a partir de seu argumento. Os indicados são:

12 Anos de Escravidão |John Ridley, baseado no livro “12 Anos de Escravidão” de Solomon Northup

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John Ridley tinha uma extraordinária história de sobrevivência em mãos. A jornada de escravidão de Solomon Northup não é uma história para os fracos de coração, e Ridley certifica-se de manter os elementos mais cruéis e brutais desta, em um retrato que mantém o foco exclusivamente em seus personagens durante os 12 anos do título. O que me chama a atenção, é a construção de seu protagonista: um homem livre desacostumado em obedecer ordens brutas e ser atacado com insultos baixos, o que leva Northup a travar diálogos excepcionalmente bem escritos com seus diferentes mestres – fator que o diferencia dentro do gênero. Toda a execução da narrativa funciona, seja na linha do protagonista ou nas subtramas (como aquela envolvendo o fazendeiro Epps e a escrava Patsey). O roteiro de Ridley é forte.

Quotação Memorável: “Eu não quero sobreviver. Eu quero viver” – Solomon

  • Critics Choice Awards
  • USC Scripter

Antes da Meia-Noite | Julie Delpy, Ethan Hawke e Richard Linklater, baseado nos personagens de Richard Linklater

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Fico triste pela ausência de Antes da Meia-Noite em mais categorias, mas ao menos seu impecável roteiro foi lembrado pela Academia. Escrito por Richard Linklater e preenchido com diversas improvisações de Ethan Hawke e Julie Delpy, a terceira parte da trilogia romântica se diferencia radicalmente dos anteriores por apresentar uma trama mais “sombria”, explorando os problemas de relacionamento entre Jesse e Celine, 18 anos após seu primeiro encontro. Elegantemente destrói a ideia de “felizes para sempre”, contando com as habituais longas conversas teatrais e aqui com mais personagens que obtém tempo de cena. Algo que, se tira o foco do casal por alguns instantes, oferece interessantes paralelos e reflexões a respeito da relação de Jesse e Celine. E outra, eu assistira facilmente ao filme que Jesse elabora brevemente.

Quotação Memorável: “Eu fodi a minha vida toda por causa do jeito que você canta” – Jesse

Capitão Phillips | Billy Ray, baseado no livro “Dever de Capitão” de Richard Phillips

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Paul Greengrass é conhecido por seu desejo de reproduzir fatos reais com fidelidade quase documental (vide seu trabalho excepcional em Voo United 93). Agora, se o roteiro de Billy Ray segue à risca todos os eventos envolvendo o sequestro do Capitão Richard Phillips é outra história, mas o que importa aqui é que seu texto cumpre o serviço; sendo capaz de prender o espectador na história – que se concentra quase que inteiramente na situação de risco do protagonista. O mais interessante, porém, foi a admirável decisão de Ray em apresentar tanto Phillips como o Muse (líder dos piratas) como seres multifacetados: em nenhum momento o líder dos piratas é visto como um vilão arquétipo, nem Phillips (ou a Marinha) como um símbolo de soberania estadunidense (uma bobagem que algumas pessoas conseguiram encontrar no filme). No fim, é o poder do choque sobre um ser humano seguro (e as ações que o despedaçam) que prevalece.

Quotação Memorável: “Eu sou o capitão agora” – Muse

  • WGA – Roteiro Adaptado

O Lobo de Wall Street | Terence Winter, baseado no livro “O Lobo de Wall Street” de Jordan Belfort

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Em cerca de 3 horas de duração, o roteiro do estreante (em cinema) Terrence Winter é eficaz ao reunir diversos eventos importantes da vida do corretor Jordan Belfort. Como leitor do livro, parabenizo Winter pelo ótimo trabalho de adaptação ao tomar liberdades criativas com a história, ao pegar diferentes elementos da história e costurá-los em um único grande evento; causando maior impacto cinematograficamente. Mas adaptações à parte, a prosa de Winter é excepcional ao trazer diálogos inteligentes (a forma delicada de como se desenrola aquele entre Jordan e um agente do FBI é tão empolgante como um duelo de armas de fogo), engraçados e completamente situados no mundo das ações de Wall Street. As digressões de seu protagonista (seja em narrações em off ou em quebras de 4ª parede) são divertidíssimas e envolventes.

Quotação Memorável: “Às vezes quando se vai bancar o vilão de James Bond, precisa estar à altura do papel” – Jordan Belfort

Philomena | Steve Coogan e Jeff Pope, baseado no livro “Philomena: A Mother, Her Son, and a Fifty-Year Search”, de Martin Sixmith

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E mais uma história real (impressionante, não? 6 dos 10 indicados de ambas as categorias são baseados em fatos verídicos) é reconhecida pela Academia, o consistente roteiro de Philomena. Seu grande mérito certamente reside nos diálogos entre os protagonistas, especialmente os divertidos choques de opiniões entre os dois; o que leva o texto de Pope e Coogan a abrir algumas discussões a respeito de religião, a repreensão de instinto sexuais, mídia e uma sombria revelação que coloca em xeque algumas práticas da antiga Igreja Católica. Mas no fim, Philomena agrada pelo tom leve e o eficiente equilíbrio entre humor e drama.

Quotação Memorável: “Nunca estive no México, mas imagino que seja adorável. Com exceção dos sequestros” – Philomena

  • BAFTA
  • Festival de Veneza

APOSTA: 12 Anos de Escravidão

QUEM PODE VIRAR O JOGO: Capitão Phillips

MEU VOTO: Antes da Meia-Noite

FICOU DE FORA: The Spectacular Now | Scott Neustadter e Michael H. Weber, baseado no livro “The Spectacular Now”, de Tim Tharp

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Ainda sem previsão de lançamento em Home Video no Brasil (no cinema, muito menos), The Spectacular Now passou despercebido por diversas premiações. Uma pena, já que a adaptação de Scott Neustadter e Michael H. Weber (dupla responsável por (500) Dias com Ela) para o romance de Tim Tharp surge como uma das mais honestas, divertidas e bem feitas obras sobre amadurecimento pós-colegial, aquele drama todo. A dupla encontra na complexa figura do protagonista Sutter Keely uma oportunidade de traçar um envolvente estudo de personagem, com uma subtrama amorosa que agrada pela espontaniedade. Assistam.

diretor

Já vimos dezenas de categorias nas quatro partes deste especial. Mas apenas uma pessoa pode ter o controle absoluto sobre ela, mudar o que quiser e comandar para atingir o resultado desejado: o diretor. Os indicados são:

Alfonso Cuarón | Gravidade

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Assim como James Cameron fez em Avatar, Alfonso Cuarón desenvolveu novas tecnologias e câmeras para contar sua história em Gravidade – costumo brincar ao dizer que este dirigiu o filme numa caixa. Mas atrevo-me a dizer que o resultado alcançado pelo diretor mexicano tenha sido ainda mais fascinante do que aquele visto em 2009: Cuarón aposta em longuíssimos planos sequência onde a câmera passeia pelo ambiente e seus personagens, garantindo uma imersão completa – com belo uso do 3D – dentro da experiência. Em uma premissa limitada (dois astronautas perdidos no espaço), Cuarón realizou um dos filmes mais emocionantes de 2013.

  • DGA
  • BAFTA
  • Globo de Ouro
  • Critics Choice Awards

Steve McQueen | 12 Anos de Escravidão

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Responsável pelos excepcionais Hunger e Shame, o britânico Steve McQueen enfim parece ter entrado no radar da Academia com seu pesado e dramático 12 Anos de Escravidão. Seu trabalho ganha força por sua decisão em retratar com visceralidade todos os abusos psicológicos e físicos a que eram submetidos os escravos durante o sombrio período do século XIX, o que faz McQueen apostar em longas tomadas de açoitamentos e agressões (e algumas imagens gráficas). Mas o diretor também é extramamente competente nos quesitos técnicos, mantendo seus habituais longos takes (que aqui geram tensão ou simbolizam sutilmente uma longa passagem de tempo) e um cuidado visual detalhista.

Alexander Payne | Nebraska

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Indicado surpresa da categoria (na teoria, a vaga deveria ser de Paul Greengrass), Alexander Payne é lembrado novamente por seu tragicômico Nebraska. A começar pela decisão do diretor em gravar o filme em preto e branco, o que rendeu um tom absolutamente único para a narrativa, que conta com seu comando de forma contida, mas igualmente efetiva. Payne aposta na lentidão de cenas e diálogos para balancear um humor divertido e diversos subtemas poderosos, sendo explorados por completo meramente por mise em scènes simples ou planos detalhados.

David O. Russell | Trapaça

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Em sua terceira indicação ao Oscar na categoria, por seu terceiro filme consecutivo, David O. Russell já vai assumindo um status invejado em Hollywood. Aprecio seu trabalho, mas sua indicação por Trapaça revela um trabalho muito mais contido e centrado em seu elenco (que, repito mais uma vez, é o grande mérito da produção); não é por acaso que os planos de Russell sejam sempre mais fechados, com raríssimas tomadas abertas e movimentos de câmera que se limitam a circular entre os diálogos dos personagens. Russell aproveita o elenco e, aqui e ali, surge inspirado com algumas tomadas musicais (o destaque aqui fica com “Live and Let Die”), mas nada que eu considere espetacular a ponto de uma indicação.

Martin Scorsese | O Lobo de Wall Street

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Martin Scorsese é um monstro sagrado do Cinema, e aos 71 anos de idade recebe sua 9ª indicação na categoria, pela selvagem e frenética condução de O Lobo de Wall Street. A cinebiografia de Jordan Belfort transporta o diretor para seu território de mestre, um no qual não pisava os pés desde a década de 90, em obras como Os Bons Companheiros e Cassino (sem contar o flerte com o gênero em Os Infiltrados). Aliado de um excelente roteiro, uma poderosa atuação central e sua inseparável montadora, Scorsese traça uma narrativa repleta de elementos dinâmicos (quebra de quarta parede, narrações em off, recortes e até confusões mentais de seu protagonista), humor negro afiado e muita segurança ao abusar do conteúdo de sexo e drogas – mas nunca glorificando seu objeto de estudo. Scorsese como não víamos há tempos.

APOSTA: Alfonso Cuarón

QUEM PODE VIRAR O JOGO: Steve McQueen

MEU VOTO: Alfonso Cuarón

FICOU DE FORA: Paul Greengrass | Capitão Phillips

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Paul Greengrass, como Tom Hanks, parecia uma aposta certeira para uma vaga no Oscar de direção. É uma pena que Greengrass tenha ficado de fora, já que seu comando no intenso Capitão Phillips é seguro, quase documental e de manter o espectador vidrado na cadeira. Câmera incessante, close ups em seus atores e algumas cenas de ação em alto-mar muito bem executadas.

Menções Honrosas:

Joel e Ethan Coen | Inside Llewyn Davis – Balada de um Homem Comum

Ron Howard | Rush: No Limite da Emoção

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Um homem livre escravizado, um capitão da marinha sequestrado, sistemas operacionais sedutores, astronautas perdidos, corretores da bolsa anárquicos, um pai obcecado com uma fortuna, uma mãe em busca de seu filho e um grupo de golpistas trapaceiros estão entre os indicados a Melhor Filme no Oscar 2014. Vejamos:

12 Anos de Escravidão | Brad Pitt, Dede Gardner, Jeremy Kleiner, Steve McQueen e Anthony Katagas

4.5

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“Excepcional também em seus valores de produção, 12 Anos de Escravidão é uma experiência difícil e pesada. Corajosamente pega um dos gêneros mais delicados do cinema norte-americano e oferece um tratamento visceral e que certamente será lembrado por anos, não só por sua brutalidade, mas também pela força de seu impecável protagonista e o emocionante desfecho de sua dura jornada.”

  • Producers Guild Awards (Empate)
  • Globo de Ouro – Drama
  • Critics Choice Awards
  • BAFTA

Capitão Phillips | Scott Rudin, Dana Brunetti e Michael De Luca

4.5

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Capitão Phillips é intenso do início ao fim, você sabendo ou não o desfecho da história. Tecnicamente impecável e com atuações verossímeis a ponto de nos esquecermos de que isto são apenas imagens fictícias projetadas em tela, Paul Greengrass fez aqui um dos trabalhos mais memoráveis de 2013. Filmaço.”

Clube de Compras Dallas | Robbie Brenner e Rachel Winter

3.5

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“Ao fim, Clube de Compras Dallas é uma história cativante sobre um sujeito interessante, sendo favorecida pelas esforçadas performances de seu elenco principal. O resultado seria melhor com alguns minutos a menos, mas felizmente Matthew Conaughey é bem sucedido ao carregar o filme todo nas costas.”

Ela | Megan Ellison, Spike Jonze e Vincent Landay

4.0

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“Durante suas duas horas de duração, Ela traz conceitos fascinantes e o poder de despertar as mais variadas discussões envoltas em sua narrativa. Seja na presença onipresente de tecnologia ou em sua abordagem moderna e inovadora sobre o Amor, o filme de Spike Jonze é uma obra importante, pontualmente divertida e sensível, que merece múltiplas visitas e análises mais profundas do que uma mera crítica cinematográfica.”

Gravidade | Alfonso Cuarón e David Heyman

4.5

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“Uma das melhores experiências cinematográficas de 2013, Gravidade é uma trama muito intimista e simples narrada com alguns dos recursos mais grandiloquentes que o cinema já viu. Tenso e emocionante a ponto de dar nó na garganta, Gravidade pode ser visto como o 2001: Uma Odisseia no Espaço da nossa geração, pela forma com que retrata o espaço sideral. Algo especial foi criado aqui.”

  • Producers Guild Awards (Empate)
  • Directors Guild Awards
  • BAFTA – Filme Britânico
  • Critics Choice Awards – Ficção Científica

O Lobo de Wall Street | Leonardo DiCaprio, Emma Tillinger Koskoff, Joey McFarland e Martin Scorsese

5.0

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“Com o mais inspirado uso de trilha sonora incidental em sua carreira em anos, O Lobo de Wall Street é uma frenética e implacável tragédia grega do mundo das finanças. Pode muito bem ser considerado o Bons Companheiros do gênero, mais uma fantástica adição para a carreira de Martin Scorsese. E mesmo que alguns tenham a equivocada visão de que o longa glorifica as ações repreensíveis de seu protagonista, basta observar com atenção a última tomada do filme – onde a câmera de Scorsese aponta para as reais vítimas da história. Um trabalho de mestre. Obrigado, Scorsese. Obrigado, Leo.”

Nebraska | Albert Berger e Ron Yerxa

4.0

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“No fim, é interessante observar Nebraska como uma obra sobre a auto-satisfação, mesmo que seja pautada em mentiras. Seja no suposto prêmio do protagonista, que logo desperta interesses alheios, ou em diversos momentos do último ato, o filme de Alexander Payne acerta ao analisar essa temática de forma bem-humorada e até tocante. Mas se a satisfação dos personagens aqui é fraudulenta, a do espectador diante do filme é verdadeiramente genuína.”

Philomena | Gabrielle Tana, Steve Coogan e Tracey Seaward

3.5

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“Mesmo que, aqui e ali, Frears pese a mão para arrancar algumas lágrimas, Philomena é um belo filme que encontra sustento em suas carismáticas performances centrais e o tratamento simples a temas delicados e complexos. Não é uma grande obra que será lembrada durante anos e anos, mas sem dúvidas rende um bom programa.”

Trapaça | Charles Roven, Richard Suckle, Megan Ellison e Jonathan Gordon

3.0

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“No fundo, Trapaça surge mais como uma boa oportunidade de reunir um grande elenco do que uma experiência narrativa concreta, falhando na agridoce elaboração de seu roteiro. Aqui e ali David O. Russell tenta brincar de Scorsese, mas seu grande mérito reside na liberdade que fornece a seu dream team.”

  • Globo de Ouro – Musical ou Comédia
  • SAG – Melhor Elenco
  • Critics Choice Awards – Melhor Comédia

APOSTA: 12 Anos de Escravidão

QUEM PODE VIRAR O JOGO: Gravidade

MEU VOTO: O Lobo de Wall Street

FICOU DE FORA: Inside Llewyn Davis – Balada de um Homem Comum

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“Servindo como um curioso estudo de personagem que leva seu objeto do nada ao nada, Inside Llewyn Davis: Balada de um Homem Comum é uma experiência única, proporcionada por duas das maiores mentes do cinema contemporâneo. Seja em sua maestria técnica, narrativa ou em sua vibrante trilha sonora folk, o filme é tragicômico no melhor sentido da palavra.”

Menções Honrosas (porque 2013 foi foda)

Rush: No Limite da Emoção

Short Term 12

Antes da Meia-Noite

Bem, é isso! O Oscar 2014 acontece já nesse domingo de Carnaval (2), então façam suas apostas e voltem aqui para mais cobertura. Até!

Os Mestres do Oscar 2014 | Volume II: Categorias Técnicas

Posted in Especiais with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 25 de fevereiro de 2014 by Lucas Nascimento

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Oscar não é só sobre as estrelas, é também para premiar o esforçado trabalho de dezenas (e até centenas) de pessoas que se dedicam às categorias técnicas de um filme. E elas são muito mais interessantes de se analisar, vamos ao segundo volume do especial:

fotografia

Ajudando a transformar a visão do diretor em realidade, o diretor de fotografia possui um dos mais importantes cargos, analisando luzes, cores, sombras, mise en scène, entre muitos outros… Os indicados são:

O Grande Mestre | Philippe Le Sourd

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Indicado surpresa da categoria, o filme de ação chinês O Grande Mestre ainda não tem previsão de estreia no país (o longa foi exibido na Mostra de São Paulo do ano passado, mas só fui descobrir agora…), portanto é difícil analisar o trabalho de Phillippe Le Sourd de uma forma que não seja puramente baseada no visual. E se esse fosse o único aspecto, uau. Só pelo trailer, as lindíssimas imagens preenchidas com névoa, chuva pesada e lutas em slow motion deixaram-me salivando. Infelizmente, só posso dizer que as imagens são espetaculares.

Razão de Aspecto: 2:35:1

Formato: 35 mm

Câmeras: Arricam LT, Cooke S4 e Lentes Angenieux Optimo
Arricam ST, Cooke S4 e Lentes Angenieux Optimo
Arriflex 435 Xtreme, Cooke S4 e Lentes Angenieux Optimo Lenses
Phantom Flex, Lentes Cooke S4 (tomadas de alta velocidade)

Gravidade | Emmanuel Lubezki

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E pertence a Gravidade o posto de representante da fotografia digital do ano, e muito provavelmente o vencedor da categoria, já que os últimos dois vencedores em Fotografia (As Aventuras de Pi e A Invenção de Hugo Cabret) contavam com o formato, além de um caprichado uso de 3D. E o resultado é realmente espetacular… Mesmo rodado inteiramente quase que inteiramente em greenscreen, o cinematógrafo Emmanuel Lubezki acerta ao talentosamente controlar a fonte do luz (em sua maioria, o sol na imensidão do espaço) sob os rostos dos atores e ao contribuir para a criação de imagens vívidas e espetaculares. Sem falar que Lubezki ainda teve que acompanhar o diretor Alfonso Cuarón na criação de planos-sequência e requintados movimentos/dispositvos de câmera – como aquele que traz Sandra Bullock rodopiando em primeiro plano.

Razão de Aspecto: 2:35:1

Formato: 65mm

Câmeras: Arri Alexa M
Arri Alexa, Panavision Primo e Lentes Zeiss Master Prime
Arriflex 765, Lentes Zeiss 765

  • American Scociety of Cinematographers
  • Critics Choice Awards
  • BAFTA

Inside Llewyn Davis – Balada de um Homem Comum | Bruno Delbonnel

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Bruno Delbonnel é dono de um estilo único. Só de se assistir a um trailer de algum trabalho que o traga na função de diretor de fotografia, é possível perceber seus marcantes traços visuais, demarcados por seus filtros de luz (até mesmo no sexto Harry Potter, que se diferencia visualmente de TODOS os outros filmes da franquia). Com a odisseia folk tragicômica de Inside Llewyn Davis, Delbonnel cria um mundo cinzento e melancólico, envolto por trevas e sombras profundas. Seus filtros também são impecáveis ao retratar um inverno verdadeiramente frio, de uma atmosfera quase onírica (especialmente nas sombrias tomadas ambientadas em estradas e em pequenos bares). A fotografia de Gravidade nos leva até o espaço, mas o trabalho de Delbonnel é coisa de outro mundo.

Razão de Aspecto: 1:85:1

Formato: 35 mm

Câmeras: Arricam LT, Lentes Cooke S4 Lenses; Arricam ST, Lentes Cooke S4

Nebraska | Phedon Papamichael

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A Academia não resiste a uma boa fotografia em preto-e-branco. Mas diferentemente dos últimos indicados do tipo (O Artista e A Fita Branca), Phedon Papamichael não dispensa as cores para simular um formato antigo, e sim para transmitir a melancolia presente na trama de Nebraska. E é impressionante a capacidade de Papamichael em capturar imagens belíssimas, comprovando como o formato preto-e-branco está longe de ser esquecido. Seja em seu bom olho para paisagens de estradas interioranas (com um céu predominantemente nublado, acentuado pelo cinza) ou sua habilidade de brincar com luzes e sombras nos momentos apropriados – remetendo constantemente ao noir – a fotografia de Nebraska me faz desejar que a Academia voltasse a dividir a categoria entre Preto e Branco e Colorido.

Razão de Aspecto: 2:35 : 1

Formato: 35 mm

Câmeras: Arri Alexa M,Lentes Panavision C-Series
Arri Alexa Plus 4:3, Panavision C-Series, Lentes ATZ e AWZ2

Os Suspeitos | Roger Deakins

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Atmosfera. Essa é a palavra-chave para definir o trabalho do veterano Roger Deakins (ainda sem Oscar) no suspense Os Suspeitos (outro filme que também merecia mais amor da Academia). Dominado por paletas de cor frias e sem vida, o visual do filme de Denis Villenueve é aterrador e perfeito para o tenso desenrolar da história. Ajuda também que Deakins capture diversas imagens dominada pelas trevas, chuvas, neve, chuvas mescladas com neve (!) e um clima predominantemente frio e cinzento. É quase como se fôssemos capazes de mergulhar naquele universo, de tão palpável (a razão de aspecto mais ampla ajuda nesse quesito). Perfeito para um dia de inverno.

Razão de Aspecto: 1.85 : 1

Formato: 35 mm

Câmeras: Arri Alexa Plus, Lentes Zeiss Master Prime
Arri Alexa Studio, Lentes Zeiss Master Prime

APOSTA: Gravidade

QUEM PODE VIRAR O JOGO: Vitória certa de Gravidade aqui, mas nunca esqueçam de Deakins.

MEU VOTO: Inside Llewyn Davis

FICOU DE FORA: Só Deus Perdoa | Larry Smith

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Em muitos aspectos, Só Deus Perdoa me decepcionou bastante. História vazia, personagens opacos e uma narrativa de associação livre (há quem goste, não é meu caso) tornaram maçante a experiência do último filme de Nicolas Winding Refn; especialmente após o excepcional Drive. Mas se há um quesito excepcional na saga criminosa tailandesa é a fotografia vibrante de Larry Smith, que aposta na predominância do vermelho, trevas e as luzes de neon da cidade. É um deleite visual.

BÔNUS: Vídeo Análise

Não sou nenhum profissional na área da Fotografia, mas o autor deste belo vídeo do Fandom certamente é. Assista aqui a eficiente edição onde o comentarista analisa pequenos detalhes de cada um dos filmes indicados. Muito, muito bom:

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Para povoar a história de personagens e situações, cenários – sejam digitais ou construídos – são essenciais, assim como a equipe que os desenha/projeta antes de lhes dar vida. Os indicados são:

12 Anos de Escravidão | Adam Stockhausen & Alice Baker

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Ambientado no sul dos EUA no século XIX, o design de produção de 12 Anos de Escravidão concentra-se principalmente no visual e estrutura das plantações de algodão da época. É um trabalho notável de reconstituição de época e, além das ambientações de natureza rural, também temos flashbacks ambientados em ruas de Nova York e portos de cidades no sul. McQueen aproveita bem o trabalho de sua equipe, que jamais soa exagerado, mantendo-se fiel à História.

Ela | K.K. Barrett & Gene Serdena

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Em uma Los Angeles futurista, o design de produção de K.K. Barrett impressiona por sua sutileza e aparente simplicidade. Os cenários, objetos e prédios apresentados no romance de ficção científica Ela acertam ao trazer um design moderno que certamente os situam no futuro, mas sem exagerar a ponto de parecer uma realidade distante. Seja em detalhes simples como slides de flores em um elevador, o predomínio de cores azuis e vermelhas em paredes e vidros ou a arquitetura moderna dos edifícios (as tomadas externas inteligentemente foram gravadas em Xangai, simulando LA), o design do filme perfeitamente situa a história – sem chamar muita atenção para si, mas também sem passar despercebido.

  • Art Directors Guild – Filme Contemporâneo

O Grande Gatsby | Catherine Martin & Beverley Dunn

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Criados a partir de uma mistura eficiente entre efeitos práticos e computadorizados, os cenários e ambientes que criam a Nova York dos anos 20 de O Grande Gatsby fazem jus à grandiosidade do período. É importante observar a diferença socioeconômica é preservada nos diferentes cenários: a faraônica mansão de Gatsby, suas festas colossais e um luxuoso apartamento que acertadamente é dominado pelo vermelho – já que este é usado apenas para o adultério – que se sobressaem diante de lugares mais humildes, como o cinzento Vale das Cinzas e a pequena oficina mecânica de um dos personagens. Tudo isso servindo à visão exuberante de Baz Luhrmann.

  • Art Directors Guild – Filme de Época
  • Critics Choice Awards
  • BAFTA

Gravidade | Andy Nicholson, Rosie Goodwin & Joanne Woollard

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Quando se pensa no design de produção em Gravidade, a primeira reação é: espaço sideral. Mas então nos damos conta que, além das deslumbrantes imagens da Terra, a produção traz ainda duas estações espaciais distintas na narrativa. Seus exteriores (que incluem para-quedas, satélites e uma mecânica verossímil) impressionam, assim como as sutis diferenças e detalhes que diferenciam seus interiores; uma é russa, outra é chinesa, é divertido encontrar objetos como raquetes de ping pong (chinesa) ou fotografias espalhadas pelas paredes. O design dos veículos espaciais (como a Explorer americana, ou a sequência de despreendimentos na re-entrada) também convence, o que certamente rendeu um vasto trabalho de pesquisa por parte de Andy Nicholson e Rosie Goodwin.

  • Art Directors Guild – Filme de Fantasia

Trapaça | Judy Becker & Heather Loeffler

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Como é possível observar na montagem acima, os cenários de Trapaça são todos construídos (sem retoques aparentes com computação gráfica) e fiéis ao estilo de arquitetura da década de 70 – especialmente nas cores e na decoração de set. É um belo trabalho e que jamais soa inverossímil, mas quem deve ter se beneficiado mais do trabalho foi o elenco, já que o diretor David O. Russell não oferece planos para que admiremos o trabalho de sua equipe (uma money shot, como é conhecida), já que mantém sempre o plano fechado em seus intérpretes. Uma reconstrução de época eficiente.

APOSTA: O Grande Gatsby

QUEM PODE VIRAR O JOGO: Ela

MEU VOTO: Ela

FICOU DE FORA: O Hobbit: A Desolação de Smaug | Dan Hennah, Ra Vincent e Simon Bright

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Quem acompanha o blog sabe da minha resistência à trilogia Hobbit de Peter Jackson, mas a ausência de A Desolação de Smaug na categoria é um absurdo, especialmente considerando que o trabalho aqui é muito superior àquele visto no filme anterior (indicado aqui no ano passado). A segunda aventura se destaca por trazer cenários digitais muito mais fascinantes e belos, começando pelo reino dos Elfos da floresta, até a espetacular Cidade do Lago (que surge como uma mistura de Veneza medieval com Absolutismo francês) e o confronto com o magnífico dragão Smaug em montanhas de moedas douradas. Sem falar que muitos destes cenários foram de fato construídos…

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A menos que estejamos nos referindo a uma produção pornográfica, os atores precisam de roupas; que variam de época, tamanho e estilo, adequando-se à sua narrativa e ao personagem. Os indicados são:

12 Anos de Escravidão | Patricia Norris

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A veterana Patricia Norris é a responsável pelas vestimentas dos EUA do século XIX, no drama 12 Anos de Escravidão. Não só a figurinista é eficaz ao evidenciar as óbvias diferenças sociais entre homens brancos e escravos (cujas roupas são predominantemente tecidos gastados e velhos), mas também ao separar diferentes fazendeiros. Por exemplo, o vivido por Benedict Cumberbatch é mais nobre do que a maioria de seus colegas, trajando roupas mais elegantes e bem cuidadas, diferenciando-se radicalmente daquele vivido por Michael Fassbender, cujas roupas trazem um aspecto mais desleixado e que adequam-se com sua personalidade explosiva e viciosa. Norris já foi indicada 7 vezes e nunca ganhou, acho que a hora é agora…

Costume Designers Guild – Filme de Época

O Grande Gatsby | Catherine Martin

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Ame ou odeie os filmes de Baz Luhrmann (eu estou bem aqui, no meio-termo), não como negar a beleza exótica de suas produções, em especial os figurinos concebidos por sua onipresente colaboradora (e esposa) Catherine Martin. Já tendo embarcado em períodos de época em produções como Moulin Rouge! (a virada do século XX) e Austrália (pré-Segunda Guerra), Martin embarca no sonho de todo figurinista: os ferozes anos 20. Responsável por vestimentas de centenas de figurantes, Martin mistura a pesquisa histórica do elegante período com o toque excêntrico de Luhrmann – rendendo divertidas criações. Vale apontar seu cuidado com as cores, também: Daisy, por exemplo, surje sempre em tons delicados de branco e rosa, enquanto a personagem de Myrtle (adúltera) é dominada pelo vermelho – rendendo um poderoso contraste com sua moradia cinzenta.

  • Critics Choice Awards
  • BAFTA

O Grande Mestre | William Chang

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Segunda categoria que o inédito O Grande Mestre conta na premiação, é na confecção de William Chang para um figurino que reconstitua com fidelidade o período da China na década de 30. Bem, como o filme ainda não estreou, fica difícil avaliar o trabalho de Chang (já que nem muitas imagens de divulgação consegui encontrar).

The Invisible Woman | Michael O’Connor

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E o que seria da categoria de Melhor Figurino sem um candidato centrado nas vestimentas européias do século XIX? O especialista Michael O’Connor é o responsável por vestir os personagens do inédito The Invisible Woman (ainda sem previsão de estreia no Brasil), filme dirigido por Ralph Fiennes que o coloca na pele de um apaixonado Charles Dickens, que acaba por manter uma paixão escondida no auge de sua carreira. Bem, a reconstituição de época parece acertada (Connor já levou a estatueta por um trabalho similar, em A Duquesa), mas análises mais detalhadas só são possíveis após conferir o filme.

Trapaça | Michael Wilkinson

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Anos 20 são de matar, mas não deixemos de lado a psicodélica moda dos anos 70, representada muitíssimo bem em Trapaça. Pra começar que o figurino tem um papel importante dentro da história, já que Irving Rosenfeld é dono de uma tinturaria e preenche seu guardarroupas com casacos e paletós deixados para trás. Michael Wilkinson ainda confere uma vasta variedade de vestimentas, acertando especilamente naqueles vestidos por suas atrizes: a personagem de Amy Adams surge sempre com blusas e vestidos dotados de um decote hipnotizante, enquanto a de Jennifer Lawrence tem importante ajuda dos figurinos para demarcar sua idade e persona – no caso, a de dona-de-casa.

APOSTA: 12 Anos de Escravidão

QUEM PODE VIRAR O JOGO: O Grande Gatsby

MEU VOTO: O Grande Gatsby

FICOU DE FORA: Jogos Vorazes: Em Chamas | Trish Summerville

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A franquia Jogos Vorazes é notória pelo visual cartunesco e bizarro de seus personagens, em um exarcebamento distópico das modas “coloridas” que antigem certos grupos sociais. No primeiro filme esse aspecto já era interessante, mas com a entrada de Trish Summerville (que trabalhou em Hollywood ao vestir os personagens de Millennium – Os Homens que Não Amavam as Mulheres) as vestimentas de Em Chamas ganham maior personalidade e apostam em estilos distintos e que conseguem até uma certa lógica; não é só colorido e espalhafatoso, Summervile consegue tecer um padrão de moda para o futuro distópico de Panem.

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Se há um departamento que é essencial – e também um dos meus preferidos – é a montagem. É preciso habilidade para montar o filme, lhe fornecer o ritmo e tom apropriado e, claro, eliminar cenas desnecessárias. Os indicados são:

12 Anos de Escravidão | Joe Walker

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Tendo uma narrativa ambientada em 12 anos de duração, o montador Joe Walker é o responsável por manter os eventos mais relevantes (escolhidos dentro do roteiro de John Ridley) e oferecer o ritmo apropriado à trama dramática do filme de Steve McQueen. Vale apontar o uso controlado de flashbacks a respeito da vida do protagonista, especialmente em seu cotidiano e ao explicitar a forma como sua captura se deu. Estrutura narrativa à parte, Walker é eficaz também ao fornecer a intensidade necessária em determinadas sequências, ausentando cortes (McQueen gosta de longas tomadas) ou reduzindo-os ao mínimo, o que garante fluidez às cenas. Mas meu exemplo favorito aqui é um longo plano que traz Solomon de frente à câmera, em um eficiente recurso de passagem do tempo.

Capitão Phillips | Christopher Rouse

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Frequente colaborador de Paul Greengrass, Christopher Rouse mantém seu tradicional estilo (presente em todos os filmes do diretor) em Capitão Phillips: o excesso de cortes, que se manifestam quase que suavemente graças à direção marcada pela técnica “câmera na mão”. Desnecessário dizer que seja uma aliança de artíficios que consegue eficientemente criar uma áurea constante de tensão. Rouse sempre mantém o foco na trama central de Richard Phillips, evitando o excesso de cenas que revelam a intervenção dos militares no sequestro.

  • ACE Eddie Awards – Drama

Clube de Compras Dallas | Jean-Marc Vallée e Martin Pensa

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Indicado supresa da categoria, o trabalho de montagem de Clube de Compras Dallas é eficaz ao fornecer velocidade e energia às sequências de passagem do tempo. O grande destaque vai para as sequências que envolvem as viagens do protagonista para obter medicamentos ilegais, impecavelmente organizada com cortes rápidos e transições que resumem ações de dias em poucos segundos – habilidosamente entrecortando com as subtramas da nardativa. Vale apontar também o uso de legendas como “dia 1”, “dia 2” e “três meses depois” para delimitar espaços de tempo maiores. No geral, o filme tem um bom ritmo, mas poderia acabar bem antes do que realmente o faz.

Gravidade | Alfonso Cuarón e Mark Sanger

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O segredo da montagem de Gravidade é sua aparente ausência. A começar pelo magistral plano sequência de 15 minutos que abre a narrativa, onde a impressão é de que a cena foi executada sem um único corte, mas certamente houveram diversas intervenções sutis da parte de Mark Sanger e Alfonso Cuarón ali – não só por sua dificuldade, mas pela natureza técnica da produção. A curta narrativa é composta por diversos momentos assim, e é de se admirar a competência sublime da dupla ao simular o efeito de uma tomada contínua (um bom exemplo é a cena em que a câmera se aproxima da personagem de Sandra Bullock até entrar em seu capacete e oferecer um dinâmico POV, algo impossível de se realizar manualmente). Em seus cortes “convencionais”, o trabalho também é eficaz e serve para manter o ritmo – considerando também que é uma narrativa quase que em tempo real, com pouquíssimas elipses.

  • Critics Choice Awards

Trapaça | Alan Baumgarten, Jay Cassidy e Crispin Struthers

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É no mínimo curioso que a de montagem de Trapaça tenha sido lembrada, e não o de Thelma Schoonmaker em O Lobo de Wall Street. Isso porque Alan Baumgarten, Jay Cassidy e Crispin Struther devem muito ao trabalho da habitual colaboradora de Martin Scorsese, especialmente em Os Bons Companheiros e Cassino. A montagem do trio preserva a tensão e ritmo entre cada interação dos personagens, ousando mais quando aposta em algumas rápidas digressões temporais a fim de obter um certo humor negro (uma opção falha, já que oferce informações repetidas) ou apresentar os protagonistas – a transição rápida que traz uma foto de Jeremy Renner em uma festa para uma parede do FBI é inspirada. O grande mérito talvez seja quando oferece velocidade a ações efetuadas em múltiplos dias (vide os diversos flagrantes de DiMasio que são resumidos em poucos segundos).

  • ACE Eddie Awards – Musical/Comédia

APOSTA: Capitão Phillips

QUEM PODE VIRAR O JOGO: Gravidade

MEU VOTO: Capitão Phillips

FICOU DE FORA: O Lobo de Wall Street | Thelma Schoonmaker

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Ah, Thelma. Inubitavelmente uma das melhores profissionais do ramo em atividade, a colaboradora onipresente de Martin Scorsese empresta novamente sua magia de montagem ao frenético O Lobo de Wall Street. E se o filme sobre a vida de Jordan Belfort frequentemente remete a Os Bons Companheiros, o trabalho de Schoonmaker é um dos principais fatores: estão lá os rápidos cortes para indicar ações, as apresentações de personagens e até alguns ocasionais saltos/regressos temporais. A montadora também é eficaz ao manter tensão durante certos diálogos ou deixar a ação fluir sem interferência perceptível. Vale apontar também o uso de colagens durante a narrativa, como comerciais de TV da época, fotos ou vídeos dentro da história. Em suas 3 horas de duração, Schoonmaker jamais deixa o ritmo morrer.

– Menção (muy) Honrosa: Rush: No Limite da Emoção

maquiagem

A arte de enfeitar e disfarçar um artista, resultando em uma transformação do personagem, seja para envelhecê-lo ou transformá-lo em outras pessoas, ou até monstros. Os indicados são:

O Cavaleiro Solitário | Joel Harlow e Gloria Pasqua Casny

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Ao me dar conta da indicação de O Cavaleiro Solitário na categoria (fracasso de bilheteria e crítica, mas ainda encontrou amor na Academia), me veio à mente apenas a pintura facial de Johnny Depp como Tonto. Só depois fui ver que o personagem surge envelhecido graças a um espantoso trabalho de próteses e aplicações da equipe de maquiagem, que deixaram o ator realmente irreconhecível.

Clube de Compras Dallas | Adruitha Lee e Robin Mathews

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O menos impressionante dos trabalhos indicados (mas ainda assim, digno de reconhecimento), o que chama a atenção na maquiagem de Clube de Compras Dallas é a transformação de Jared Leto no travesti Rayon. A meu ver, o ator merece o maior mérito (já que sua assustadora perda de peso é o que torna o personagem marcante), mas a equipe de Adruitha Lee e Robin Mathews acerta ao encher seu rosto com pesada maquiagem feminina. E como a categoria é “Maquiagem & Cabelo”, destaque também para as inúmeras perucas que Leto usa durante a projeção.

Jackass Apresenta: Vovô sem Vergonha | Steve Prouty

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Quem diria que viveríamos para ver o dia em que um filme do Jackass fosse indicado a um Oscar. Não sou um grande admirador do grupo, mas admito o competente trabalho da equipe de Stephen Prouty para transformar Johnny Knoxville no idoso do título. Não assisti ao filme, mas só o resultado expressivo do Vovô sem Vergonha comprova o talento da equipe, que deixou o ator irreconhecível para as inúmeras pegadinhas que o longa apresenta.

APOSTA: Clube de Compras Dallas

QUEM PODE VIRAR O JOGO: O Cavaleiro Solitário

MEU VOTO: O Cavaleiro Solitário

FICOU DE FORA: A Morte do Demônio

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Se tem uma categoria que a cada ano fica mais em graça é a de maquiagem. Tragam os monstros de volta! Rick Baker, pode me ouvir? Enfim, o mais próximo que chegamos disso em 2013 (do que eu assisti, pelo menos) foi o trabalho de transformar lindas jovens como Jane Levy em horrendos e sanguinários demônios automutiladores no remake de A Morte do Demônio. São mudanças simples (como lentes de contato amarelas e próteses dentárias), mas cujo efeito em cena é impressionante; merecendo mérito também por optar por efeitos práticos a CG.

efeitosvisuais

Dando vida ao que não existe, a equipe de efeitos visuais trabalha para criar personagens e ambientes digitais, buscando o realismo perfeito. Os indicados são:

Além da Escuridão – Star Trek

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Com o novo Star Trek, a equipe de J.J. Abrams teve novos mundos fantásticos para dar vida e diversas cenas de ação mais elaboradas do que a do filme anterior. Vale apontar que Além da Escuridão jamais usa seus efeitos visuais de maneira excessiva, servindo sempre a um propósito narrativo e soando elegante em cena – especialmente nas cores nas sequências da Enterprise viajando em velocidade da luz. Já as cenas de ação mais elaboradas contam com uma perfeita combinação de efeitos práticos (como os atores interagindo com um set) e computação gráfica, que eleva as cenas práticas a níveis espetaculares.

O Cavaleiro Solitário

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Grande surpresa entre os indicados (e responsável por roubar a vaga de Círculo de Fogo), O Cavaleiro Solitário conta com uma série de excelentes efeitos visuais de apoio – seja em green screen ou correções digitais de cenário. O grande destaque é a espetacular sequência de ação na locomotiva, que mistura todos esses efeitos sutis em uma cena complicada e empolgante – não vi o filme, mas só esse clipe foi o suficiente para me fazer reconsiderar.

  • Visual Effects Society – Efeitos Visuais de Apoio

Gravidade

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Desde muito antes de as indicações ao Oscar serem anunciadas, um fator já era uma certeza absoluta: Gravidade seria o vencedor na categoria de Efeitos Visuais. E mesmo diante da qualidade impressionante dos outros concorrentes, a vitória do filme de Alfonso Cuarón é mais do que merecida – da mesma forma como foram Avatar e As Aventuras de Pi. Gravidade se beneficia de um pesado trabalho com green screens e novas tecnologias desenvolvidas especialmente para o filme. Com os dois atores principais atuando em meio ao nada, o resultado oferece perfeita interação entre personagens e ambientes, um visual realista e belo e a sensação de que aquilo poderia realmente ser o espaço. Merecidíssimo.

  • BAFTA
  • Critics Choice Awards
  • 6 vitórias no Visual Effects Society
  • É indicado a Melhor Filme (tem uma zica rolando desde 1978, onde a produção indicada a Melhor Filme sempre leva a estatueta de Efeitos Visuais, se indicada)

O Hobbit: A Desolação de Smaug

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Se o primeiro filme (assim como quase toda a trilogia do Anel) já valhiam o louvor a seus efeitos visuais graças ao Gollum de Andy Serkis, o segundo filme da trilogia O Hobbit repete a dose com o Smaug de Benedict Cumberbatch. A Weta criou aqui aquele que provavelmente é o maior e mais carismático dragão já criado nas telas de Cinema, que surge incrivelmente verossímil e carismático graças ao eficiente trabalho de computação gráfica e captura de performance. Não bastasse a magistral criatura, A Desolação de Smaug ainda se beneficia de inúmeros personagens digitais, belos cenários em green screen, a sutil tecnologia capaz de diminuir o elenco e as câmeras de mapeamento digital popularizadas com Avatar.

  • Visual Effects Society – Melhor Personagem Digital

Homem de Ferro 3

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Com a indicação de Homem de Ferro 3 aqui, já é a quarta vez que o herói de Robert Downey Jr. tem seus efeitos digitais reconhecidos. Mesmo que o filme em si seja incrivelmente decepcionante, é inegável que o trabalho da Digital Domain e Industrial Light & Magic (entre muitas outras) seja decente, especialmente na confecção das armaduras e na interação destas com o elenco. O grande destaque, porém, está na excelente cena em que o Força Aérea Um é atacado, e o vingador dourado parte para resgatar a tripulação em queda livre.

APOSTA: Gravidade

QUEM PODE VIRAR O JOGO: Ninguém.

MEU VOTO: Gravidade

FICOU DE FORA: Elysium

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Eu sei, eu sei. Círculo de Fogo foi uma grande esnobada da Academia (eu podia jurar que estaria entre os indicados), tendo em vista o extraordinário trabalho de CG encarado pela Industrial Light & Magic com seus robôs e monstros gigantes. Mas se eu pudesse escolher, certamente meu voto iria iria para Elysium, que novamente comprova a habilidade do diretor Neil Blomkamp em usar efeitos visuais de forma orgânica e crua. O destaque da produção fica com a polícia andróide, em perfeita interação com elenco de carne e osso.

– Menção Honrosa: Círculo de Fogo

Por hoje é só, mas volte amanhã para a terceira parte, onde discutiremos as categorias de Sons & Músicas!

Leia também: Volume 1 – Atuações

Os Mestres do Oscar 2014 | Volume I: Atuações

Posted in Especiais with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 24 de fevereiro de 2014 by Lucas Nascimento

Oscar

Foi no ano passado que batizei o respectivo especial do Oscar de “incógnito”, mas estava errado. Ainda que a edição de 2013 contasse com suas surpresas, a deste ano é verdadeiramente incógnita: tivemos empates inéditos em prêmios da temporada, divergências em círculos de críticos e candidatos tão bons (ou será que não?) que diversas obras excepcionais acabaram ficando de fora. É um Oscar para grandes nomes, mestres. Vamos começar, como sempre, pelo bloco de atuações:

OBSERVAÇÕES:

  • Clique nos nomes de cada profissional para conferir seu histórico de indicações ao Oscar
  • Abaixo de cada perfil estão os prêmios que cada ator/atriz já garantiu na respectiva categoria

ator

Christian Bale | Trapaça

bale

Papel: Irving Rosenfeld

Famoso por sua pesada imersão física em seus papéis, Christian Bale engordou quase 20 quilos para entrar na pele do golpista Irving Rosenfeld, o personagem central de Trapaça. O personagem tem grande presença em cena graças à sua caracterização visual marcante (cabelo, óculos e ternos setentistas), e Bale acerta ao manter Irving sempre com um tom de voz baixo e cansado – provavelmente resultado de anos de serviços sujos e seus problemas do coração. Uma ótima performance, mas nada que justifique a indicação ao Oscar do ator; que só aconteceu para que Trapaça repetisse o feito de O Lado Bom da Vida em abocanhar indicações nas 4 categorias de atuação.

Bruce Dern | Nebraska

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Papel: Woody Grant

O veterano Bruce Dern conquista aqui só sua segunda indicação ao Oscar, e a primeira como protagonista, na pele do tragicômico protagonista de Nebraska. Woody Grant está à beira da senilidade e carrega nas costas uma vida infeliz, problemas com bebida e relações não muito harmoniosas com sua família. Diversas características pesadas que Dern absorve com naturalidade, dando vida a um sujeito palpável e real, especialmente quando aposta em um andar manco para demonstrar a velhice de Woody ou expressões confusas e ingênuas na maior parte do tempo. Incrível como Bruce Dern chega e dá uma performance dessa, depois de muito tempo sem estampar nos holofotes.

  • Festival de Cannes – Melhor Ator

Leonardo DiCaprio | O Lobo de Wall Street

dicap

Papel: Jordan Belfort

Com forte resistência da Academia há um bom tempo, Leonardo DiCaprio (enfim) retorna à premiação; 7 anos após sua indicação por Diamante de Sangue. Em sua 5ª (e melhor) colaboração com Martin Scorsese, o ator entrega uma performance insanamente carismática e expressiva na pele do magnata corrupto de Wall Street, Jordan Belfort. Seja nas cenas em que dialoga simpaticamente com a câmera, ou quando retrata o vício em drogas de Belfort (rendendo uma sequência incrível que revela um até então desconhecido talento para “comédia” física) intensamente, DiCaprio jamais sai do personagem – absorvendo cada uma de suas camadas inteiramente. Está entre um dos melhores trabalhos de sua carreira.

  • Globo de Ouro – Musical ou Comédia
  • Critics Choice Awards (Comédia)

Chiwetel Ejiofor | 12 Anos de Escravidão

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Papel: Solomon Northup

Já tendo aparecido aqui e ali em pequenas e grandes produções (como Filhos da Esperança e 2012), Chiwetel Ejifor explode em cena na pele do protagonista de 12 Anos de Escravidão. Sendo um homem livre injustamente sequestrado e escravizado, Solomon Northup é uma figura ímpar nesse sombrio cenário: é determinado, forte e não hesita em questionar as ordens irracionais de seus ferozes capatazes. Ejifor passa todas essas características em cena, chamando a atenção por sua eloquência vocal correta (diferenciando-o dos outros escravos) e sua expressiva luta contra o desespero.

  • BAFTA

Matthew McConaughey | Clube de Compras Dallas

mccoughney

Papel: Ron Woodroof

Com uma impressionante virada em sua carreira marcada por comédias românticas fracas e aventuras de gosto duvidoso, Matthew McConaughey traçou uma série de boas performances em filmes eficientes, culminando em seu notável desempenho – agora favorito ao prêmio da categoria – em Clube de Compras Dallas. Na pele do texano com AIDS que passa a transportar medicamentos ilegais para os EUA na década de 80, o ator segura o filme todo e impressiona com sua dedicação, carisma e assombrosa perda de peso. É interessante observar as relações com outros personagens, especialmente com o transexual de Jared Leto: Woodroof é homofóbico e machista, sendo divertido ver como o sujeito tem seus conceitos transformados – mas não suas atitudes. Agora é oficial: Matthew McConaughey é um nome pra se levar a sério.

  • SAG
  • Globo de Ouro – Drama
  • Critics Choice Awards

APOSTA: Matthew McConaughey

QUEM PODE VIRAR O JOGO: Leonardo DiCaprio

MEU VOTO: Leonardo DiCaprio

FICOU DE FORA: Tom Hanks | Capitão Phillips

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Papel: Capitão Richard Phillips

A ausência de Tom Hanks surge como uma das grande surpresas deste Oscar. Presente em praticamente TODOS os prêmios pré-Oscar, o excepcional trabalho do ator foi deixado de lado aqui. O que impressiona em sua performance na pele do capitão Richard Phillips é o controle e calma que o ator tenta manter em meio às situações mais extremas; dialogando com seus captores, tentando até criar humor. Mas é mesmo quando Phillips é tomado pelo desespero (e o consequente choque, especialmente na cena final) que toda a construção de Hanks é destruída, fazendo com que seu trabalho cause mais impacto. Um dos grandes atores em atividade, bom saber que ainda está por aí.

atriz

Amy Adams | Trapaça

adams

Papel: Sydney Prosser

Sempre reconhecida como coadjuvante em ótimos papéis, Amy Adams consegue sua primeira indicação como protagonista na pele da golpista Sydney Prosser, amante do personagem de Christian Bale. E assim como seu companheiro de cena, não acho que o trabalho de Adams seja digno de premiações ainda que consiga maior destaque do que Bale. A atriz surge divertida e absolutamente sedutora em cena, agradando por seu sotaque britânico falso e a ambiguidade que sua personagem carrega ao longo da produção. Mas, convenhamos: uma atuação nível Oscar? Eu pelo menos não vi nada demais, Adams funciona melhor como parte de um todo do que individualmente (assim como todo o elenco de Trapaça).

  • Globo de Ouro – Musical ou Comédia

Cate Blanchett | Blue Jasmine

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Papel: Jasmine

Cate Blanchett é uma excelente atriz, certamente uma das mais talentosas da safra atual. E foi só pegar um papel bom e multifacetado em uma produção igualmente eficiente, que o resultado já desponta como uma das grandes certezas da cerimônia: a vitória da atriz por Blue Jasmine. Na pele da irremediável Jasmine de Woody Allen, Blanchett constrói uma performance centrada na autodestruição de sua personagem – com direito a crises nervosas, ataques de nervos e até um triste (não cômico, felizmente) distúrbio no qual fala consigo mesma. A vitória de Blanchett aqui é uma das certezas da noite, e muito merecida: talvez seja a melhor performance de sua excepcional carreira.

  • SAG
  • BAFTA
  • Critics Choice Awards
  • Globo de Ouro – Drama

Sandra Bullock | Gravidade

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Papel: Dra. Ryan Stone

Depois do inesperado primeiro Oscar (que muitos ainda apontam como uma vitória duvidosa), Sandra Bullock entrega um trabalho que mostra que Um Sonho Possível não foi acidente. Nas mãos do cineasta Alfonso Cuarón, a atriz precisou usar bastante sua imaginação e mente para lidar com todos os green screens e câmaras escuras com os quais contracenou em Gravidade. O resultado é uma esforçada e dedicada performance, que é responsável por segurar toda a projeção, e Bullock jamais decepciona. Destaque para a sensível cena em que a personagem tem um depressivo momento de reflexão.

Judi Dench | Philomena

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Papel: Philomena Lee

Completando 80 anos de idade em 2014, a inglesa Judi Dench entrega uma performance absolutamente adorável como a protagonista de Philomena, uma mãe que busca seu filho perdido há 50 anos. Como a personagem-título é irlandesa, Dench fornece um sotaque acertado e que jamais soa estereotipado, abraçando também sua personalidade carinhosa e ingênua; seja ao iniciar conversas com praticamente todos os funcionários de um hotel ou surgir alegremente espantada ao descobrir as mordomias de um avião. A atriz também balanceia esse lado divertido com a áurea dramática de Philomena, e a mistura funciona maravilhosamente bem em cena – Dench certamente fará cada um lembrar de uma avó, tia ou parente.

Meryl Streep | Álbum de Família

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Papel: Violet Weston

Já virou chavão elogiar Meryl Streep e dizer que ela é uma das melhores (ou melhor?) atriz em atividade. Mas cara***o, é de se impressionar com a performance ácida, irreverente e complicada de Streep em Álbum de Família. Violet Weston é a mãe da disfuncional família que povoa a narrativa, e é responsável por entregar os comentários mais irônicos, ofensivos e até divertidos quando provoca discussões com suas filhas. Streep é eficiente ao transformar Violet em uma megera, mas é igualmente bem-sucedida ao apresentar o lado trágico de sua personagem; assim como a doença – e o vício – que a prejudicam. Um de seus melhores trabalhos, facilmente.

APOSTA: Cate Blanchett

QUEM PODE VIRAR O JOGO: Amy Adams, go figure.

MEU VOTO: Cate Blanchett

FICOU DE FORA: Adele Exarchopoulos | Azul é a Cor Mais Quente

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Papel: Adèle

Estreando como atriz aos 19 anos no francês Azul é a Cor Mais Quente, Adèle Exarchopoulos fornece uma performance arrebatadora no filme de Abdellatif Kechiche (que ficou de fora da premiação graças ao ministério da cultura francês). Não só merece créditos pelas desafiadoras cenas de sexo, mas por representar a protagonista sempre de forma espontânea, natural e convicente – como se não víssemos uma atriz interpretando um papel ali, mas sim um ser humano real e palpável.

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Barkhad Abdi | Capitão Phillips

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Papel: Muse

Revelação que chamou atenção universal na pele do antagonista principal de Capitão Phillips, o ator somálio Barkhad Abdi estreia como ator e já garante sua primeira indicação ao Oscar. Nada mal, e Abdi justifica sua presença aqui, já que consegue criar com seu Muse uma figura de presença ameaçadora (seu porte físico influencia bastante nesse quesito), mas também nada que se aproxime de uma caricatura maniqueísta. Ainda que surja forte e assustador enquanto ameaça Tom Hanks, o ator aqui e ali dá indícios de uma simpatia forjada (ao apelidar Phillips de “Irlandês” de forma quase amigável) e também de sua humanidade à medida em que o cerco vai se fechando a sua volta.

  • BAFTA

Bradley Cooper | Trapaça

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Papel: Richie DiMasio

Dentre todos os indicados ao Oscar de Trapaça, Bradley Cooper foi o que me levantou mais suspeitas quanto à competência de sua performance. Talvez justamente por isso ele tenha sido o melhor intérprete da produção a meu ver, incorporando um esquentado agente do FBI que mora com a mãe e usa bobes no cabelo. Cooper diverte ao constantemente retratar seu personagem bufando de raiva e um certo prazer em conhecer o outro lado da lei, conforme sua relação com Sydney se intensifica. Em um momento menor, mas inspirado, o ator tem a oportunidade de exibir sua melhor característica: mudanças bruscas de humor, aqui, quando imita as reações de um colega de trabalho (triste, rindo, triste, rindo, em rápidas mudanças). Surpreendeu.

Michael Fassbender | 12 Anos de Escravidão

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Papel: Edwin Epps

Finalmente Michael Fassbender recebe o devido reconhecimento! Em sua terceira parceria com o diretor Steve McQueen, o ator encarna um cruel e inescrupuloso fazendeiro, responsável por algumas das maiores dores de cabeça do protagonista. Não é apenas a fúria quase que possessa de Epps que assombra, mas sim os momentos em que Fassbender leva seu tempo para apresentar alguma reação (o que por si só o torna mais ameaçador), prendendo outros personagens com um olhar frio e direto. É de se cativar também a estranha obsessão que Epps cultiva pela escrava Patsey, que se mistura com uma forma de paixão e dominância.

Jonah Hill | O Lobo de Wall Street

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Papel: Donnie Azoff

Uma das grandes surpresas (positivas) entre os indicados, Jonah Hill fatura sua segunda indicação ao Oscar com o perturbado Donnie Azoff, braço direito de Jordan Belfort em O Lobo de Wall Street. Ao contrário de sua indicação anterior em O Homem que Mudou o Jogo, – onde dava vida a um personagem tímido e inseguro – Hill abraça o obsceno e o exagerado, acertando na dose do sotaque de Long Island e nos trajetos do sujeito – especialmente em seus muitos atos repreendíveis. Vale apontar também sua química com Leonardo DiCaprio, que surge no 220 na já mencionada sequência da infame droga de paralisia. Jonah Hill, também saído das comédias pesadas, promete um futuro brilhante pela frente.

Jared Leto | Clube de Compras Dallas

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Papel: Rayon

Favorito absoluto da categoria, o vocalista do 30 Seconds from Mars, Jared Leto, dá um tempo com a música e volta para mais uma transformação física na atuação. Tendo engordado aproximadamente 30quilos para Chapter 27, Leto agora perde 14 para se transformar em Rayon, transexual que é uma das figuras mais energéticas e fortes de Clube de Compras Dallas. O filme é todo de McConaughey, mas Leto implacavelmente incendia a tela como o carismático parceiro de negócios do protagonista. Leto surge como um bem-vindo alívio cômico, mas à medida em que conhecemos sua história, transforma-se em uma das figuras mais trágicas da produção – algo que o ator realiza muitíssimo bem.

  • SAG
  • Globo de Ouro
  • Critics Choice Awards

APOSTA: Jared Leto

QUEM PODE VIRAR O JOGO: Ninguém segura Leto

MEU VOTO: Michael Fassbender

FICOU DE FORA: Daniel Bruhl | Rush: No Limite da Emoção

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Papel: Niki Lauda

Ah, Rush. Confesso que não esperava muita presença do filme de Ron Howard na premiação (o que é uma pena, já que o filme merecia), mas a ausência de Daniel Brühl assusta, já que o ator alemão esteve presente em praticamente todos os prêmios de críticos. O trabalho de Brühl já merece aplausos pelo simples fato de não se limitar a uma caricatura de Niki Lauda, e sim um personagem forte, crível e que consegue capturar (sem soar uma imitação forçada) a presença do real corredor da Fórmula 1. O ator domina o sotaque pesado, as próteses no rosto e toda a racionalidade (que flerta com a arrogância) que o papel requer.

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Sally Hawkins | Blue Jasmine

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Papel: Ginger

Na pele da irmã adotiva da Jasmine de Cate Blanchett, a sorridente Sally Hawkins é o oposto da protagonista. De origens mais humildes e menos bem-sucedidas do que a irmã, Ginger revela-se muito mais otimista e resistente do que a problemática Jasmine, traço que Hawkins exibe com eficiência durante toda a projeção. E mesmo diante suas esperançoso comportamento, a atriz acerta também ao trazer a personagem com diversas preocupações e medos a respeito de sua família, assumindo aquela que – certamente – é a personagem cuja bússola moral aponta para o norte.

Jennifer Lawrence | Trapaça

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Papel: Rosalyn Rosenfeld

Aos 23 anos de idade, a queridinha Jennifer Lawrence se torna a pessoa mais jovem da História a colecionar 3 indicações ao Oscar. E é irônico que Lawrence obtenha tal feito ao interpretar uma mulher mais velha, incorporando com sucesso o estereótipo da “dona-de-casa” mas adicionando seu habitual carisma no processo. Lawrence incendia a cena quando aparece (algo que não é tão frequente, infelizmente) e é responsável por alguns dos momentos mais divertidos (sua performance em “Live and Let Die” já justifica sua indicação, além de mostrar como a atriz se diverte em cena) e também impressiona pela humanidade de sua trambiqueira Rosalyn. Nem de longe se equipara à sua vitória anterior (Lado Bom da Vida), mas é uma eficiente adição a seu currículo.

  • Globo de Ouro
  • BAFTA

Lupita Nyong’o | 12 Anos de Escravidão

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Papel: Patsey

De origem quênia, a atriz Lupita Nyong’o faz sua estreia no cinema com 12 Anos de Escravidão e já é favorita para levar a estatueta. Sorte de principiante? Não, já que mesmo que sua participação no longa seja curta, ela garante alguns dos momentos mais intensos com sua esforçadíssima performance na pele da escrava Patsey. A personagem de Nyong’o representa tudo aquilo que o protagonista Solomon Northup luta para evitar: a submissão, o desejo da morte como única escapatória de sua condição, característica que a atriz absorve em uma performance frágil e poderosa. Mesmo que por tão pouco tempo.

  • SAG
  • Critics Choice Awards

Julia Roberts | Álbum de Família

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Papel: Barbara Weston

Sem receber uma indicação desde 2001 (quando levou a estatueta por Erin Brokovich – Uma Mulher de Talento), Julia Roberts se sai muitíssimo bem na tarefa nada fácil de dividir cena com o monstro de talento que atende pelo nome de Meryl Streep. A atriz incorpora uma predominante postura irritada, fazendo a mais forte das irmãs Weston – sendo a única que realmente confronta as ofensas de sua mãe e batalha contra o vício em drogas da mesma. Roberts tem boa presença em cena, e mantém sua firme (e um tanto grosseira) postura até mesmo quando suas intenções são nobres.

June Squibb | Nebraska

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Papel: Kate Grant

Pode parecer heresia o que vou falar, mas June Squibb rouba Nebraska de Bruce Dern. Não me entendam mal, o veterano ator está fantástico em cena, mas a atriz responsável por interpretar sua esposa é simplesmente um arraso: o alívio cômico mais sincero da produção, Kate Grant luta sem sucesso para manter o marido e o filho na linha. É incrível como sua postura e fisionomia de “vovó simpática” em nada se assemelha à personagem, que fala o que pensa sem hesitar, é escandalosa e a única que manda todo mundo se foder na hora H. Divertidíssima.

APOSTA: Lupita Nyong’o

QUEM PODE VIRAR O JOGO: Jennifer Lawrence

MEU VOTO: June Squibb

FICOU DE FORA: Margot Robbie | O Lobo de Wall Street

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Papel: Naomi Lapaglia

Assistindo a O Lobo de Wall Street, não foi só a beleza estonteante (mesmo) da atriz Margot Robbie que me chamou atenção, mas também sua eficiente performance como a esposa de Jordan Belfort. Naomi, vulgo “A Duquesa de Bay Ridge”, se destaca entre as figuras femininas do filme (que, em suma maioria, são meros objetos de desejo do protagonista) ao exibir certa influência e até manipulação em seu marido – seja através de intensos bate-bocas ou seu irresistível poder de sedução. Sem falar no sotaque de Brooklyn que a atriz australiana dominou muito bem.

E foi isso. Gostou? Detestou? Quer minha cabeça numa lança? Comente!

E o Volume II sobre Categorias Técnicas sai amanhã mesmo! =]

ACE EDDIE AWARDS 2014: Os vencedores

Posted in Prêmios with tags , , , , , , , , on 8 de fevereiro de 2014 by Lucas Nascimento

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O sindicato dos montadores da América (ACE) divulgou de madrugada os vencedores do prêmio Eddie. Confira:

MONTAGEM EM FILME DE DRAMA

Capitao Phillips | Christopher Rouse

MONTAGEM EM FILME DE MUSICAL OU COMÉDIA

Trapaça | Jay Cassidy, Crispin Struthers & Alan Baumgarten

MONTAGEM EM FILME DE ANIMAÇÃO

Frozen – Uma Aventura Congelante  | Jeff Draheim

MONTAGEM EM DOCUMENTÁRIO

20 Feet from Stardom | Douglas Blush, Kevin Klauber & Jason Zeldes

Bem, a vitória de Capitão Phillips aqui é merecida e inesperada, mas não descartem a possibilidade de Gravidade (que traz um trabalho mais discreto, mas insanamente mais complicado) levar a estatueta do Oscar na categoria. Já na categoria de Musical/Comédia, é curioso que Trapaça leve o prêmio em cima de O Lobo de Wall Street, já que o trabalho do trio deve muito ao de Thelma Schoonmaker.

Diretores | Martin Scorsese & Leonardo Dicaprio

Posted in Diretores with tags , , , , , , , , , , , on 22 de janeiro de 2014 by Lucas Nascimento

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Um dos grandes diretores da História do Cinema. Uma das estrelas mais talentosas em atividade. Desde que iniciaram sua parceria, Martin Scorsese e Leonardo DiCaprio renderam ótimos frutos, e com a chegada de O Lobo de Wall Street no Brasil, nada melhor do que relembrar suas colaborações passadas. Confira:

Gangues de Nova York (2002)

3.5

gang

A primeira colaboração entre DiCaprio e Scorsese veio de um antigo e ambicioso projeto do diretor: o épico do século XIX Gangues de Nova York, que conta com uma das produções mais requintadas e grandiosas de toda a sua carreira – sendo impressionante em seus quesitos técnicos. Mas ainda que conte com qualidades visuais e um leque de performances impecável comandado por Daniel Day Lewis, o filme se torna uma experiência um tanto maçante, decorrência de seu grande número de eventos, personagens e informações. Mas a cena de abertura é matadora.

O Aviador (2004)

4.5

aviator

Em um dos biopics mais fascinantes dos últimos tempos, DiCaprio dá vida ao milionário Howard Hughes, colocando em foco sua relação com Hollywood, os problemas germófibos e sua grande paixão que se encontrava na aviação. A reconstrução de época é impecável, e a performance trabalhada do protagonista é uma das melhores de sua carreira. Vale apontar também o comando de Scorsese, que mostra-se genial ao trabalhar diferentes cores, efeitos visuais convicentes e uma excepcional montagem.

Os Infiltrados (2006)

5.0

departe

Responsável por finalmente garantir um Oscar à Scorsese, o remake Os Infiltrados é um thriller de policial vs. bandido sem precendentes. Contando com um excelente elenco, o filme tece uma inteligente perseguição entre um policial infiltrado na máfia e um criminoso escondido em um alto cargo da polícia de Boston, sendo repleto de reviravoltas, cenas empolgantes e momentos memoráveis. Certamente a melhor das colaborações da dupla. Pelo menos, até O Lobo de Wall Street chegar…

Ilha do Medo (2010)

shutter

Deixando um pouco os mafiosos e policiais de lado, Scorsese embarca em um gênero inusitado para sua carreira: suspense psicológico. A essa altura, todos já devem ter visto o filme que traz DiCaprio e Mark Ruffalo como uma dupla de policiais (ah, verdade, olha eles aí de novo) que parte para investigar o misterioso desaparecimento de um dos pacientes do hospício localizado na tal ilha do título. O filme passa longe do terror sobrenatural, promovendo uma série de teorias e possíveis análises com sua enigmática reviravolta. Memorável.

E O Lobo de Wall Street? Bem, eu já assisti na pré-estreia há algumas semanas atrás. Confira aqui e veja o resultado…

O Lobo de Wall Street estreia no grande circuito brasileiro em 24 de Janeiro.

CRITICS CHOICE AWARDS 2014: Os vencedores

Posted in Prêmios with tags , , , , , , , , , , , , , , , , on 17 de janeiro de 2014 by Lucas Nascimento

TWELVE YEARS A SLAVE

E confira a seguir os vencedores do Critics Choice Awards 2014:

MELHOR FILME

12 Anos de Escravidão

MELHOR DIRETOR

Alfonso Cuarón | Gravidade

MELHOR ATOR

Matthew McConaughey | Clube de Compras Dallas

MELHOR ATRIZ

Cate Blanchett | Blue Jasmine

MELHOR ATOR COADJUVANTE

Jared Leto | Clube de Compras Dallas

MELHOR ATRIZ COADJUVANTE

Lupita Nyong’o | 12 Anos de Escravidão

MELHOR ATOR/ATRIZ JOVEM

Adele Exarchopoulos | Azul é a Cor Mais Quente

MELHOR ELENCO

Trapaça

MELHOR ROTEIRO ORIGINAL

Ela | Spike Jonze

MELHOR ROTEIRO ADAPTADO

12 Anos de Escravidão | John Ridley

MELHOR FOTOGRAFIA

Gravidade

MELHOR DIREÇÃO DE ARTE

O Grande Gatsby

MELHOR MONTAGEM

Gravidade

MELHOR FIGURINO

O Grande Gatsby

MELHOR MAQUIAGEM

Trapaça

MELHORES EFEITOS VISUAIS

Gravidade

MELHOR ANIMAÇÃO

Frozen – Uma Aventura Congelante

MELHOR FILME DE AÇÃO

O Grande Herói

MELHOR ATOR EM FILME DE AÇÃO

Mark Whalberg | O Grande Herói

MELHOR ATRIZ EM FILME DE AÇÃO

Sandra Bullock | Gravidade

MELHOR COMÉDIA

Trapaça

MELHOR ATOR EM FILME DE COMÉDIA

Leonardo DiCaprio | O Lobo de Wall Street

MELHOR ATRIZ EM FILME DE COMÉDIA

Amy Adams | Trapaça

MELHOR FICÇÃO CIENTÍFICA/TERROR

Gravidade

MELHOR FILME ESTRANGEIRO

Azul é a Cor Mais Quente

MELHOR DOCUMENTÁRIO

20 Feet from Stardom

MELHOR CANÇÃO

“Let it Go” – Frozen – Uma Aventura Congelante

MELHOR TRILHA SONORA

Gravidade

OSCAR 2014: Os indicados

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Confira AGORA os indicados ao Oscar 2014!

MELHOR FILME

12 Anos de Escravidão

Capitão Phillips

Clube de Compras Dallas

Ela

Gravidade

O Lobo de Wall Street

Nebraska

Philomena

Trapaça

MELHOR DIRETOR

Alfonso Cuarón | Gravidade

Steve McQueen | 12 Anos de Escravidão

Alexander Payne | Nebraska

David O. Russell | Trapaça

Martin Scorsese | O Lobo de Wall Street

MELHOR ATOR

Christian Bale | Trapaça

Bruce Dern | Nebraska

Leonardo DiCaprio | O Lobo de Wall Street

Chiwetel Ejifor | 12 Anos de Escravidão

Matthew McConaughey | Clube de Compras Dallas

MELHOR ATRIZ

Amy Adams | Trapaça

Cate Blanchett | Blue Jasmine

Sandra Bullock | Gravidade

Judi Dench | Philomena

Meryl Streep | Álbum de Família

MELHOR ATOR COADJUVANTE

Barkhad Abdi | Capitão Phillips

Bradley Cooper | Trapaça

Michael Fassbender | 12 Anos de Escravidão

Jonah Hill | O Lobo de Wall Street

Jared Leto | Clube de Compras Dallas

MELHOR ATRIZ COADJUVANTE

Sally Hawkins | Blue Jasmine

Jennifer Lawrence | Trapaça

Lupita Nyong’o | 12 Anos de Escravidão

Julia Roberts | Álbum de Família

June Squibb | Nebraska

MELHOR ROTEIRO ORIGINAL

Blue Jasmine

Clube de Compras Dallas

Ela

Nebraska

Trapaça

MELHOR ROTEIRO ADAPTADO

12 Anos de Escravidão

Antes da Meia-Noite

Capitão Phillips

O Lobo de Wall Street

Philomena

MELHOR ANIMAÇÃO

Os Croods

Ernest & Clementine

Frozen – Uma Aventura Congelante

Meu Malvado Favorito 2

Vidas ao Vento

MELHOR FILME ESTRANGEIRO

Alabama Monroe

A Caça

A Grande Beleza

A Imagem que Falta

Omar

MELHOR FOTOGRAFIA

The Grandmaster

Gravidade

Inside Llewyn Davis – Balada de um Homem Comum

Nebraska

Os Suspeitos

MELHOR DESIGN DE PRODUÇÃO

12 Anos de Escravidão

Ela

O Grande Gatsby

Gravidade

Trapaça

MELHOR FIGURINO

12 Anos de Escravidão

O Grande Gatsby

The Grandmaster

The Invisible Woman

Trapaça

MELHOR MONTAGEM

12 Anos de Escravidão

Capitão Phillips

Clube de Compras Dallas

Gravidade

Trapaça

MELHOR MAQUIAGEM & CABELO

O Cavaleiro Solitário

Clube de Compras Dallas

Vovô sem Vergonha

MELHORES EFEITOS VISUAIS

Além da Escuridão – Star Trek

O Cavaleiro Solitário

O Hobbit: A Desolação de Smaug

Homem de Ferro 3

Gravidade

MELHOR EDIÇÃO DE SOM

Até o Fim

Capitão Phillips

O Grande Herói

Gravidade

O Hobbit: A Desolação de Smaug

MELHOR MIXAGEM DE SOM

Capitão Phillips

Gravidade

O Grande Herói

O Hobbit: A Desolação de Smaug

Inside Llewyn Davis – Balada de um Homem Comum

MELHOR TRILHA SONORA

Ela

Gravidade

A Menina que Roubava Livros

Philomena

Walt nos Bastidores de Mary Poppins

MELHOR CANÇÃO ORIGINAL

“Alone, Yet not Alone” | Alone, Yet not Alone

“Happy” | Meu Malvado Favorito 2

“Let it Go” | Frozen: Uma Aventura Congelante

“The Moon Song” | Ela

“Ordinary Love” | Mandela

MELHOR DOCUMENTÁRIO

20 Feet from Stardom

The Act of Killing

Cutie and the Boxer

Dirty Wars

The Square

MELHOR CURTA-METRAGEM

Aquel No Era Yo (That Wasn’t Me)

Avant Que De Tout Perdre (Just Before Losing Everything)

Helium

Pitääkö Mun Kaikki Hoitaa? (Do I Have to Take Care of Everything?)

The Voorman Problem

MELHOR CURTA-METRAGEM DE ANIMAÇÃO

Feral

Get a Horse!

Mr. Hublot

Possessions

Room on the Broom

MELHOR DOCUMENTÁRIO CURTA-METRAGEM

CaveDigger

Facing Fear

Karama has no Walls

The Lady in Number 6: Music Saved My Life

Prison Terminal: The Last Days of Private Jack Hall

A 86ª cerimônia dos Academy Awards acontece em 2 de Março. Aguardem, o especial gigante de 4 partes já está em produção…

GLOBO DE OURO 2014: Transmissão ao Vivo

Posted in Transmissão ao Vivo with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 12 de janeiro de 2014 by Lucas Nascimento

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23h – Vamos começar! Tina Fey e Amy Poehler no palco.

23:02 – Gosto das duas, mas ainda sinto falta de Ricky Gervais…

23:05 – Já valeu por ver a Elaine Benes com o cigarro eletrônico.

23:08 – Sempre curto as piadinhas sobre os filmes antes da premiação.

23:09 – Mas vamos logo, vai.

23:10 – Agora vai, Sandra Bullock e Tom Hanks sobem ao palco.

23:11 – Melhor Atriz Coadjuvante será a primeira categoria!

23:12 – Jennifer Lawrence vence por Trapaça.

23:12 – Muito empolgado para ver Trapaça. E Jennifer Lawrence dá mais um passo para a dominação mundial.

23:13 – Channing Tatum e Mila Kunis, de O Destino de Júpiter, para apresentar Melhor Atriz Coadjuvante em Série, Minissérie ou Telefilme.

23:14 – E deu Jacqueline Bisset por Dancing on the Edge.

23:15 – Confesso que nunca tinha ouvido falar de Dancing on the Edge.

23:17 – Zzzzzzz

23:18 – E já vamos para o primeiro comercial.

23:21 – E voltamos, com Naomi Watts e Mark Ruffalo para apresentar Melhor Minissérie ou Telefilme.

23:23 – E Behind the Candelabra é o vencedor. O filme de Steven Soderbergh já colecionou não sei quantos prêmios por aí.

23:25 – Agora, indicados a Melhor Atriz em Telefilme ou Minissérie.

23:25 – Elizabeth Moss, por Top of the Lake.

23:27 – A presença de Moss me faz lembrar de que preciso começar a ver Mad Men. Quem sabe este ano?

23:28 – Matt Damon sobe para apresentar Capitão Phillips.

23:29 – Eu gosto pra CARAMBA de Capitão Phillips.

23:29 – Brake.

23:33 – Voltamos, com mais Tina e Amy.

23:35 – O presidente da HFPA no palco. É a cara do Kenneth Branagh, caramba!

23:35 – Jonah Hill e Margot Robbie (gata) sobem ao palco. Probleminhas técnicos, mas agora deu certo.

23:36 – E vão, claro, apresentar O Lobo de Wall Street. Filmaço.

23:37 – Agora sim. Aaron Eckhart e Paula Patton vão apresentar Melhor Ator em Série de Drama. Vai Cranston!

23:38 – Yeah bitch! Bryan Cranston vence por Breaking Bad.

23:40 – Cranston é sensacional. Sem mais.

23:41 – Tem mais! Agora é série de Drama.

23:42 – Breaking Bad é o vencedor. Merecidíssimo!

23:43 – Brake!

23:48 – Voltamos, com Steve Coogan e Philomena Lee (a que inspirou o filme Philomena) para apresentar… Bem, Philomena, claro.

23:49 – Agora os indicados a Melhor Trilha Sonora.

23:50 – O vencedor é Alex Ebert por Até o Fim. Surpresa, todos apostavam em Gravidade.

23:52 – Na sequência, Melhor Canção Original.

23:54 – “Ordinary Love” do U2, de Mandela. Não ouvi ainda, mas meu preferido nem está entre os indicados. “I See Fire”, de O Hobbit.

23:57 – Mais um intervalo. Até que tão rolando umas surpresas, hein…

00:01 – Voltamos, agora com Melhor Ator Coadjuvante em Série, Telefilme ou Minissérie.

00:02 – O vencedor é Jon Voight, por Ray Donovan.

00:05 – Olivia Wilde para apresentar Ela.

00:06 – Parece ótimo, demais.

00:06 – Robert Downey Jr. no palco para apresentar Melhor Atriz em Filme de Musical ou Comédia.

00:08 – E a vencedora é Amy Adams, por Trapaça.

00:09 – Trapaça já ta fazendo a rapa.

00:10 – Brake.

00:14 – Voltamos.

00:16 – Boa piada com paternidade. E agora, Melhor Atriz em Série de Drama.

00:17 – Robin Wright, pela excepcional House of Cards.

00:19 – Lá vem Jim Carrey (you’re alive!) para apresentar Trapaça. Teve até piada pro Shia LaBeouf, hehe.

00:20 – O grande Christoph Waltz chega para apresentar Melhor Ator Coadjuvante!

00:21 – E o vencedor é Jared Leto, por Clube de Compras Dallas.

00:23 – Mais brake.

00:27 – Voltamos e, WTF, Emma Thompson segurando os sapatos para apresentar Melhor Roteiro.

00:29 – O vencedor é Ela, de Spike Jonze.

00:31 – Laura Dern para apresentar Nebraska.

00:33 – Julie Bowen e Seth Meyers para apresentar Melhor Ator em Série de Comédia/Musical.

00:34 – Andy Samberg por Brooklin Nine-Nine

00:36 – Brake.

00:40 – Orlando Bloom e Zoe Saldana para apresentar Melhor Filme Estrangeiro.

00:41 – E o vencedor é A Grande Beleza.

00:43 – Melissa McCarthy e Jimmy Fallon apresentam Melhor Ator em Minissérie ou Telefilme.

00:45 – E mais um premio para Behind the Candelabra: Michael Douglas.

00:48 – Brake.

00:52 – Voltamos, com Chris Pine e Emma Watson para apresentar Melhor Animação.

00:53 – E o vencedor é Frozen: Uma Aventura Congelante.

00:54 – Colin Farrell para apresentar o aguardado Inside Llewyn Davis: Balada de um Homem Comum.

00:55 – Agora, Emilia Clarke e Chris O’Donnell apresentam Melhor Atriz em Série de Comédia.

00:56 – E a vencedora é a apresentadora (!) Amy Poehler, por Parks and Recreation.

00:58 – MAIS UM brake.

01:02 – Voltamos!

01:02 – Emma Stone (saudades) entra para entregar o prêmio Cecil B. DeMille para Woody Allen.

01:06 – Grande Woody. Como ele nunca aparece nessas coisas, Diane Keaton aceita o prêmio em seu lugar.

01:10 – Bela homenagem. Mais um brake.

01:15 – De volta mais uma vez, agora com Liam Neeson para apresentar Gravidade.

01:16 – Ben Affleck, o novo Batman, no palco para apresentar Melhor Diretor.

01:17 – E o vencedor é Alfonso Cuarón, por Gravidade. Merecidíssimo!

01:19 – É preciso reconhecer os diretores que inventam coisas novas para dirigir.

01:20 – Chris Evans e Uma Thurman para apresentar Melhor Série de Comédia.

01:21 – E o vencedor é Brooklin Nine-Nine.

01:23 Mais um brake.

01:26 – Jennifer Lawrence chega para apresentar Melhor Ator em Comédia/Musical.

01:27 – E o vencedor é Leonardo DiCaprio por O Lobo de Wall Street. Posso dormir tranquilo hoje.

01:29 – Reese Whiterspoon entra para apresentar 12 Anos de Escravidão.

01:31 – Mais um brake.

01:35 – Voltamos (calma que tá acabando), com Chris Hemsworth e Niki ‘fuckin’ Lauda para apresentar Rush.

01:36 – Adoro Rush também. Merecia mais destaque.

01:37 – Drew Barrymore vai apresentar Melhor Filme de Comédia/Musical.

01:38 – E o grande vencedor é Trapaça.

01:40 – Mais um brake. Só faltam mais 3 categorias!

01:44 – Voltamos, com Leonardo DiCaprio para apresentar Melhor Atriz em Drama.

01: 45 – Surpresa (sarcasmo), Cate Blanchett vence por Blue Jasmine. Merecidíssimo, claro.

01:47 – Blanchett é tipo o Daniel Day Lewis do ano.

01:48 – Jessica Chastain (ah, Jessica) vem entregar o prêmio de Melhor Ator em Drama.

01:49 – E o vencedor é Matthew McCoughney por Clube de Compras Dallas.

01:51 – Brake. Só falta Filme de Drama agora.

01:56 – Pela última vez, estamos de volta. Johnny Depp vai apresentar o prêmio final.

01:57 – E o vencedor é 12 Anos de Escravidão. E eu achando que ia sair de mãos vazias.

01:58 – Não vejo a hora de ver esse.

01:59 – E é isso, ficamos por aqui. Boa noite!

VENCEDORES (CINEMA) ->

MELHOR FILME – DRAMA

12 Anos de Escravidão

MELHOR FILME – MUSICAL OU COMÉDIA

Trapaça

MELHOR DIRETOR

Alfonso Cuarón | Gravidade

MELHOR ATOR – DRAMA

Matthew McCoughney | Clube de Compras Dallas

MELHOR ATOR – MUSICAL OU COMÉDIA

Leonardo DiCaprio | O Lobo de Wall Street

MELHOR ATRIZ – DRAMA

Cate Blanchett | Blue Jasmine

MELHOR ATRIZ – MUSICAL OU COMÉDIA

Amy Adams | Trapaça

MELHOR ATOR COADJUVANTE

Jared Leto | Clube de Compras Dallas

MELHOR ATRIZ COADJUVANTE

Jennifer Lawrence | Trapaça

MELHOR ROTEIRO

Ela

MELHOR ANIMAÇÃO

Frozen: Uma Aventura Congelante

MELHOR TRILHA SONORA

Até o Fim

MELHOR CANÇÃO ORIGINAL

“Ordinary Love” – U2 | Mandela

MELHOR FILME ESTRANGEIRO

A Grande Beleza