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| Temporário 12 | Um poderoso e intimista marco para o gênero

Posted in Críticas de 2014, Drama, DVD with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , on 31 de março de 2014 by Lucas Nascimento

5.0

ShortTerm12
Brie Larson: Remember her name

Eu nem consigo imaginar quantos filmes com a temática “jovens problemáticos” o cinema recente produziu na última década. A maioria, de qualidade competente, ainda que totalmente presa a clichês e situações que apelam ao emocional do público de maneira quase ameaçadora. Mas posso dizer que raramente assisti a um como Temporário 12 (Short Term 12, no original), estreia do cineasta indie Destin Cretton que impressiona não apenas por sua qualidade e impacto, mas principalmente pela naturalidade com que desempenha tais funções.

A trama é adaptada de um curta-metragem de autoria do próprio Cretton, concentrando-se numa unidade residencial que se dedica a abrigar jovens desfuncionais e com problemas familiares por um período de 12 semanas. Nesse cenário, encontramos Grace (Brie Larson), uma das supervisoras do Temporário 12 que precisa lidar com uma série de problemas pessoais, ao passo em que se esforça para ajudar os meninos e meninas em sua custódia.

Premissa batida, mas Cretton é extremamente bem sucedido ao lançar um ar fresco e inédito à história. Seu roteiro é hábil ao trabalhar e distribuir as diversas subtramas: a gravidez inesperada de Grace, sua relação com o namorado (vivido pelo eficiente John Gallagher Jr., da série The Newsroom) e três casos-chave envolvendo jovens do Temporário 12. Seu texto acerta ao manter a naturalidade entre os personagens, uma decisão que se revela inteligente quando a trama começa a revelar camadas obscuras perturbadoras, provocando maior impacto na resolução destas (desde abusos sexuais até violentas discussões). Nesse sentido, a direção de Cretton acerta também ao manter um caráter íntimo dentro da narrativa: a câmera incessante e os planos sempre fechados nos rostos do elenco, quase como se o diretor fosse um intruso naquele universo e nos garantisse verdadeiros registros de vidas humanas reais e palpáveis.

É impressionante também como Temporário 12 é surpreendentemente eficaz ao balancear os tons. Em uma cena, por exemplo, acompanhamos Grace presenteando uma das internas, prestes a ser liberada da instituição, com um cupcake preparado por seu namorado na noite anterior. Uma coisa leva a outra e a jovem rebela-se violentamente, com insultos verbais, agressões e o momento inesperado em que esfrega o cupcake na cara de sua superiora. Com a ajuda do namorado, Grace consegue conter a jovem – em uma cena intensa. E que forma maravilhosa de se quebrar o gelo encontrada na forma de Gallagher Jr, que, ao contemplar sua namorada com o rosto sujo do doce, solta de forma bem-humorada: “Ei Grace, meu cupcake tava bom?”. Memorável e divertido, sem soar artificial.

E grande parte deste balanceamento é fruto do excelente trabalho do elenco. A começar por Brie Larson, atriz talentosíssima que lentamente vem fincando seu nome em Hollywood. Você provavelmente reparou nela em filmes como Scott Pilgrim contra o Mundo, Anjos da Lei, Como Não Perder Essa Mulher e algumas participações na série Community, mas já está na hora de guardar esse nome na cabeça. Larson impressiona pela seriedade de Grace, mas suas pequenas nuances faciais perfeitamente traduzem os diversos conflitos internos que a personagem guarda dentro de si, algo balanceado com seu senso de humor sarcástico e, especialmente, a relação que mantém com a personagem de Kaitlyn Dever. Vale mencionar também o excelente Lakeith Lee Stanfield, intérprete do veterano da instituição, Marcus. O ator transfere ao mesmo tempo tristeza e perigo (por consequência desta) em seu olhar seco, e é em sua espetacular performance de um rap (outra cena belíssima, ainda mais por não conter cortes) que temos indícios de seu passado sombrio e marcado por abusos de sua mãe.

Temporário 12 é uma experiência curta em duração, mas densa e eficientemente complexa na maneira como lida com seus temas difíceis. Destin Cretton revela-se um poderoso contador de histórias, contando também com um ótimo elenco em mãos. Certamente é uma das obras mais intimistas produzidas pelo cinema norte-americano nos últimos anos, e um marco absoluto para o gênero.

Obs: O filme ainda não está disponível em home video no Brasil, já havia adquirido o blu-ray no exterior e fui surpreendido por sua exibição no canal de TV paga Max. Atualizarei o post se hover novidades.

| O Hobbit: A Desolação de Smaug | As coisas que só um dragão é capaz de fazer

Posted in Aventura, Cinema, Críticas de 2013, Indicados ao Oscar with tags , , , , , , , , , , , , , , , on 17 de dezembro de 2013 by Lucas Nascimento

3.5

Hobb
Evangeline Lilly é Tauriel: Elfa criada especialmente para o filme

É impressionante como algumas coisas podem ficar muito mais interessantes quando se coloca um dragão no meio. Hater confesso da primeira parte da adaptação cinematográfica de O Hobbit, a presença da lendária criatura cuspidora de fogo o fator determinante para me levar a este A Desolação de Smaug, filme que – ainda prejudicado por uma série de problemas de fácil solução – se revela absurdamente superior ao antecessor em todos os aspectos.

A trama começa pouco depois de onde Uma Jornada Inesperada terminara, com a companhia dos anões liderada por Thorin Escudo de Carvalho (Richard Armitage) fugindo de um grupo de orcs enquanto seguem para a Montanha Solitária, onde o poderoso dragão Smaug (dublado por Benedict Cumberbatch) se encontra. Enquanto o hobbit Bilbo Bolseiro (Martin Freeman) vai se afeiçoando cada vez mais ao Um Anel, o mago Gandalf (Ian McKellen) parte em uma missão secreta para descobrir a identidade de um misterioso Necromante – feiticeiro capaz de conjurar os mortos.

Depois de uma experiência maçante no filme de 2012, finalmente Peter Jackson e sua trupe de roteiristas (Fran Walsh, Philippa Boyens e Guillermo Del Toro) conseguiram reunir material o suficiente para suportar um longa-metragem com uma duração extensa como a que saga exibe. Mesmo que as opções escolhidas, que envolvem a criação de personagens e eventos ausentes na obra original de J.R.R. Tolkien, sejam completamente descartáveis dentro da narrativa central (triângulo amoroso até na Terra Média?), já é mais do que suficiente para ao menos “parecer dar” a impressão de uma história grandiosa ou pelo menos garantir cenas de ação envolventes (quando acompanhamos mortes inventivas como aquelas vistas na sequência dos barris, impossível se entediar). Funcionam de verdade as sequências que envolvem a investigação de Gandalf, graças à sempre carismática performance do ator e por trazer empolgantes conexões com os eventos de O Senhor dos Anéis.

Infelizmente, aquele mesmo problema do primeiro filme se repete aqui: enrolação, por falta de substantivo melhor. A começar por um prólogo completamente descartável que nos apresenta ao primeiro encontro entre Gandalf e Thorin: qual o sentido de vermos uma cena de introduções a essa altura da narrativa? Pior ainda é quando o clímax insiste em nos fazer acompanhar as 3 tramas diferentes de A Desolação de Smaug, quando tudo o que realmente importava era o conflito com o dragão. Quero dizer, eu pelo menos não comprei aquele triângulo amoroso descartável e… estranho, entre Legolas (Orlando Bloom, cujo único propósito no filme é nos relembrar o quão foda é seu personagem durante variadas batalhas), um dos anões e Tauriel (Evangeline Lily, que empresta suas feições angelicais para uma elfa criada especialmente para o filme). Está ali meramente para preencher espaços, e nos fazer desejar que o montador Jabez Olssen retorne logo para a situação do dragão.

TheHobbit2
Smaug: o dragão mais badass dos últimos tempos

Aliás, que dragão. Sou fã absoluto de praticamente todas as versões da criatura em suas diferentes mídias, mas tenho quase certeza de que o Cinema nunca viu um dragão tão absurdo e carismático quanto Smaug. A começar pelo excepcional trabalho de efeitos visuais da Weta, que garante uma criação digital realista, e o da equipe artística responsável pelo visual detalhista e assustador da criatura, garantindo-lhe uma personalidade que se sobressai diante de todas as criaturas da produção. Ajuda também o fato de que Benedict Cumberbatch seja o responsável pela voz e motion capture do vilão (ele repete a dose também nas aparições do Necromante), cuja gravidade é delicadamente exacerbada a fim de garantir a Smaug a mais imponente voz possível. Posso estar enganado e falando precipitadamente, mas é provavelmente o melhor dragão já criado até hoje no cinema.

Enriquecido por um design de produção estupendo (reparem nas inteligentes influências absolutistas na Cidade do Lago), O Hobbit: A Desolação de Smaug funciona melhor como experiência do que o primeiro filme. Palmas pelas excelentes cenas de ação, uma história mais sustentada e um dragão simplesmente apaixonante. Agora, é sacanagem demais encerrar o filme com um cliff hanger abrupto como esse…

Veja só, Peter Jackson agora vai me fazer assistir O Hobbit: Lá e De Volta Outra Vez no ano que vem. Então, tá.

Obs: Fiquem durante os créditos para ouvir “I See Fire”, de Ed Sheeran. Lindíssima canção.

| Carrie, A Estranha | Nova adaptação de Stephen King falha em sua identificação

Posted in Cinema, Críticas de 2013, Drama, Terror with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , on 8 de dezembro de 2013 by Lucas Nascimento

2.5

Carrie-
Chloë Grace Moretz é Carrie White. Ou melhor, não é.

É sempre bom repetir aqui algo que comento com frequência: remakes podem ser bons, é meramente uma questão de readaptar com inteligência a mesma história. Já é a terceira vez que o romance de Stephen King ganha uma versão em carne e osso (além do clássico de Brian De Palma em 1976, há uma minissérie da MGM com Angela Battis, de 2002), e Kimberly Peirce realmente prometia agradar com sua Carrie, A Estranha. Mas não. Infelizmente.

A trama repete praticamente toda a estrutura já estabelecida nas adaptações anteriores, com Roberto Aguirre-Sacasa (roteirista de séries como Amor Imenso e Glee) e Lawrence D. Cohen (responsável pelo roteiro do filme de DePalma) apresentando-nos à jovem e insegura Carrie White (Chloë Grace Moretz), cujo bullying e intimidação por parte de suas colegas de escola se intensifica quando essa experiencia sua primeira menstruação. Atormentada também por sua mãe, uma religiosa assustadoramente fundamentalista vivida por Julianne Moore, Carrie acaba por descobrir poderes telecinéticos.

O desfecho da história todo mundo conhece, basta olhar para qualquer um dos cartazes de qualquer adaptação de Carrie. É apenas uma questão de chegar lá de forma eficiente e garantir um desenvolvimento a suas personagens principais – o que é essencial para o funcionamento de qualquer narrativa, mas a de Carrie White, principalmente. O roteiro até acerta ao trazer elementos do século XXI para o desenrolar dos eventos, como registrar (e depois viralizar) um dos atos de humilhação da protagonista registrados com um celular ou ao mostrar Carrie acessando a internet para se deparar com videos a respeito da natureza de suas habilidades sobrenaturais. E só, de restante o texto não acrescenta nada e ainda suaviza diversos elementos da história (nada de nudez no vestiário ou professoras estapeando alunas rebeldes) – com exceção da violência, que aqui ganha retoques em CGI que de tão absurdos, soam artificiais. E que coisa medonha (no mal sentido) ver a protagonista usando sua telecinesia para flutuar ou causar uma cratera com uma pisadela no melhor estilo Incrível Hulk

A diretora Kimberly Peirce (de Stoploss – A Lei da Guerra e o elogiado Meninos não Choram) até oferece boas imagens, movimentos de câmera interessantes e rimas visuais admiráveis; vide o plano em que Carrie observa suas mãos ensanguentadas após sua menstruação e que se repete quando esta encontra-se coberta de sangue no icônico massacre no baile de formatura. Mas até as construções visuais mais elaboradas são arruinadas por sua protagonista problemática: a talentosa e bonita Chloë Grace Moretz, que surge aqui completamente fora do “padrão Carrie”. Não que isso fosse um problema grave (afinal, Daniel Craig de James Bond não tinha nada, e o resultado todo mundo sabe), mas Moretz se entrega ao caricato e a vergonhosas expressões orgásticas durante o uso de seus poderes – sem falar que o sadismo/prazer que a jovem demonstra ao assassinar jovens inocentes é algo que destrói completamente a essência da personagem, tornando difícil que uma conexão seja criada com o público. Aliado a isso está o fato de que nós mal conhecemos Carrie, já que boa parte dos 90 minutos são mais dedicados à seus poderes do que seu “eu”.

Felizmente, Julianne Moore surge inspirada como Margaret White, a verdadeira reponsável por rotular a trama como um terror. Com uma caracterização de visual e figurino acertadíssima – créditos ao diretor de fotografia Steve Yedlin por sempre evidenciar de forma assombrosa as sardas da personagem – me atrevo a dizer que Moore tenha alcançado a performance definitiva da mãe de Carrie, que já fora interpretada por Piper Laurie e Patricia Clarkson.

Me segurei ao máximo para evitar comparações com o filme de De Palma, mas será inevitável agora. Sentíamos pena da Carrie White vivida pela incrível Sissy Spacek, mas com esse novo Carrie, A Estranha eu tenho pena é dos envolvidos.

O Prestígio | Especial BATMAN: O CAVALEIRO DAS TREVAS RESSURGE

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O filme mais aguardado de 2012 enfim chega às telonas! Christopher Nolan promete (novamente) grandiosidade em sua conclusão da trilogia do Morcego com Batman: O Cavaleiro das Trevas Ressurge. Já assisti ao filme na cabine de imprensa (leia a crítica aqui) e atualizei o post com novas informações. Acompanhe o especial e vejamos como será o resultado:

Algumas perguntas que circulam o projeto:

Quanto tempo separa Ressurge de O Cavaleiro das Trevas?

De acordo com Christopher Nolan, o novo filme se passa oito anos após seu anterior.

Quem são os vilões?

A principal ameaça encontra-se na forma de Bane, que lidera um grupo terrorista que visa levar o caos para as ruas de Gotham. Os boatos correm e muitos apontam em um retorno da Liga das Sombras de Batman Begins, e se o vilão não seria um membro que continuará a missão de Ra’s Al Ghul. Além disso, temos a Mulher-Gato (que serve também como aliada) e uma rápida aparição do Espantalho de Cillian Murphy vai ou não dar as caras…

Quais são as novidades no elenco?

Diretamente de A Origem, Tom Hardy, Marion Cottilard e Joseph Gordon Levitt reúnem-se com o diretor Christopher Nolan. O primeiro encarna Bane, Levitt dá forma ao policial John Blake (que tem uma importante participação na trama) e a atriz francesa encarna uma personagem não muito detalhada pela divulgação do filme, que atende pelo nome de Miranda Tate. E claro, temos Anne Hathaway como Selina Kyle, a melhor do filme.

O que é aquele objeto voador?

Novo “brinquedo” tecnológico do protagonista, o “Morcego” é um veículo voador desenvolvido por Lucius Fox. Basicamente, é a versão Nolan para o famoso Bat-Wing, que agora substitui o formato “morceganizado” por um militar, como o próprio Tumbler.

Há alguma menção ao Coringa de Heath Ledger?

Christopher Nolan havia dito que planejava usar o Coringa de Heath Ledger no terceiro filme (e com uma figura daquelas, quem não usaria?), mas devido a repentina morte do ator, isso não foi possível. Dessa forma, O Cavaleiro das Trevas Ressurge não faz menção alguma ao personagem.

Afinal, o Bane quebra ou não a coluna do Batman? [SPOILERS]

Quando anunciado que Bane seria o principal antagonista do novo filme, muitos fãs imediatamente remeteram à famosa HQ A Queda do Morcego, onde o vilão derrota o Batman e quebra sua coluna, deixando-o paraplégico. Pois bem, no filme a cena com o herói sendo espancado e humilhado está lá – assim como icônica joelhada na coluna – mas o golpe não é forte o suficiente para aleijá-lo, apenas deixando-o severamente machucado (com uma vértebra exposta).

Quanto do filme foi gravado em IMAX?

O Cavaleiro das Trevas Ressurge tem quase 1 hora de material rodado em câmeras IMAX, rivalizando com os 28 minutos do filme anterior. Curiosidade: durante as filmagens, a dublê de Anne Hathaway acidentalmente colidiu com uma das gigantescas câmeras do formato, o que certamente rendeu um prejuízo de 500 mil dólares à produção; considerando a limitada disponibildade dos equipamentos. Veja o flagrante:

Após o fim da trilogia, como fica o Batman no cinema?

Como aconteceu com o Homem-Aranha, a Warner Bros anunciou que o Batman terá um reboot, já que os produtores afirmam que Nolan encerrou sua trilogia de uma maneira que impossibilita continuações. Eu pessoalmente acho que um reboot é exagero, o final dessa trilogia não é impossível de ser seguido…

Qual será o próximo filme de Christopher Nolan?

O nome de Christopher Nolan circula por muitos projetos, dentre os quais temos Superman – O Homem de Aço. O filme dirigido por Zack Snyder (que será lançado no ano que vem) teve o argumento original desenvolvido por Nolan e seu irmão, Jonathan e ambos afirmaram ser uma ideia “que não acreditavam ninguém ter pensado antes”. Recentemente, Michael Caine revelou ter sido contratado para o próximo filme do diretor, que seria um argumento original. Vamos aguardar…

Alguns velhos conhecidos e novas caras marcam presença em O Cavaleiro das Trevas Ressurge:

Bruce Wayne/Batman | Christian Bale

Tendo abandonado a máscara do vigilante Batman após aceitar a responsabilidade pelos crimes de Harvey Dent, Bruce Wayne encontra-se envelhecido e aposentado. Com problemas de coluna e exilado da sociedade, ele é forçado a voltar à ativa e recomeçar seu treinamento quando a ameaça terrorista de Bane promete destruir Gotham City.

Selina Kyle | Anne Hathaway

Habilidosa ladra noturna, Selina Kyle sustenta-se comentendo pequenos furtos e assaltos, sendo experienciada em lutas corporais e movimentos acrobáticos. Procurando uma chance de limpar seu histórico criminal e começar uma vida nova, ela se envolve com o grupo de Bane e, consequentemente, com Batman e seu alter-ego.

Bane | Tom Hardy

Bane é um mercenário (com espiríto revolucionário) que traz um grande plano envolvendo a destruição de Gotham City. Lidera um vasto grupo de resistência e incentiva uma rebelião de criminosos na cidade, tendo como habilidades uma força brutal e uma máscara respiratória que garante sua sobrevivência após este ter sido vítima de ferimentos agonizantes.

Comissário Jim Gordon | Gary Oldman

À beira da aposentadoria, James Gordon tem liderado uma campanha de luta ao crime implacável e bem-sucedida, mas ainda assim, sente-se na necessidade de revelar ao povo de Gotham o que de fato aconteceu entre ele, Batman e Harvey Dent anos atrás. Mas isso será o menor de seus problemas quando o grupo de Bane chegar à cidade.

John Blake | Joseph Gordon-Levitt

Jovem policial que vai rapidamente crescendo no departamento de polícia de Gotham, John Blake é um antigo amigo de Bruce Wayne e protegido do Comissário Gordon. Ainda que a cidade encontre-se em tempos de paz, ele anseia em descobrir a verdadeira história por trás do sumiço de Batman e também deseja que este retorne quando a situação piorar.

Alfred Pennyworth| Michael Caine

Leal mordomo e mentor de Bruce Wayne, Alfred sonha em ver seu patrão abandonar a vida eremita e sedentária que carrega, mas é contra sua decisão de retomar a máscara do Batman; temendo a impossibilidade de Bruce em sucedir contra oponentes perigosos e bem treinados.

Lucius Fox | Morgan Freeman

Ainda responsável pela Wayne Enterprises e a secreticidade das invenções tecnológicas de Batman, Lucius Fox é um dos principais incentivadores para o retorno de Bruce Wayne ao mundo real, tendo frequentes reuniões com a empresária Miranda Tate. Seu papel aqui é muito maior e importante.

Miranda Tate | Marion Cottilard

Miranda Tate é uma executiva filantropa que negocia  um projeto ambiental com as Wayne Enterprises. Sua relação com Bruce vai aumentando à medida que ela vai convencendo-o a reassumir a empresa e levá-la de volta aos dias de glória.

Uma olhada breve nos outros dois filmes da trilogia:

Batman Begins (2005)

Um marco para o cinema blockbuster, Batman Begins iniciou a onda de abordagens realistas para ícones populares (como Cassino Royale fez com James Bond). E justamente por tratar seu protagonista como um ser humano real – buscando inspiração nas primeiras histórias do personagem, muito mais sombrias – o reboot alcançou um resultado excelente ao mergulhar profundamente no psicológico do homem que se veste como morcego, em um estudo de personagem eficiente e que traz um visual dark e atmosférico. Isso sem falar da ótima performance de Christian Bale.

Batman – O Cavaleiro das Trevas (2008)

A adaptação suprema de quadrinhos/super-heróis para o cinema, o melhor filme de Christopher Nolan é também um dos melhores da última década. Em um misto excepcional de ação desenfreada, trama policial brilhante e temas morais/éticos abordados com impressionante intensidade, O Cavaleiro das Trevas é um filme surpreendente que aprimora o original em todos os sentidos. Todo o elenco é de primeira, mas o destaque fica para a magistral performance de Heath Ledger como o Coringa.

Os oponentes que já deram as caras na trilogia de Nolan.

O Espantalho

Intérprete: Cillian Murphy

Bio: Alter ego do psiquiatra Dr. Jonathan Crane, o Espantalho é uma arma de medo. No universo de Nolan, ele tem associação com o mafioso Carmine Falcone, gerenciando o hospício Asilo Arkham e livrando diversos de criminosos de penas de prisão ao diagnosticá-los como insanos. Sua principal arma é o gás do medo, que provoca alucinações em suas vítimas.

Desfecho: Foi preso pelo Batman no início de O Cavaleiro das Trevas. Tem uma pequena participação em Ressurge.

Ra’s Al Ghul

Intérprete: Ken Watanabe/Liam Neeson

Bio: Líder de uma associação secreta conhecida como Liga das Sombras, Ra’s Al Ghul é visto como imortal nos quadrinhos, mas no filme de Nolan é apenas uma figura que ganha diversos representantes. O principal deles, é o mentor de Bruce Wayne que também foi responsável por seu treinamento: Henry Ducard. Suas habilidades incluem treinamento ninja e domínio de inúmeras artes marciais.

Desfecho: Após fracassar em destruir Gotham, é morto no fim de Batman Begins.

O Coringa

Intérprete: Heath Ledger

Bio: Criminoso anarquista brilhante, o Coringa só tem um objetivo: testar e destruir o psicológico de seus oponentes, assim como perturbar a ordem dominante e estabelecer o caos. Sem nunca ter seu passado revelado (o máximo são algumas histórias que o próprio inventa para justificar sua aparência), é armado com inúmeras facas e usa de uma maquiagem para intimidar e ocultar as cicatrizes de sua boca.

Desfecho: É preso pelo Batman no fim de O Cavaleiro das Trevas.

Harvey Duas-Caras

Intérprete: Aaron Eckhart

Bio: Implacável promotor público e o rosto da luta contra o crime em Gotham, Harvey Dent foi um símbolo de esperança e justiça em tempos sombrios. Aliando-se com o comissário Gordon e Batman, eles prometeram defender a cidade contra os ataques do Coringa. Dent sai na pior quando sua amada Rachel Dawes é morta e este e tem metade de seu rosto queimado durante um sequestro, levando-o a um desejo de vingança incontrolável. Armado com uma pistola, decide suas ações no cara-ou-coroa.

Desfecho: Ameaçando o comissário Gordon e sua família, é morto pelo Batman no fim de O Cavaleiro das Trevas.

Bane [SPOILERS]

Intérprete: Tom Hardy

Bio: Após ser agredido cruelmente enquanto protegia uma criança de prisioneiros hostis, Bane é forçado a viver com uma máscara de gás que alivia sua agonia e garante sua sobrevivência. Libertado da tal prisão pela Liga das Sombras, ele é então treinado por Ra’s Al Ghul como um poderoso mercenário, mas é banido do grupo ao se apaixonar pela filha de seu líder.

Desfecho: É morto por Selina Kyle em O Cavaleiro das Trevas Ressurge.

Porque teatrilidade e ilusão são agentes poderosos, sr. Wayne…

O Traje

Peça da Wayne Enterprises para o exército americano, o traje de sobrevivência oferece resistência a facas e também é à prova de balas (menos um tiro direto, de acordo com Lucius Fox).

A Capa

Desenvolvido pela Wayne Enterprises como “tecido da memória”, é um pano flexível e leve e que assume diversas formas ao ter uma corrente elétrica acionada. Com tal equipamento, Batman consegue usar essa capa para planar longas distâncias.

O Tumbler

Desenvolvido pela Wayne Enterprises como um veículo para auxiliar na construção de pontes, o Tumbler foi transformado pelo Batman em um carro militar. Traz uma armadura resistente e que dificulta a identificação em ambientes noturnos, além de ser completamente à prova de balas. No quesito poder de fogo, temos mísseis e bombas.

Bat-Pod

Módulo de escape do Tumbler – quando este sofre danos catastróficos – a Bat-Pod transforma dois pneus do carro em uma moto veloz e destruidora. Além de trazer um arpão em suas utilidades, tem dois eficientes canhões na dianteira do veículo.

As encarnações da Mulher-Gato no cinema:

Lee Meriwether em Batman – O Homem Morcego

A primeira Mulher-Gato dos cinemas, Lee Meriwether vive a personagem na adaptação da cartunesca série de TV de Adam West. Não assisti ao filme, então não tenho como avaliar a caracterização (mas vale observar que o visual de Anne Hathaway teve ligeira inspiração aqui).

Michelle Pfeffer em Batman – O Retorno

Grande destaque do mediano filme de Tim Burton (faria mais sentido o filme se chamar Catwoman Begins ao invés de Batman – O Retorno), a ladra felina de Michelle Pfeiffer ganha uma origem sobrenatural após ser “ressuscitada” por um bando de gatos. A vilã é armada com chicote, garras e uma apertadíssima roupa de couro.

Halle Berry em Mulher Gato

Em um sofrível derivado que reinventa a personagem, Halle Berry vestiu o traje curto e rasgado da Mulher-Gato, ainda mantendo uma história sobrenatural (dessa vez trazendo… Reencarnações de deuses egípcios felinos) como origem da anti-heroína.

Anne Hathaway em Batman – O Cavaleiro das Trevas Ressurge

Mais pautada à realidade, a versão Anne Hathaway para a ladra felina não apresenta habilidades sobrenaturais, apenas movimentos flexíveis e um apertado traje de couro. Experiente em roubos e tiroteios, ela ainda conta com lâminas no salto de sua bota.

Relembremos os melhores momentos (ou os meus preferidos) dos capítulos anteriores da trilogia:

Abraçando o Medo

Descobrindo a caverna subterrânea que viria a se tornar o quartel do Batman, Bruce Wayne é atacado por um enxame de morcegos e então este tem um momento de epifania. Com belo uso das sombras na fotografia de Wally Pfister, o sujeito abraça o medo e conforta-se com ele, adotando-o como arma.

“Gostaria de ver minha máscara?”

Tendo notado a insistência do mafioso Carmine Falcone em fazer parte de seu plano, o dr. Jonathan Crane é forçado a lhe apresentar seu sinistro alter-ego: o Espantalho.

“Um pouco do seu próprio remédio?”

Após ter sido humilhado em seu primeiro encontro com o Espantalho e seu gás alucinógeno, Batman invade o Asilo Arkham e oferece ao doutor um pouco de seu próprio remédio. Destaque para a montagem agressiva de Lee Smith (que ajuda a tornar o herói pouco perceptível) e a versão demoníaca do Homem-Morcego.

Salvando Rachel

Na estreia do Batmóvel Tumbler, o herói esmaga viaturas e salta de prédios em uma tensa corrida contra o tempo; com sua amada Rachel Dawes envenenada e à beira da insanidade. Ficou bem claro aqui o talento de Nolan para cenas de ação.

“Mas não preciso te salvar”

O clímax de Batman Begins não decepciona em quesitos de pirotecnia, mas o que fica mesmo na memória é a solução encontrada por Batman para não matar seu antigo mestre, Ra’s Al Ghul.

Assalto ao Banco

Em um prólogo empolgante e imprevisível, o diretor Christopher Nolan faz juz aos melhores thrillers policiais de Michael Mann ao mostrar o Coringa e seus comparsas assaltando um banco da Máfia. Além de introduzir de forma impecável seu antagonista, define o tom do filme todo.

“Que tal um truque de mágica?”

Em uma cena antológica, o Coringa demonstra seu senso de humor negro à um grupo de mafiosos.

Perseguição do Carro Forte

Elevando o nível da perseguição de carros de Batman Begins, Nolan e sua equipe criam uma cena de ação incrível, trazendo o Coringa perseguindo Harvey Dent pelas ruas de Gotham e a estreia da bat-pod do herói. Admirável também é o uso de efeitos práticos, como miniaturas, explosões e a capotagem memorável de um caminhão.

“Você me completa!”

O duelo mais perigoso entre Batman e o Coringa, a cena do interrogatório traz um embate psicológico impressionante. Nele, vemos que um não pode existir sem o outro, que são apenas lados diferentes de uma mesma moeda. Atuação monstruosa de Heath Ledger aqui, que mostra fôlego nas risadas maléficas.

“Eu queria inspirar o bem, não a loucura e a morte”

Após a morte de Rachel e o acidente de Harvey Dent, Bruce senta-se à janela e conversa com seu fiel mordomo Alfred. É uma linda cena que retrata a derrota do super-herói e a angústia do personagem, além de trazer uma fotografia triste de Wally Pfister.

“Introduza um pouco de anarquia”

Quando pensamos que o filme acalmaria com a prisão do Coringa, este faz um retorno impressionante ao disfarçar-se de enfermeira e explodir um hospital. Além de ser divertido ver o sujeito brigando com o detonador, o discurso sobre caos e anarquia que corrompe Harvey Dent (agora, Duas-Caras) é fundamental para entender a natureza do personagem.

“Um cavaleiro das trevas”

Um final perfeito para um filme perfeito.

A carreira de Christopher Nolan, além da trilogia do Morcego:

Following (1998)

Com orçamento independente e técnicas de filmagens bem simplórias, o primeiro filme de Nolan é uma interessante (e paranoica) história de um escritor que segue pessoasa fim de buscar inspirações para seus trabalhos. Chama a atenção pela narrativa intrincada (marca típica do cineasta) e a fotografia em preto e branco.

Amnésia (2000)

Um dos filmes mais surpreendentes e complexos já feitos. Famoso pela “narrativa ao contrário”, Amnésia é um thriller inteligente e poderoso, um quebra-cabeças peculiar e complicado. Assistir só uma vez não é o suficiente para entender o roteiro brilhante dos irmãos Nolan. Nem mesmo se for ao contrário.

Insônia (2002)

Remake de um filme de 1997, é um thriller muito engenhoso e inteligente. As performances de Al Pacino e Robin Williams estão espetaculares e o tom atmosférico é bem sombrio, o Alaska apresenta-se como o cenário perfeito para a trama, com um desfecho sensacional.

O Grande Truque (2006)

A cruel e sombria disputa entre dois mágicos… A premissa já é ótima, o filme de fato aproveita-a e toma rumos muito além do imaginável, reviravoltas e alcança um final bizarro e completamente inesperado. Tem ótimas performances de Hugh Jackman e Christian Bale.

A Origem (2010)

Com uma das ideias mais originais dos últimos anos, Nolan alcança a perfeição ao tecer uma trama que apresenta ladrões do subconsciente, que usam de sonhos para roubar e implantar ideias na mente humana. Traz cenas de ação espetaculares e conceitos ambiciosos, além de um final enigmático que fez o mundo todo discutir.

Link para o post original (de Agosto de 2010)

Revisitando a primeira franquia do Batman:

Batman (1989)

Primeiro grande filme do Homem-Morcego para o cinema, traz uma abordagem dark para o personagem após o tom cartunesco do famoso seriado de TV com Adam West. Lidando com uma boa história e personagens carismáticos (nem precisa dizer que o Coringa de Jack Nicholson rouba o filme), o filme peca em sua execução, já que – mesmo tendo um visual gótico lindo – Tim Burton não é a escolha ideal para um longa de super-herói.

Batman – O Retorno (1992)

Ainda que traga uma ótima ambientação (a sombria Gotham City castigada pela neve natalina cai muito bem em dias frios), a segunda investida de Tim Burton na franquia é incostante e descontrolada, trazendo bons personagens mas não oferecendo tempo suficiente para explorá-los a fundo. Nesse cenário, o próprio Batman é esquecido pelos roteiristas e Danny DeVito, como o Pinguim, encarna um dos vilões mais ridículos da História.

Batman Eternamente (1995)

Sai Tim Burton e entra Joel Schumacher, deixando de lado as sombras e transformando o terceiro filme do Batman em uma aventura fantasiosa e infantil. Apesar de trazer alguns bons elementos com os vilões Duas Caras e Charada (e não me refiro às caricatas performances) a história não convence e soa ridícula demais. E Val Kilmer não tem nada a ver com Bruce Wayne…

Batman & Robin (1997)

Se Schumacher já começava a flertar com o ridículo no longa anterior, ele o leva para cama no péssimo Batman & Robin. Trazendo caracterizações ridículas de bons personagens, o filme ainda sofre com elementos babacas (nunca, mas nunca esqueceremos do bat-cartão de crédito) e uma trama risível que poderia muito bem estar num desenho animado de sábado de manhã. Lembrando que o filme também trazia sua versão do Bane.

Com a conclusão da trilogia de Nolan, ficam algumas dicas e sugestões para como o personagem pode gerar novos filmes:

Chega de origem

Com Batman Begins tendo gastado uma enorme quantidade de tempo explicando a origem e as motivações do herói (e fazendo-os de maneira impecável), é irrelevante que um reboot volte novamente para o assassinato dos pais de Bruce Wayne. O Espetacular Homem-Aranha nos mostrou que recontar a mesma história “de forma diferente” não funciona, então que a Warner não cometa o mesmo erro com o Morcego.

O desfecho da trilogia ****HEAVY SPOILERS!****


Joseph Gordon Levitt e a adoção do símbolo

Só pra quem viu O Cavaleiro das Trevas Ressurge hein! No fim do novo filme, o detetive “Robin” John Blake é o herdeiro da batcaverna após Bruce Wayne simular sua morte e fugir para Florença, e tudo indica que este adotará o símbolo de Batman como novo vigilante de Gotham. Eu adoraria ver como a história de Joseph Gordon Levitt iria progredir, e uma boa inspiração caso esse gancho seja de fato seguido é o desenho Batman do Futuro.

Série Arkham


Batman – Arkham City

Juntamente com a trilogia de Christopher Nolan, os jogos da série Arkham foram a melhor coisa a surgir para o personagem em anos. O que chama a atenção aqui é o tom sombrio da série, mas que não se preocupa em ser realista e abraça elementos fantásticos dos quadrinhos em uma trama essencialmente adulta. Fica a sugestão de não necessariamente adaptar o jogo, mas sim adotar sua atmosfera.

Bem, o especial fica por aqui e espero que tenham gostado. Batman: O Cavaleiro das Trevas Ressurge estreia nos cinemas no dia 27, mas você já pode ler a crítica aqui.

Gostaria de dedicar esta postagem à memória das vítimas do terrível tiroteio em Aurora, de 20 de Julho de 2012.

Michelle Williams como Marilyn Monroe em MY WEEK WITH MARILYN

Posted in Notícias with tags , , , , , , on 24 de agosto de 2011 by Lucas Nascimento

O primeiro pôster de My Week with Marilyn, longa sobre o período da vida de Marilyn Monroe em que ela gravava The Prince and the Showgirl, acaba de cair na rede. Confira Michelle Williams na pele da atriz (cheiro de Oscar…):

 

My Week with Marilyn estreia nos EUA em 4 de Novembro.

Análise Blu-ray | BRAVURA INDÔMITA

Posted in Análise Blu-ray with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 24 de junho de 2011 by Lucas Nascimento

O Filme

O faroeste dos irmãos Coen é um dos melhores filmes de sua impecável filmografia. Com um elenco arrasador, uma trama empolgante e com ritmo frenético, Bravura Indômita é uma aventura genuína e divertida como poucas. Em Blu-ray, tudo fica ainda melhor (especialmente a ótima fotografia de Roger Deakins). Um dos melhores filmes do ano. Crítica

Extras

A Bravura Indômita de Mattie

Em apenas cinco minutos, vemos alguns detalhes sobre a escolha da talentosa Hailee Steinfeld para o papel de Mattie Ross. A animada atriz fala sobre a escalação, o trabalho atencioso dos Coen e as habilidades que teve que aprender (tais como andar a cavalo, atirar, entre outros). Pena que é curto, poderia ser mais aprofundado.

From Bustles to Buckskin – Vestimentas de 1880

Com orientação da figurinista Mary Zophers, acompanhamos o processo de confecção das vestimentas do filme – com direito a alguns desenhos de produção. Diversos estilos, que variam de personagem e lugar, e também referência Histórica, que procura representar adequadamente à época de faroestes, mas com um toque mais realista. Muito bom, mas bem que podiam falar alguma coisa sobre a roupa de urso…

Colts, Winchesters & Remingtons: As armas de um Faroeste Pós-Guerra Civil

Como o próprio título explica, nesse extra vemos um pouco das armas de fogo utilizadas no filme e a dificuldade em encontrar réplicas decentes que representassem bem a época e adequassem à seus personagens (como por exemplo, a arma de Ned Sortudo). Curto e direto ao ponto, muito eficiente.

Re-Criando Fort Smith

Certamente o aspecto mais complicado da produção: a criação e desenvolvimento dos cenários, principalmente a antiga Fort Smith em clima de inverno. Com aproximadamente 10 minutos, acompanhamos a construção de alguns monumentos, carroças e lojas de época – tudo em uma cidade no Texas. Bacana.

O Elenco

Nesse extra, temos entrevistas com todo o elenco principal (Jeff Bridges, Matt Damon, Hailee Steinfeld, Josh Brolin e Barry Pepper), que comentam seus personagens e a interação com os outros atores. Chovem (merecidos) elogios para as geniais performances de Bridges e Steinfeld. 

Charles Portis: O Maior escritor de quem você nunca ouviu falar

O mais extenso dos extras, apresenta uma mini-biografia sobre o escritor Charles Portis que escreveu, dentre outras elogiadas obras, o livro que originou Bravura Indômita. Há depoimentos de jornalistas, escritores e amigos do reservado autor, que tem aqui registrada uma aparição em um prêmio honorário. Muito bom, desperta curiosidade pelas obras de Portis.

A Fotografia de Bravura Indômita

A belíssima fotografia de Roger Deakins ganha atenção especial nesse minúsculo extra. Vemos entrevistas com o cinematógrafo, que explica a importância de seu trabalho e como ele aplicou-se ao faroeste de Bravura Indômita. Genial, mas realmente precisaria de mais tempo para que o profissional apresentasse mais detalhes.

Nota Geral:

Bravura Indômita é um excelente blu-ray, com qualidade de imagem e de som altíssimas (o som, principalmente) e perfeitas, além de possuir extras bacanas que pecam apenas em serem muito curtos, mas que desempenham muito bem sua função. Obrigatório.

Preço: 89,90

Imagens: Blu-ray.com

E o Oscar vai para…(Parte I) Atuações

Posted in Especiais, Prêmios with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 25 de fevereiro de 2010 by Lucas Nascimento

O Oscar já está chegando… Já fez suas apostas? Não? Bem, estou fazendo um especial gigante aqui no blog, onde avaliarei todas as categorias do Oscar, dando palpites e comentários. Na primeira parte, vamos falar sobre as atuações. Vamos lá:

Melhor Ator

Jeff Bridges (Coração Louco)

  Não tem outra. Esse ano, Jeff Bridges leva a estatueta com certeza. Já levou o Globo de Ouro, SAG e é o favorito. Coração Louco ainda não foi lançado no Brasil, então não tenho como formular minha opinião se ele merece ou não. Mas pelo que eu tenho visto em trailers e clipes, acho que é merecido.

 

Indicações ao Oscar3 Indicações por Starman – O Homem das estrelas, A Conspiração e Coração Louco; 2 Indicações por A Última sessão de Cinema O Último Golpe como Ator Coadjuvante. 

Morgan Freeman (Invictus)

 Morgan Freeman é meu ator preferido. Quando eu soube que ele interpretaria Nelson Mandela em um filme de Clint Eastwood, na hora eu falei pra eu mesmo: Ele leva o Oscar. Assisti ao filme e achei Freeman excelente como sempre, apesar de não nos dar a melhor interpretação de sua carreira, como eu esperava, mas capturou com perfeição o jeito e a persona de Nelson Mandela.

Indicações ao Oscar: 1 Vitória por Menina de Ouro como Ator Coadjuvante; 3 indicações por Dirigindo Miss Daisy, Um Sonho de Liberdade e Invictus como Ator e 1 indicação por Street Smart.

 George Clooney (Amor sem Escalas)

  George Clooney é um excelente ator. O papel principal de Amor sem Escalas casou perfeitamente com seu jeitão charmoso. Clooney vai mudando a persona de acordo com seu personagem e é uma mudança inteligente, um amadurecimento. Até que ele merecia levar seu primeiro Oscar de Ator protagonista, mas a concorrência está forte.

 

Indicações ao Oscar: 1 Vitória por Syriana – A Indústria do petróleo como Ator Coadjuvante; 2 Indicações por Conduta de Risco e Amor sem Escalas como Ator; 1 Indicação por Boa Noite e Boa Sorte como Diretor e Roteirista.

Colin Firth (Direito de Amar)

Colin Firth é, na minha opinião, um ator razoavelmente bom. Fez muitas comédias românticas medianas, que eu geralmente passo longe. Entretanto, vi o trailer e alguns clipes de A Single Man e reconheço que Firth está excelente no papel. Sério, mas com um tom meio irônico, meio insano. Se não houvesse o favoritismo para Jeff Bridges, ele teria grandes chances.

Indicações ao Oscar: 1 Indicação por Direito de Amar como Ator.

Jeremy Renner (Guerra ao Terror)

Jeremy Renner é um ator americano pouco conhecido, mas que mostrou muita garra e emoção no papel principal de Guerra ao Terror. Interpreta um soldado que desarma bombas e adora o que faz, deixando de lado o trabalho em equipe. Mas o personagem muda durante o filme, e Renner não decepciona.

 

Indicações ao Oscar: 1 Indicação por Guerra ao Terror como Ator.

Melhor Atriz

Sandra Bullock (Um Sonho Possível)

  Eu nunca achei que um dia Sandra Bullock chegaria até aqui. Eu sempre gostei dela nas comédias, e acho que poucas pessoas não aprovam a indicação e favoritismo da atriz ao Oscar. Pelos trailers e clipes, Bullock não está lá grande coisa, mas pra avaliar uma atuação, é preciso ver o filme inteiro. Aposto nela por ter levado o Globo de Ouro e o SAG.

 

Indicações ao Oscar: 1 Indicação por Um Sonho Possível como Atriz.

Meryl Streep (Julie & Julia)

 Meryl Streep é, incontestavelmente, uma das melhores atrizes do cinema. Quase todo ano ela está lá, recebendo uma indicação. Pelos trailers de Julie & Julia, pude reparar no conforto da atriz em retratar uma das mais importantes cozinheiras americanas. Elá está maravilhosa e fenomenal, como sempre. Se Bullock não ganhar, Streep pode garantir seu terceiro Oscar.

Indicações ao Oscar: 1 Vitória e 11 Indicações por A Escolha de Sofia, A Mulher do Tenente Francês, Silkwood – O Retrato de uma coragem, Entre dois amores, Ironweed, Um grito no Escuro, Lembranças de Hollywood, As pontes de Madison, Um amor verdadeiro, Música do Coração, O Diabo veste Prada, Dúvida e Julie & Julia como Atriz e 1 Vitória e 2 Indicações por Kramer vs. Kramer, Adaptação e O Franco-Atirador como Atriz Coadjuvante.

Helen Mirren (The Last Station)

 Excelente atriz. É o que tenho a dizer sobre Helen Mirren, ela é uma das melhores atrizes na ativa e sua vitória por A Rainha é mais que merecida. Sua performance em The Last Station é comovente, mas esse ano ela perdeu um pouco de destaque perto das concorrentes.

 

Indicações ao Oscar: 1 Vitória e 1 indicação por A Rainha e The Last Station como Atriz e 2 Indicações por As Loucuras do Rei George e Assassinato em Gosford Park.

Carey Mulligan (Educação)

 A inglesa pouco conhecida é, de longe, o que torna o filme Educação assístivel. Sua performance como a estudante de 16 anos que se envolve com um homem mais velho é memorável. É interessante observar sua mudança de personalidade, estilo e suas cenas dramáticas são excelentes. É uma indicação mais que merecida.

 

Indicações ao Oscar: 1 Indicação por Educação como Atriz.

Gabourey Sidibe (Preciosa – Uma História de Esperança)

Nunca tinha ouvido falar de Gabourey Sidibe antes de ela estrelar Preciosa, mas devo dizer que sua performance é espetacular. Seu papel é bem trágico  o que rende cenas muito fortes e emocionantes da atriz. Sempre com um jeito depressivo e delicado, Gabourey possui cenas muito tensas com a atriz Mo’Nique, o grande trunfo do filme.

 

Indicações ao Oscar: 1 Indicação por Preciosa como Atriz.

Melhor Ator Coadjuvante

Christoph Waltz (Bastardos Inglórios)

 O austríaco Christoph Waltz que interpreta o impiedoso Col. Hans Landa na saga de Segunda Guerra Mundial, é uma das únicas certezas do ano. O oscar está praticamente em suas mãos, têm recebido muitos elogios e, devo dizer, extremamente merecidos. Waltz deu vida a um dos melhores vilões do cinema recente, frases memoráveis… Têm tudo para ficar na história. That’s a Bingo!

Indicações ao Oscar: 1 Indicação por Bastardos Inglórios como Ator Coadjuvante.

Woody Harelson (O Mensageiro)

 Woody Harelson é um ator que eu aprecio muito. Ele se sai muito bem nos dramas, mas ele tem um tom muito irônico, ele serve perfeitamente para comédias, e nelas, ele se solta de uma maneira que você nem o reconhece como ator dramático. Sobre O Mensageiro, Harelson está muito bem nos trailers e clipes.

 

Indicações ao Oscar: 1 Indicação por O Povo contra Larry Flint como Ator e 1 Indicação por O Mensageiro como Ator Coadjuvante. 

Matt Damon (Invictus)

Matt Damon recentemente é um cara de ação, devido a trilogia Bourne, mas ele sabe se apegar ao lado dramático uma ou duas vezes. Em Invictus, ele interpreta um jogador sul-africano e, devo dizer, me supreendi com sua performance, de longe a melhor de sua carreira. Mas esse não é o ano do sr. Damon, que tem poucas chances contra Christoph Waltz. 

Indicações ao Oscar: 1 Vitória e 1 Indicação por Gênio Indomável como Co-roteirista e Ator.

Stanley Tucci (Um olhar no Paraíso)

Stanley Tucci é um ator que eu respeito muito. Gosto muito como ele varia seus papéis, que vão de um chefe estressado de aeroporto até editor de uma revista de moda. No novo filme de Peter Jackson, o ator ficou com um papel complicado: o vizinho que estupra e mata uma garota de 14 anos. Papel bem misterioso e, pelo que diz a crítica lá fora, Tucci desaparece no papel.

Indicações ao Oscar: 1 Indicação por Um Olhar do Paraíso como Ator Coadjuvante.

Christopher Plummer (The Last Station)

Confesso que não sou muito familiarizado com o trabalho de Christopher Plummer, lembrando-o apenas por papéis mais coadjuvantes, como sua dublagem em Up – Altas aventuras. Junto com Helen Mirren, os dois fazem a força e a diferença em The Last Station.

 

Indicações ao Oscar: 1 Indicação por The Last Station como Ator.

Melhor Atriz Coadjuvante

Mo´Nique (Preciosa – Uma História de Esperança)

A favorita da categoria, já é certeza que leva a estatueta. Ganhou o Globo de Ouro, SAG, Oscar garantido. Pelo que eu sei, Mo’Nique era uma atriz cômica, mas em sua performance como a mãe de Precious, não há nenhum traço cômico. É uma atuação forte, poderosa e extremamente tensa. É difícil descrever com palavras.

 

Indicações ao Oscar: 1 Indicação por Preciosa – Uma História de Esperança como Atriz Coadjuvante. 

Anna Kendrick (Amor sem Escalas)

Ela estava lá na Saga crepúsculo recentemente, mas sua presença passou quase que despercebida. Anna Kendrick é a novata que mais me impressionou no complexo Amor sem Escalas. Ela está maravilhosa e bem confortável no papel, séria e transmitindo com perfeição suas emoções. Simplesmente excelente, se continuar assim, tem um futuro promissor.

Indicações ao Oscar: 1 Indicação por Amor sem Escalas como Atriz Coadjuvante.

Vera Farmiga (Amor sem Escalas)

Vera Farmiga e Anna Kendrick parecem competir para ver quem é melhor em Amor sem Escalas. Ambas estão excelentes, mas Kendrick ganha a disputa. Entretanto, Vera Farmiga não faz feio e dá uma excelente atuação cheia de emoção e talento. Mas é ofuscada pela ótima Anna Kendrick.

 

Indicações ao Oscar: 1 Indicação por Amor sem Escalas como Atriz Coadjuvante.

Maggie Gylenhaal (Coração Louco)

Devo admitir que nunca achei Maggie Gylenhaal grande coisa, e fiquei mais que surpreso quando vi que ela havia recebido uma indicação por Coração Louco. Não dá pra ter uma opinião formada apenas por suas cenas no trailer, que ao todo devem dar uns 15 segundos. Mas ela me parece razoável. Nada mais, nada menos.

 

Indicações ao Oscar: 1 Indicação por Coração Louco como Atriz Coadjuvante.

Penélope Cruz (Nine)

Saiu do último Oscar com a estatueta nas mãos por Vicky Cristina Barcelona e aqui está ela novamente sendo indicada. Eu acho Penélope uma excelente atriz, todos os seus papéis são bem interpretados e tem um charme pessoal. No filme Nine, ela parece ter ficado com o papel mais cômico, soltando a voz em palcos. Pelo trailer ela está Ok.

Indicações ao Oscar: 1 Vitória e 1 indicação por Vicky Cristina Barcelona e Nine como Atriz Coadjuvante e 1 Indicação por Volver como Atriz.

Bem, a primeira parte encerra-se aqui. Deixe comentários e volte amanhã para a segunda parte. Até lá.