Arquivo para Watchmen

| Os Incríveis | Crítica de 10 Anos

Posted in Aniversário, Aventura, Críticas de 2014 with tags , , , , , , , , , , , , , , , on 20 de março de 2014 by Lucas Nascimento

5.0

TheIncredibles
Flecha, Violet, Sr. Incrível, Mulher-Elástica e Zezé

Com o anúncio de que a Pixar está desenvolvendo com Brad Bird uma continuação para o sucesso Os Incríveis, resolvi revisitar o filme pela primeira vez em aproximadamente 6 anos. E, contagiado pela absurda dose de energia e emoção desta sensacional animação, minha única alternativa para contê-la – além de repetir o filme algumas vezes e não calar a boca sobre entre colegas – foi escrever esta breve crítica.

A trama é ambientada em um mundo onde os super-heróis, após inúmeras questões legais com a população, foram proibidos e escondidos pelo governo. Nesse cenário, o aposentado Robert Perr (voz original de Craig T. Nelson) sustenta uma família de três crianças com a esposa Helen (Helen Hunt), e é constantemente assombrado pela nostalgia dos tempos de glória. Quando um misterioso empregador requisita seus serviços, ele resolve voltar à ação.

Qualquer um com um mínimo conhecimento de quadrinhos pode reconhecer a influência esmagadora de Watchmen, lendária graphic novel de Alan Moore que seria adaptada para o cinema 5 anos após o filme da Pixar. E não deixa de ser irônico como Brad Bird conseguiu fazer melhor uso do material do que o próprio Zack Snyder em seu longa de 2009, já que seu foco de estudo reside em sua humanidade – ainda que seus personagens sejam seres fantásticos e enfrentem situações absurdas. Seja uma mãe que se faz como escudo em uma desesperada tentativa de salvar seus filhos de uma explosão, uma jovem abraçando os poderes que sempre recusou para proteger seu irmão caçula de uma rajada de balas ou um vilão buscando um mero reconhecimento após uma incrível rejeição na infância. Bird se sai bem melhor do que Snyder nesse quesito, que fez seu Watchmen mais centrado para a ação.

Não que Os Incríveis abra a mão do espetáculo, elemento que Bird domina magistralmente ao longo da projeção; algo que também exploraria bem no live action com o eficiente Missão: Impossível – Protocolo Fantasma. Ao som da espetacular trilha sonora de Michael Giacchino, a cena em que o caçula Flecha protagoniza uma eletrizante perseguição em alta-velocidade permanece uma das mais antológicas cenas de ação dos últimos anos, enquanto a batalha final contra o “Omnidroide” em um centro urbano é um ótimo exemplo de como se organizar uma sequência do tipo (palmas para o montador Stephen Schaffer) e distribuir diferentes funções para explorar as habilidades dos personagens.

Sem falar também que o filme é divertido pra cacete. As piadas com os clichês do gênero (monólogos do vilão, o problema das capas) são perfeitamente bem inseridas (É, Marvel Studios, você mesmo) e garantem um tom agradável para todas as idades. Ah, e Edna Moda (dublada pelo próprio Bird), como não ao menos mencionar a hilária estilista.

Os Incríveis é meu filme preferido da Pixar, e sem dúvidas um dos melhores filmes de super-heróis já feitos. Revisitando-o uma década após seu lançamento, vejo que ainda há muito o que se aprender dentro do gênero, e como este – salvas algumas belas exceções – tem se tornado cada vez mais complicado. Só espero que Brad Bird faça jus à seu trabalho genial na vindoura sequência.

Saldo de Orlando

Posted in Notícias with tags , , , , , , , , on 24 de janeiro de 2012 by Lucas Nascimento


Trilha sonora de MILLENNIUM, BDs de O Homem que Mudou o Jogo, Trovão Tropical, Clube da Luta, Laranja Mecânica, Se7en, Antologia Alien e DVD de Watchmen

Voltando dos EUA de mala cheia…

Super Soldado: Especial CAPITÃO AMÉRICA – O PRIMEIRO VINGADOR

Posted in Especiais with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 25 de julho de 2011 by Lucas Nascimento

Capitão América – O Primeiro Vingador chega aos cinemas brasileiros prometendo uma bela diversão e mais um capítulo da saga dos Vingadores. Aproveite o (pequeno e breve) especial:


E você achando que o filme de 2011 foi a primeira tentativa com o personagem…

A ideia de um filme sobre o bandeiroso super-herói Capitão América já existe há um bom tempo. Tanto que, antes de ser a mega-produção estrelada que estreia nesta Sexta-Feira, o personagem ganhou um  medíocre filme em 1990.

O longa, dirigido por Albert Pyun, conta a origem do capitão e sua batalha com um (rídiculo) Caveira Vermelha, sendo posteriormente congelado e depois acordando no mundo moderno. O filme foi recebido negativamente em sessões-teste e banido do circuito de salas de cinema, sendo lançado diretamente em vídeo. Quanto ao resultado, quem assistiu diz que é uma porcaria ao nível do primeiro Quarteto Fantástico (é, aquele de 1990 mesmo) e o bacana é que a MGM está relançando o filme em DVD, claramente acompanhando o lançamento do novo filme.

Agora ao negócio sério: Depois de resolver algumas complicações (como uma disputa pelos direitos do personagem) e a Marvel finalmente tornar-se um estúdio independente, o novo Capitão América começara a ganhar vida. A trama começou a ser desenvolvida e fora decidido que o longa manteria a origem do herói na Segunda Guerra Mundial (convenhamos, um cara vestido de bandeira norte-americana correndo por aí não é uma ideia tão facilmente aceitável atualmente…) e um lançamento em 2008.


O diretor Joe Johnston no set do filme

O responsável para comandar o projeto fora Jon Favreau, mas ele optou por trabalhar com outro personagem da Marvel – o Homem-de-Ferro -, deixando assim o caminho livre para uma série de cineastas que incluia, entre outros, o francês Louis Leterrier – este acabou dirigindo, veja só, O Incrível Hulk para a mesma empresa no mesmo ano. Eventualmente, o escolhido foi Joe Johnston (que dirigiu Jurassic Park 3 O Lobisomem), que apontou Indiana Jones e os Caçadores da Arca Perdida como principal inspiração de tom.

Depois de muita controvérsia e desaprovação dos fãs, Chris Evans foi escalado para viver o Capitão América, assinando um contrato de nove filmes (que incluem uma trilogia do personagem, Os Vingadores e sabe-se lá o que mais) com a Marvel. Hugo Weaving (que trabalhara com Johnston em O Lobisomem) foi contratado para o papel do Caveira Vermelha – cuja maquiagem levava 2h e meia para ser aplicada – e Hayley Atwell, Stanley Tucci, Tommy Lee Jones, Sebastian Stan e Dominic Cooper preenchem a vaga de coadjuvantes.

As filmagens começaram em Junho do ano passado, passando por diversos locais do Reino Unido (que incluíram Liverpool, Manchester e Londres) que serviram como dublê para a Manhattan da década de 1940. Você já sabe, mas vamos lá: após o encerramento das gravações, o produtor Kevin Feige – o poderoso chefão da Marvel Studios – anunciou um lançamento em 3D convertido (assim como aconteceu com Thor).


Chris Evans digitalmente encolhido para interpretar Steve Rogers

Sobre os efeitos visuais, é interessante apontar a transformação física de Chris Evans. Enquanto o ator teve que ganhar uma pesada musculatura, seu personagem Steve Rogers é um menino magricela e fraco que posteriormente transforma-se no Capitão. Para esse efeito, foram utilizadas duas técnicas: um encolhimento digital do ator e a já conhecida substituição de cabeça (o mesmo efeito usado em O Curioso Caso de Benjamin Button). Finalizando a parte técnica, Alan Silvestri foi chamado para compor a trilha sonora.

Um problema curioso enfrentado pela divulgação do filme foi o título. Enquanto Capitão América – O Primeiro Vingador permanece na maior parte do mundo, na Rússia, Coréia do Sul e Ucrânia ele será conhecido apenas como O Primeiro Vingador, enquanto na China o longa nem vai dar as caras (por um motivo que inclui um limite anual de exibição de longas estrangeiros). O título é fácil de mudar, mas qual a relevância se o filme inteiro gira em torno de um personagem que veste a bandeira americana?

Resta saber se Capitão vai se sair melhor do que Thor e continuar a saga dos Vingadores no cinema e, mais importante do que isto, ser um bom filme.

Os principais personagens do longa:

Steve Rogers/Capitão América | Chris Evans

Steve Rogers era um garoto magricela e fraco, mas com muita coragem e desejo de ajudar seu país na Segunda Guerra Mundial. Suas virtudes psicológicas lhe garantem uma vaga no Programa SuperSoldado, onde é submetido a uma experiência que lhe garante agilidade e força descomunais. Sob o codinome Capitão América, ele lidera o grupo Comando Selvagem para combater nazistas.

Johann Schmidt/Caveira Vermelha | Hugo Weaving

Líder da organização nazista HYDRA, é especializado na exploração de novas tecnologias e armamentos que possam ajudar a vencer a Guerra. Implacável, um experimento mal-sucedido deformou seu rosto, deixando seu crânio exposto e com uma bizarra coloração vermelha. Seu objetivo é encontrar e tomar posse do Cubo Cósmico, um artefato místico que pode lhe garantir poder ilimitado.

Peggy Carter | Hayley Atwell

Durona e glamourosa, a oficial inglesa ajuda os americanos e torna-se interesse amoroso do Capitão América, auxilhando-o em seu treinamento e também em missões.

James ‘Bucky’ Barnes | Sebastian Stan

Órfão e amigo de Steve Rogers antes de este tornar-se um super-herói, ele vira seu parceiro quando o amigo é promovido à Capitão América e ajuda-o no Comando Selvagem.

Howard Stark | Dominic Cooper

Não tem filme da Marvel sem menção à família Stark… O empresário Howard Stark (pai do Tony) é um dos responsáveis pelo programa do SuperSoldado, tendo contribuido na construção e desenvolvimento do uniforme do Capitão América.

Algumas das mais bizarras reviravoltas cinematográficas que já aconteceram na Segunda Guerra Mundial.

Indiana Jones

Na mitologia do famoso arqueólogo, os nazistas renderam duas aventuras que envolviam objetos paranormais (Os Caçadores da Arca Perdida e A Última Cruzada), sendo eles a Arca da Aliança e o Santo Graal. Ambos com uma intenção maléfica e que visa dominar o mundo, mas o resultado sempre foi a favor de Jones. Lembram da abertura da Arca?

Hellboy

A participação dos nazistas no filme é breve, mas muito interessante. Usando uma espécie de portal, os alemães trazem o demônio Hellboy para a Terra, visando utilizá-lo para seus próprios fins. Claro que isso não acontece e o vermelhão trabalha ao lado dos humanos. Destaque para aquele oficial nazista com as facas…

Bastardos Inglórios

E claro, nada de sobrenatural aqui, apenas uma visão completamente doida dos eventos da Segunda Guerra Mundial. Entre os diálogos tarantinescos e muitos escalpos, o longa termina com todo o Terceiro Reich de Adolf Hitler sendo exterminado em uma sessão de cinema.

Alguns dos filmes mais patriotas dos últimos anos.

Independence Day

Pois bem, na ficção científica de Roland Emmerich, os alienígenas invadem o planeta e saem quebrando tudo em diversas regiões. Cabe então, ao exército norte-americano salvar a humanidade. Até aí tudo bem, mas tinha que ser bem no dia 4 de Julho?

Qualquer um do Michael Bay

Transformers, Armageddon, Pearl Harbor e por aí vai… Os filmes de Bay em certos momentos parecem até propaganda do exército (perceba na trilogia dos robôs gigantes a quantidade de tanques, helicópteros e soldados correndo em câmera lenta num cenário de pôr-do-sol).

Outros heróis dos quadrinhos que já se alistaram nas telonas:

Watchmen

Ambientado na Guerra Fria, a presença do Comediante e do Dr. Manhattan na Guerra do Vietnã é fundamental para a vitória dos americanos e acaba por mudar o curso da História. Ninguém foi páreo para o poder ilimitado de Manhattan

X-Men

Aqui fica incluso dois filmes da série dos mutantes: Origens: Wolverine (que mostra Hugh Jackman encarando a Guerra Civil, a Primeira e Segunda Guerra Mundial e a Guerra do Vietnã) e Primeira Classe (aqui, com os X-Men do Professor Xavier impedindo uma catástrofe nuclear na Crise dos Mísseis Cubanos).

Bem, o especial vai ficando por aqui. Perdoem a falta de ideias para o post, mas não deixem de ler a crítica de Capitão América na Sexta-Feira. Até mais!

| X-Men: Primeira Classe | Os mutantes ganham tratamento poderoso

Posted in Adaptações de Quadrinhos, Aventura, Cinema, Críticas de 2011 with tags , , , , , , , , , , , , , , on 4 de junho de 2011 by Lucas Nascimento


James McAvoy e Michael Fassbender como os jovens Professor X e Magneto

Desde o ano 2000, a franquia dos X-Men tem se estabelecido fortemente no cinema de forma divertida,  mas sempre com uma mensagem de inclusão social na bagagem. Funcionou nos dois primeiros filmes, voltou-se demais para a ação no terceiro e quase foi destruída pelo péssimo filme-solo do Wolverine. Eis que entra Matthew Vaughn e muda completamente o jogo com X-Men: Primeira Classe, alcançando resultados impressionantes e maduros dentro do gênero.

A trama ambienta-se antes da trilogia original, mostrando como Charles Xavier (James McAvoy) começou sua jornada para ajudar e orientar jovens mutantes, que eram malvistos e temidos pela sociedade. Ele conhece o jovem Erik Lehnsheirr (Michael Fassbender), que no futuro será Magneto.

Baseando-se no início dessa amizade, o roteiro tem seus melhores momentos ao retratar a relação dos dois com grande profundidade e desenvolvê-la muitíssimo bem. Não há um bom e um mau, apenas ideais diferentes, mas que possuem objetivos similares: um mundo com mutantes aceitos na sociedade (na visão de Xavier) ou com mutantes como raça dominante (como pensa Erik). A dinâmica e contraste entre os dois personagens é ótima, proporcionada pelo excepcional desempenho de seus intérpretes.


A relação de Erik e Charles ganha força graças às performances de seus intérpretes

Depois de destacar-se em um papel pequeno, todavia marcante em Bastardos Inglórios (além de outros filmes menos conhecidos aqui no Brasil), Michael Fassbender promete ser catapultado para o estrelado, já que se mostra aqui como um excelente ator. Com grande influência do James Bond de Sean Connery – afinal o filme se passa nos anos 60 -, o personagem é retratado quase como um espião, em empolgantes caçadas a nazistas onde o futuro Magneto faz um uso mais sutil de seus poderes, e molda sua visão da humanidade baseando-se em suas dolorosas experiências em um campo de concentração do Holocausto. É impossível ver Erik como um vilão quando seus motivos são tão bem explorados aqui.

Do lado mais otimista do tabuleiro, temos James McAvoy que está carismático ao extremo. Apresentando a segurança que Patrick Stewart trazia ao personagem na trilogia original, destaca-se por ser carregado de entusiasmo (como na cena em que conhece o jovem Hank McCoy) e zeloso pelo bem de sua espécie, como no emocionante momento em que ajuda Erik a controlar melhor suas habilidades. Xavier também faz um uso sedutor de sua habilidade, sendo mais uma ferramenta característica de (mais uma vez) um filme de espiões.

E quando os dois lados se colidem, o roteiro abre diversas discussões sobre inclusão social e o preconceito sofrido pelos mutantes, o desejo de se esconder e ser aceito na sociedade; como anseia desesperadamente a Mística da ótima Jennifer Lawrence. Os diálogos são muito bem construídos e desenvolvem bem a trama,  sobrando referências a diversos trabalhos do cinema (um mutante bem conhecido tem uma participação memorável), literatura (a do Médico e o Monstro sendo a mais apropriada, por caracterizar perfeitamente o Fera de Nicholas Hoult), entre outros. Outro ponto divertido é a questão dos “nomes” que ganha aqui sua melhor justificação de existência: já que trabalham com a CIA, os mutantes ganham codinomes e não identidades secretas, o que funciona bem dentro desse universo de espiões super-poderosos.


Kevin Bacon e January Jones no time dos vilões

Na direção dessa enorme variedade de elementos, temos Matthew Vaughn. Trazendo elementos dinâmicos na bagagem, o diretor controla a narrativa com segurança e estilo, utilizando-se de diversos enquadramentos criativos e recursos visuais, com destaque para o uso da tela dividida na montagem de treinamento da primeira turma de Xavier. Vaughn proporciona um amadurecimento notável à série, principalmente pela ambientação no cenário de Guerra Fria (no melhor estilo Watchmen) e a Crise dos Mísseis Cubanos, que garantem também um clima tenso em grande parte do longa. Mas como fez em Kick-Ass, o diretor equilibra o tom com piadas bem encaixadas e um divertido entrosamento entre os personagens – como no primeiro encontro entre os mutantes na sede da CIA.

Mas claro, sendo um filme blockbuster, há diversas sequências de ação, que funcionam muitíssimo bem dentro de seu propósito e contribuem para a trama de forma apropriada, nunca acontecendo sem motivo. E tal motivo aqui é Sebastian Shaw (Kevin Bacon, excelente) e seu Clube do Inferno que garantem reviravoltas surpreendentes (o Azazel de Jason Flemyng merece mais destaque e a Emma Frost de January Jones é sexy e muito interessante). Os efeitos visuais sobressaem-se em tais sequências (apesar de eu olhar torto para a forma de diamante de Frost) e funcionam bem, culminando em um clímax inesquecível em uma ilha.

X-Men: Primeira Classe é um filme maduro e empolgante, apresentando origens envolventes e bem construídas para os personagens da franquia original, sob o olhar cuidadoso do diretor Matthew Vaughn. É facilmente uma das melhores adaptações de quadrinhos para o cinema desde o Cavaleiro das Trevas de Christopher Nolan. Que venha a Segunda Classe.

Sexy Beast | Especial SUCKER PUNCH – MUNDO SURREAL

Posted in Especiais with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 22 de março de 2011 by Lucas Nascimento

 

O novo filme de Zack Snyder chegou aos cinemas brasileiros! Prometendo muita ação e visuais sublimes, Sucker Punch – Mundo Surreal também é o tema deste especial. Aproveite:


Zack Snyder na Comic-Con do ano passado

Depois de comandar duas grandes adaptações de HQs – 300 e Watchmen – o cineasta Zack Snyder prepara-se para lançar seu novo filme; primeiro trabalho que parte de um argumento original, a questão é: vale a pena ou será apenas um longa visualmente bonito?

Snyder começou a idealizar o projeto em 2007, mas deixou-o de lado para filmar Watchmen. Terminada a adaptação, ele fez a animação A Lenda dos Guardiões e, finalmente, o épico de metralhadoras, mulheres e dragões . O que o cineasta queria era “um filme com cenas de ação que desafiem as limitações reais, mas que não perdesse a história”. A Warner deu sinal verde após o sucesso comercial de Watchmen, e Sucker Punch ganhava vida.

Em Março de 2009, começou a escalação de elenco, composto predominantemente por mulheres. Após selecionadas, as atrizes treinaram, por cerca de 12 semanas, diferentes tipos de coreografias de luta; todas suficiente para encarar as diferentes cenas de ação em cenários distintos que o longa promete.


Snyder dirigindo Emily Browing no set

Dando vida a esses cenários, está Rick Carter (na direção de arte) e as empresas de efeitos visuais Animal Logic e Moving Picture Company, que criaran a maioria dos ambientes pela tela verde – Snyder já é especialista no assunto após gravar 300 e Watchmen com essa técnica -, através da computação gráfica. Isso ficaria bacana em 3D não é? Não é o que o diretor, felizmente, acha; descrevendo a conversão para o formato como “problemática”.

Sucker Punch é sobre uma viagem cheia de ação ao interior da mente humana, onde não há regras ou limites físicos, podendo materializar armas e itens necessários (só eu lembrei da Origem?), para fugir de um hospício. É também o segundo filme de Snyder que não pega a censura R (que equivale a 16 ou 18 anos no Brasil), classificando-se como PG-13.

Se o filme funcionar ou não, o grande trabalho de Snyder ainda está por vir: o novo Superman está nas mãos dele.

As belas e perigosas protagonistas do filme (Perdoem a falta de informações, realmente há pouco disponível sobre elas):

Babydoll | Emily Browning

Após a morte de seus entes queridos, Babydoll é aprisionada em um hospício por seu cruel padrasto – após uma tentativa frustrada de estupro. Lá, conhece as outras internas e descobre o mundo imaginário onde ela deverá lutar para sobreviver e libertar-se da prisão.

Blondie | Vanessa Hudgens

A mais experiente em combates.

Sweet Pea | Abbie Cornish

Provavelmente a mais estressada e pé-n0-chão do filme, contradiz às ideias e o plano de Babydoll, não confiando no seu sucesso, mas embarca na aventura como proteção às suas amigas.

Amber | Jamie Chung

Uma leal companheira, é o braço direito de Babydoll

Rocket | Jena Malone

Sincera e sem rodeios, diz tudo o que pensa e é muito determinada, ficando do lado de Babydoll o tempo todo. É também grande amiga de Sweet Pea.

Não é difícil encontrar filmes com lindo visual, por isso recordo aqui 4 excepcionais cenários criados por computador:

Grécia – 300

O primeiro grande sucesso de Snyder, 300 apresenta tons pastéis que parecem dar vida a uma pintura. Alto contraste e com grande uso da luz solar, é um filme belíssimo.

Pandora – Avatar

Abocanhando ambos os Oscars de Fotografia e Direção de Arte, Avatar é o primeiro filme com cenários totalmente digitais a ganhar na primeira categoria. Os efeitos visuais são espetaculares, cenas diurnas apresentam uma variedade impressionante de cores, enquanto nas noturnas, é uma estupefata bioluminescência de tons azuis. Lindo.

Londres – Sweeney Todd

A Londres vitoriana já foi recriada digitalmente muitas vezes (destaque para Sherlock Holmes), mas ganha um peculiar toque sinistro no suspense musical de Tim Burton. O céu, sempre nublado e cinzento apresenta-se como grande responsável pelo tom sombrio da narrativa.

Marte – Watchmen – O Filme

Mais um vindo de Snyder (falo sem medo, ele é o melhor quando se trata de visual), a adaptação dos quadrinhos de Alan Moore ganha cenários autênticos e fieis à história, mas destaca-se o vermelho do planeta Marte. A mistura com o azul luminoso do Dr. Manhattan causa um ótimo efeito.

Como Sucker Punch é um filme onde são as garotas quem chutam traseiros, recordemos aqui outras mulheres que deram trabalho aos vilões:

A Noiva

Na pele de Uma Thurman, a Noiva foi traída por seu grupo criminoso, atacando-a no dia de seu ensaio de casamento. Recuperada, ela vai atrás de cada um deles, enfrentando gangues yakuza, cobras, assassinos, venenos e até uma sepultura. E sempre com estilo…

Trinity

Sempre com apertadíssimo couro preto, Trinity arrebenta programas e agentes com suas invejáveis habilidades marciais, que incluem Kung Fu e Jiu-Jitsu. Também usa muitas armas de fogo e pilota desde motos até helicópteros.

Hit-Girl

Com apenas 12 anos de idade, a letal Hit-Girl é perita em combates corpo-a-corpo, armas de fogo e até espadas. Retalha uma gangue de traficantes e encara sozinha um corredor repleto de mafiosos armados e vê isso como grande diversão. Orgulho de Big Daddy.

Tenente Ripley

Começando como vítima em perigo em grande parte do primeiro filme, a Tenente Ripley transformou-se no desafio supremo dos aliens nos vindouros filmes da franquia. Sigourney Weaver traça a persona correta e adequada – tendo sido indicada ao Oscar pelo segundo filme.

Como parte da divulgação do filme, foram lançados alguns curtas animados, inspirados em elementos e personagens do filme. A animação foi feita por Ben Hibon e é uma boa curiosidade e material de universo expandido. Confira:

As Trincheiras

Dragão

Planeta Distante

Guerreiros Feudais

 

Um pouco sobre o som de Sucker Punch:

Compositor habitual de Zack Snyder, Tyler Bates retorna para trabalhar na trilha original do filme. A lista de faixas ainda não foi divulgada, mas sim uma com canções interessantes, que prometem novas versões de músicas existentes, veja-a:

  1. Sweet Dreams (Are Made Of This) – Emily Browning
  2. Army of Me (Sucker Punch Remix) – Björk featuring Skunk Anansie
  3. White Rabbit” – Emiliana Torrini

  4. I Want It All”/We Will Rock You – Queen with Armageddon Aka Geddy
  5. Search And Destroy – Skunk Anansie
  6. Tomorrow Never Knows – Alison Mosshart and Carla Azar
  7. Where Is My Mind? – Yoav featuring Emily Browning

  8. Asleep – Emily Browning

  9. Love Is The Drug – Carla Gugino and Oscar Isaac

Por enquanto, apenas 30 segundos de cada faixa estão disponíveis, elas podem ser ouvidas aqui:

Sweet Dreams com a voz sexy de Emily Browing é disparado minha preferida.

Bem, o especial acaba por aqui – realmente não sei mais sobre o que falar -, mas aguardemos a crítica do filme, pra ver se todo o esforço visual valerá a pena.

Ficha técnica

Escolhido o diretor do novo Superman

Posted in Notícias with tags , , , , , , , , , on 4 de outubro de 2010 by Lucas Nascimento

E a busca pelo diretor do novo filme do Homem de Aço chega ao fim; quem dirigirá a produção “apadrinhada” por Christopher Nolan será o mestre do visual da atualidade, Zack Snyder.

Snyder já é bem conhecido pelos corredores da Warner, já fez 300, Watchmen, A Lenda dos Guardiões e Sucker Punch com o estúdio. Resta torcer para que ele acerte no filme do Superman. O roteiro está sendo escrito por David S. Goyer, a partir de um argumento de Christopher Nolan.

Snyder e Nolan trabalhando juntos. O resultado promete…

Quem dirigirá o novo Superman?

Posted in Notícias with tags , , , , , , , , , , , , , , on 28 de setembro de 2010 by Lucas Nascimento

Além de estar trabalhando no roteiro do terceiro Batman, Christopher Nolan também está mexendo as cordas para o novo filme do Superman sair do papel. Por enquanto, há o boato de que John Hamm seria o herói-título…

Sobre o diretor, Nolan preparou uma lista de candidatos para assumir o projeto. E eles são: Duncan Jones (Lunar), Tony Scott (O Sequestro do Metrô 123), Matt Reeves (Cloverfield, Let Me In), Zack Snyder (Watchmen, 300), Jonathan Liebesman (Battle Los Angeles) e Darren Aronofsky (O Lutador, Black Swan).

Infelizmente, Snyder já está fora da lista por “não saber o que fazer com o personagem”. Pena, seria um filme visualmente estonteante. Bem, todos os candidatos são decentes, com exceção de Tony Scott, cujo estilo e cortes excessivos destruiriam o filme.

As negociações continuam, resta esperar por mais novidades.

DVD/Blu-Ray de Kick-Ass: Quebrando Tudo

Posted in Notícias with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 3 de agosto de 2010 by Lucas Nascimento

Nunca faço questão de divulgar lançamentos em DVD/Blu-ray, seja no Brasil ou lá fora. Porém, tenho um motivo específico para “promover” o lançamento de Kick-Ass: Quebrando Tudo em edições duplas nos EUA.

Como alguns de vocês já devem saber, o filme fracassou nas bilheterias, tanto nos EUA (superou seu orçamento, mas por pouco) quanto no Brasil. Um bom resultado de vendas em DVD e Blu-rays pode ser uma das únicas (não a última, lembrando) esperanças de que Kick-Ass: Balls to the Wall não fique apenas nos quadrinhos.

Na maioria dos casos, a versão gringa apresenta extras melhores do que os das edições nacionais (sem falar das versões extendidas de Watchmen e O Senhor dos Anéis, que dificilmente verão a luz nas prateleiras do Brasil). O material extra da aventura de super-herói violenta parece bom; comentários em aúdio, galerias de arte, making ofs (muitos sobre a criação de Hit-Girl), entre outros. O filme não tem previsão para sair em DVD/Blu-ray por aqui.

Fechando, não é uma propaganda descarada do DVD/Blu-Ray de Kick-Ass: Quebrando Tudo. É uma sugestão para aqueles que, assim como eu, curtiram o filme e querem ver uma sequência na telona.

Se alguém se interessar e quiser comprar, pode ir na Amazon.

Trailers Memoráveis #18: Watchmen – O Filme

Posted in Sessão Trailers Memoráveis with tags , , , , , , , on 19 de junho de 2010 by Lucas Nascimento

Fazendo juz à estreia de Kick-Ass: Quebrando Tudo, coloco hoje o trailer de Watchmen – O Filme, obra-prima de Zack Snyder, baseado na HQ de… Ah! Vocês já sabem! Os dois trailers são fantásticos, possuem boa música e realmente deixam o espectador muito ansioso, mas o primeiro é pura arte; a trama central de Watchmen não é explicada, mas as imagens fortes dos protagonistas, misturadas com a música do Smashing Punpkins, são provocadoras. Aproveite:

| Kick-Ass: Quebrando Tudo | É um título auto explicativo

Posted in Ação, Adaptações de Quadrinhos, Cinema, Comédia, Críticas de 2010 with tags , , , , , , , , , , , , , , , on 17 de junho de 2010 by Lucas Nascimento


Watchmen: Kick-Ass e Red Mist passeam pela cidade de Nova York

Para aqueles que não sabem, “kick-ass” é uma expressão, que traduzida para o portugûes significa “chuta-bundas”, em inglês que significa arrebentar, mandar ver, etc, principalmente no sentido de pancadaria. A adaptação da violenta graphic novel de Mark Millar merece e faz juz ao seu título: vulgar, politicamente incorreto, ofensivo e extremamente divertido.

Na trama, o despercebido estudante Dave Lizewski resolve se tornar um super-herói, sem poderes ou treinamento. Suas ações começam a fazer sucesso na internet e geram, além da fúria de bandidos e traficantes, o aparecimento de novos mascarados.

Fato: super-heróis não são mais coisa de criança. O Cavaleiro das Trevas em 2008, Watchmen em 2009 e agora, Kick-Ass em 2010. O filme de Matthew Vaughn estabelece um novo patamar aos filmes de super-heróis, e digo isso levando em consideração seus diálogos pop (que precisam de um breve conhecimento de super-heróis para serem entendidos), personagens e uma violência gráfica extrema. O diretor mudou muita coisa da história, tornou-a menos misteriosa e mais direta; mas com algumas surpresas embutidas. O final, que eu achei um tanto exagerado, deixa as portas abertas para uma sequência (e promete).


Chloe Moretz perfeita como Hit-Girl e Nicolas Cage divertidíssimo como Big Daddy: Vigilantes violentos

Grande força do filme vem de seu talentoso elenco, liderado pelo carismático e desconhecido Aaron Johnson; o jovem convence e diverte, fazendo de seu Kick-Ass um personagem real. Christopher Mintz-Plasse e Nicolas Cage estão muito divertidos como Red Mist (que ainda vai ganhar mais destaque) e Big Daddy (uma hilária paródia ao Batman de Adam West). Mas quem rouba o filme é a garotinha Chloe Moretz, como a mortal e polêmica Hit-Girl, que tem ótimas frases e um jeito muito meigo e natural, sem nunca parecer forçada, rendendo momentos memoráveis (a cena com trilha de Morricone entrou para a história e deve ter deixado Tarantino orgulhoso) e presença marcante.

O roteiro é esplêndido, bem amarrado e repleto de diálogos divertidíssimos, com destaque para as cenas entre o mafioso Frank (vivido por um eficiente Mark Strong) e suas conversas com capangas. Não pode faltar ação em um filme desses e ela está presente, não decepcionando. Bem coreografadas, realistas e excepcionalmente editadas, elas são de cair o queixo (destaque paras as cenas de Hit-Girl e a primeira aparição pública de Kick-Ass), assim como a colorida fotografia. A trilha sonora “pop” empolga mais do que esperava, mas a orquestrada peca em ser pouco animadora e de, raramente, combinar com a cena em que é tocada.

Kick-Ass: Quebrando Tudo é mais uma revolução para os filmes de quadrinhos; amplifica a violência, a linguagem chula e, principalmente, a transição de uma pessoa normal para o mundo heróico, elemento que o filme mostra de maneira crua, convincente e extremamente satisfatória, sendo um dos raros casos onde a adaptação supera o trabalho original. Kick-Ass chuta bundas.